Page 193 - Revista da Armada
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tar e alimentação, tanto para os elemen-
tos da guarnição desembarcados, como
para apoio da população atingida, num
esforço logístico de monta. Mas o exercí-
cio não se resume a isto. É necessário ter
atenção aos costumes locais para não ferir
susceptibilidades, proceder a cerimónia
fúnebres, restabelecer os serviços básicos
de higiene e saúde, de telecomunicações,
de distribuição de energia, combate a in-
cêndios, etc. Trata-se, pois, de um exercí-
cio muito exigente e que envolve variadas
especialidades.
LISBOA
Na tarde do dia 23 de Março, a força ini-
ciou o trânsito para Lisboa, a nossa casa,
proporcionando a oportunidade para ma-
tar saudades, proceder ao abastecimento
do navio, e efectuar algumas reparações.
Segue-se a participação da STANAV-
FORLANT no Exercício INSTREX 01-04 e
o próximo porto a visitar será a Base Naval
Em acção no DISTEX.
de ROTA, antes de a força rumar ao Medi-
uma noite no navio hospedeiro. Estas ac- na cerimonia de entrega de comando da terrâneo para colaborar no esforço interna-
ções incrementam a coesão e favorecem o STANAVFORLANT (SNFL), do Comodo- cional de contenção do terrorismo.
desempenho da Força, ao aumentarem o ro Richard Ibbotson (da Marinha Britânica) O INSTREX 01-04 foi um exercício da Ma-
conhecimento entre as pessoas e indirecta- para o comodoro Leon Bruin (da Marinha rinha de Guerra Portuguesa de preparação
mente, entre os navios e as Marinhas. Holandesa). de forças, que decorreu nas áreas oceânicas
Durante visita a Plymouth o navio par- contíguas ao Continente, no período de 29
PLYMOUTH ticipou em diversos eventos culturais e de Março a 2 de Abril, e desenvolveu-se
BASE NAVAL DE DEVONPORT desportivos intra-força, as quais permi- de forma estruturada, na observância de
tiram, mais uma vez, aumentar a coesão um programa seriado (vêr RA nº 375 de
Finalmente o navio entrou no porto de do grupo. MAI04).
Plymouth, após o fim da série da ‘’Weekly A 23 de Março participou-se numa série
War’’ e permaneceu atracado (com o navio de treino com um cenário de ajuda huma- DE LISBOA A PALMA DE MAIORCA
dinamarquês HDMS ‘’Peter Tordenskjold’’ nitária, em consequência de uma catástrofe
atracado de braço-dado por bombordo), natural, denominada DISTEX, envolvendo Após a participação da STANAVFOR-
entre 13 de Março e 24 de Março, no cais a participação de vários grupos especiali- LANT no Exercício INSTREX 01-04, o pró-
14 da Base Naval de Devonport, Plymouth zados ao nível dos navios da força. ximo porto a visitar foi a Base Naval de
(Reino Unido). Para isso torna-se necessário colocar ROTA, antes de a Força rumar ao Mediter-
Precedida por diversos treinos, em 19 elementos da guarnição em terra, o ma- râneo para colaborar no esforço internacio-
de Março o navio participou activamente terial adequado ao tipo de socorro a pres- nal de contenção do terrorismo (Operação
Active Endeavour - OAE).
De Rota e após um curto trânsito, a Força
transitou para Palma de Maiorca. A traves-
sia do estreito de Gibraltar foi feita debaixo
de elevadas medidas de segurança, face à
potencial ameaça terrorista. Nada de anor-
mal foi detectado, tendo a passagem sido
efectuada sem sobressaltos.
Permanecemos em Palma de Maiorca
entre 07 e 13 de Abril. A Páscoa foi assim
passada no ambiente da nossa segunda
família, a bordo do nosso navio. O navio
aproveitou para reabastecer de alguns
frescos e a guarnição aproveitou a esta-
dia para conhecer a ilha de Maiorca e a
bonita cidade de Palma apesar de as con-
dições meteorologicas não terem sido as
mais favoraveis.
Mas este período foi também aprovei-
tado para todos os sectores do navio, in-
cluindo os sistemas de armas, efectuarem
os derradeiros preparativos para a Opera-
ção Active Endeavour.
Z
Atracados em Palma de Maiorca de braço dado com FGS “Koeln” e HNLMS “Jacob Van Heemskerck”. (Colaboração do Comando do NRP “Álvares Cabral”)
REVISTA DA ARMADA U JUNHO 2004 11