Page 301 - Revista da Armada
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porto de Las Palmas (Gran Canaria). Neste trân- navios da Força efectuaram o R/V
sito foi considerado pelo Comandante da For- com os restantes navios partici-
ça, um pedido das autoridades espanholas que pantes no SFJR, tendo-se regista-
visava a necessidade de efectuar o controlo de do este evento com um imponen-
navios suspeitos de imigração ilegal proveniente te PHOTEX. Nesse mesmo dia,
da costa africana ocidental. Assim, com algum deu-se inicio ao exercício com a
impacto no planeamento inicialmente previs- SNMG1 integrada no Grupo Ta-
to, a Força efectuou o trânsito cumprindo com refa dos navios escoltas.
o seu tradicional programa seriado, mantendo Promovido pelo SACEUR com
uma cuidada vigilância na tentativa de detecção o objectivo principal de certificar
de eventuais navios ou embarcações suspeitas e validar o conceito NRF (Nato
de participarem em actividades relacionadas Response Force), o exercício
com a imigração ilegal. SFJR destacou-se pelo elevado
A Força atracou no porto de Las Palmas no número de meios envolvidos, integrados nas cou o treino de acções de vistoria, salvamento
dia 06 de Junho, tendo aí permanecido até 11 componentes terrestre, marítima, aérea e de no mar e limitação de avarias.
de Junho. operações especiais. Diariamente coberto pela Ainda integrado no exercício, o navio fez uma
A escala na ilha Gran Canaria proporcionou comunicação social, este exercício teve uma escala logística de um dia no porto da Praia,
às guarnições dos navios da Força a necessá- visibilidade ímpar, com um impacto directo onde houve oportunidade de oferecer uma re-
ria preparação para a participação no exercí- na economia local, considerando os meios cepção e que contou com a presença do Embai-
cio Steadfast Jaguar (SFJR), o próximo grande empenhados em terra e distribuídos pelas xador de Portugal em Cabo Verde, para além de
desafio da SNMG1, bem como momentos lú- principais ilhas. diversas entidades do governo cabo-verdiano e
dicos que esta aprazível ilha do Atlântico sem- Tendo como cenário uma Operação de várias representações diplomáticas.
pre oferece. Apoio à Paz complementada por uma Opera- Terminado o exercício, os navios da SNMG1
Aproveitando ainda o período de visita, o dia ção de Apoio Humanitário, decorrente de uma receberam ordem para destacar e proceder in-
10 de Junho foi comemorado com uma recep- catástrofe natural (Erupção do Vulcão da Ilha do dependentemente para os respectivos Home-
ção oferecida a bordo, tendo estado presentes Fogo), as Forças Armadas do país anfitrião tive- ports , iniciando-se o Summer Dispersal da For-
as forças vivas da cidade de Las Palmas. ram também oportunidade de integrar alguns ça. A “Vasco da Gama” atracou na Base Naval
Finda esta agradável escala, a Força rumou dos seus elementos em acções de cross-training. na manhã do dia 01 de Julho com o sentimento
para as águas do Arquipélago de Cabo Verde, Neste âmbito a “Vasco da Gama” foi escolhida de missão cumprida.
área onde se iria desenrolar o exercicio SFJR no para embarcar dois oficiais e quatro sargentos da Z
período de 14 a 27 de Junho. Guarda Costeira de Cabo Verde, realizando-se (Colaboração do Comando do
Com a Ilha de Santo Antão no horizonte, os um programa seriado especifico e onde se fo- NRP “Vasco da Gama”)
Operação EUFOR na República Democrática do Congo
Operação EUFOR na República Democrática do Congo
Portugal, participa desde 14 de Julho de foi igualmente activado no O Comandante
2006, na operação EUFOR RDC (Missão Comando Naval, o Centro do Corpo de Fuzi-
da União Europeia na Rep. Democrática do de Informações Operacio- leiros, CALM Car-
Congo), que tem como objectivo apoiar as nais da Marinha (CIOM), valho Abreu, visi-
forças da MONUC (Missão das Nações Uni- integrando Fuzileiros e que tou recentemente
das na Rep. Democrática do Congo), duran- tem mantido em funciona- na Rep. do Gabão
te o processo eleitoral actualmente em curso mento permanente uma e AO, os locais
naquele País, tendo esta missão uma duração onde se encon-
prevista de 4 meses. Esta Força da União Eu- tram estacionados
ropeia, constitui uma “Force On Call”, esta- os diversos núcle-
cionada na Rep. do Gabão, pronta a intervir os do contingente
quando necessário na Área de Operações nacional, tendo tido oportunidade de consta-
(AO), definida pelas regiões Oeste e Sul da tar com satisfação que o moral da Força é ele-
Rep. Democrática do Congo. vado, que as condições de aquartelamento são
adequadas, e que o programa e condições dis-
O ponibilizadas para o treino de manutenção no
contributo nacional para esta opera-
ção compreende, uma Força de Fu-
território do Gabão são suficientes e orientadas
para as possíveis situações de emprego na R D
zileiros (32 elementos) estacionados
conjuntamente com o Comando da Compo- célula responsável pela recolha, tratamento e Congo. Em Kinshasa, o representante nacional
nente de Operações Especiais, em Port Gentil, divulgação ao escalão superior de toda a in- na estrutura do SOLE, em acumulação com as
Gabão, um National Support Element / (NSE) formação relativa à missão. funções de “Senior National Representative”,
(02 elementos), colocado no Force HQ – Rear, Desde a sua chegada ao terreno, a Força FZ tem desenvolvido uma notável acção de ligação
em Libreville, Gabão, por um representante na- (EUFOR RD Congo), para além do seu aperta- entre o Force HQ, e os restantes elementos na-
cional na estrutura do Special Operations Liai- do programa de treino próprio e combinado, cionais que integram a operação EUFOR RDC.
son Element (SOLE) estacionado junto do For- participou em acções de reconhecimento aére- O trabalho desenvolvido conjuntamente pelos
ce HQ, Kinshasa, e por uma aeronave C-130 os e terrestres no interior da RD Congo, tendo elementos da MGP e da Força Aérea, na estrutu-
e respectiva equipa de manutenção, baseados sido projectada conjuntamente com os meios ra do NSE, revela igualmente um forte sentido de
em Libreville. de mobilidade orgânicos, a partir do aeroporto cooperação e entreajuda contribuindo significa-
A missão está a ser permanentemente acom- de N´Djili, em missões de patrulhamento em tivamente para sustentação desta missão.
panhada no Corpo de Fuzileiros, tendo sido ac- Kinshasa na sequência dos conflitos ocorridos, Z
tivado o Centro de Situação Operacional (CSO) após divulgação dos resultados provisórios em J. Santos Teixeira
especificamente para o efeito. Paralelamente, 20 Agosto 2006. CFR SEF
REVISTA DA ARMADA U SETEMBRO/OUTUBRO 2006 11