Page 19 - Revista da Armada
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ESCOLA NAVAL
Abertura Solene do Ano Lectivo
Abertura Solene do Ano Lectivo
ecorreu no passado dia 6 de Novembro ser afectada pelas transformações do ensino su- Escola Naval se integrem no mundo universitário
a cerimónia de Abertura Solene do Ano perior decorrentes dos acordos que têm vindo a alargado, onde é claro o sentido da verdadeira
DLectivo na Escola Naval, com a distri- ser sucessivamente estabelecidos na União Euro- globalização da informação e do conhecimen-
buição dos diplomas de licenciatura aos Guar- peia, desde a declaração de Bolonha em 1999. to que, sem sombra de dúvida, será a base da
das-Marinhas do curso Martim Afonso de Sousa. Prevê-se que o desenvolvimento e as transforma- competência num futuro que já se vislumbra e
Presidido pelo Secretário de Estado da Defesa ções daí resultantes tenham lugar até 2005 (ou, de que não podemos arredar-nos. Não o pode
Nacional e Antigos Combatentes, Dr. Henrique eventualmente, 2010) e trarão responsabilidades nenhuma universidade que queira continuar a
de Freitas. O evento contou com a presença de acrescidas que se concretizam por um reforço da desempenhar o seu papel formativo e de cria-
diversas entidades que foram recebidas pelo qualidade dos cursos e uma flexibilização do en- ção de saber, e, da mesma forma, não o pode a
Chefe do Estado Maior da Armada, Almiran- sino que permita a conjugação com a generalida- Escola Naval, porque é ela a escola superior da
te Vidal Abreu, e pelo Comandante da Escola de do ensino universitário europeu. O momento Marinha, com responsabilidades idênticas num
Naval, Contra-Almirante Viegas Filipe. Após ter é, pois, de reflexão sobre esse futuro próximo, futuro que se adivinha cada vez mais próximo.
recebido as honras militares prestadas por uma mas a essa reflexão há que acrescentar desde já Terminou a sua alocução com as felicitações aos
companhia de alunos, o Secretário de Estado da a intensificação da colaboração institucional com novos Guardas-Marinhas – que, dentro em bre-
Defesa Nacional cumprimentou o corpo docen- outras universidades, movendo todos os esforços ve irão desempenhar as funções para que foram
te e dirigiu-se ao auditório principal da Escola necessários para que, na altura própria, possa ha- preparados, iniciando a carreira profissional que
Naval, onde iria decorrer a cerimónia. ver uma “resposta institucional”, quer no próprio escolheram – e exortou todos os alunos da Esco-
Na abertura, foi cantado pelos cadetes o hino Ramo quer ao nível do sub sistema de ensino la – especialmente os novos cadetes que consti-
da Escola Naval e, de imediato, tomou a palavra superior militar. O Almirante Viegas Filipe cha- tuem o curso “Comandante Conceição e Silva”
o Contra-Almirante Comandante da Escola que mou ainda a atenção para a recente adesão ao – para que compreendam bem a especificidade
começou por chamar a atenção para o papel Portal Universitário Universia, patrocinado pelo do curso que estão a tirar, a opção de vida que
determinante que a instituição desempenha em grupo Totta, que permitiu a montagem de uma ele significa e o esforço a que obriga.
toda a Armada, ao formar os seus quadros supe- moderna sala multimédia. Para além da melho- Seguiu-se a “lição inaugural” proferida pelo
riores. Ali lhes são transmitidos os conhecimentos ria das condições de trabalho e do benefício em Capitão Tenente António Costa Canas, e su-
técnicos e científicos necessários ao desempenho meios informáticos que o processo representa, bordinada ao tema “Métodos para a determi-
das suas funções, mas a essa formação académi- esta adesão multiplica as fontes de informação e nação da Longitude”, a entrega dos diplomas
ca há que acrescentar os valores éticos e morais estudo, permitindo uma ligação a conteúdos aca- aos novos Guardas-Marinhas e a distribuição
que fazem parte de uma cultura própria e que são démicos que circulam pelo continente europeu dos prémios escolares referentes ao ano lectivo
o sustentáculo humano do exercício das funções e americano, significando muito mais que uma de 2002-2003.
de comando a que se destinam. Nos tempos que mera modernização de um sistema de estudo ou A cerimónia terminou com o Hino Nacional
se aproximam, a Escola Naval certamente virá a de ensino. A adesão faz com que os cadetes da cantado por todos os presentes. Z
Novos Guardas-Marinhas Sérgio Franco Leitão Engenheiros Navais – Ramo Armas e Electrónica:
João Carlos Filipe Almeida Rui Daniel Martins Costa
Marinha: José Alberto Baptista Ventura Filipe José Gonçalves Galvão
Teotónio José Pires Barroqueiro João Ricardo G. Ribeiro da Paz Ana Margarida do Rosário Mendes Vieira
Sofia Isabel Nunes Miranda Eduardo Evan Sousa Santos Filipe Nunes Rocha Valente
Alexandre Rogério da Silva Algarvio Jorge Mendes Valente Administração Naval:
Vitor Manuel Videira Pinto Paulo Alexandre Lourenço Henriques Frade Jorge Carlos Lopes Ribeiro
Ruben Robalo Rodrigues Adrian Melo de Melo Tito Dominguez Diaz Paulino
Rui Filipe da Silva Pereira da Terra Emanuel Teles dos Santos
Ricardo Jorge Madeira Gonçalves Engenheiros Navais – Ramo Mecânica: Andreia Augusta da Silva Corvo
José Manuel Marcos Coelho Isaac Barata da Silveira Luís Miguel Dias Lourenço
Bruno Alexandre Cortes Banha Marco Paulo da Maia Morgado Bruno Miguel Moreira de Carvalho
Rui Miguel Machado Martins João Alberto Pires Cartacho
João Filipe Afonso Martins Francisco José Cunha Gomes Fuzileiros:
Nuno José Figueiredo Agreiro Francisco Castro Garcia (República Popular Nuno Miguel Drago Gonçalves
Gisela Catarina Vaz Antunes de Angola) Rui Emanuel Silva Filipe
REVISTA DA ARMADA U JANEIRO 2004 17