Page 372 - Revista da Armada
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Dia do Corpo de Fuzileiros
Dia do Corpo de Fuzileiros
e da Escola de Fuzileiros
e da Escola de Fuzileiros
m 10 de Novembro de 2006, realiza- condições mais difíceis, em Portugal e no
ram-se na Escola de Fuzileiros, a tí- estrangeiro, honrando e engrandecendo o
Etulo excepcional, as comemorações Corpo de Fuzileiros, a Marinha e o País”,
do Dia do Corpo de Fuzileiros e da Esco- bem como a homenagem aos mortos em
la de Fuzileiros. De relembrar que o dia defesa da Pátria, durante a qual foi reza-
do Corpo de Fuzileiros, que se celebra a da uma oração pelo capelão da Unidade
18 de Abril, foi assinalado pelo Seminário e pelo Sheik Munir, Imã da Mesquita de
sobre Protecção de Força. Lisboa, em memória dos Fuzileiros cris-
Esta data assinala os 45 anos sobre a tãos e muçulmanos que tombaram lado
partida da primeira Unidade de Fuzilei- a lado.
ros para Angola (Destacamento de Fu- No seu discurso o CALM Carvalho
zileiros Especiais Nº 1 – DFE 1), tendo a Abreu, Comandante do Corpo de Fu-
Marinha, através do Corpo de Fuzileiros, zileiros, destacou o papel que a Escola
decidido assinalar a efeméride com a rea- de Fuzileiros tem vindo a desempenhar,
lização na capela da Unidade de uma mis- referindo que “Esta sempre foi uma Es-
sa de sufrágio pelos Fuzileiros mortos ao cola de Valores, aberta à comunidade
serviço da Pátria, seguida da Cerimónia onde se insere e ao futuro. Aqui pratica-
Militar e do lançamento do livro “Fuzilei- -se a exigência e o rigor e não se ensina
ros – Factos e feitos na guerra de África a desistir. Aqui se formam os militares
1961-1974”, estas presididas pelo Almi- que vão depois integrar as Forças, Uni-
rante Chefe do Estado-Maior da Armada dades e meios operacionais que no Cor-
e às quais assistiram inúmeras altas en- po de Fuzileiros se preparam e aprontam
tidades civis e militares. para conduzir operações a partir do mar
A cerimónia, que se iniciou com a re- e para projectar poder militar em terra.
vista às Forças em parada, compreendeu Esta é a nossa missão – trabalhar para o
ainda o agraciamento da Escola de Fuzi- produto operacional da Marinha – e nela
leiros com o grau de Membro Honorário continuaremos a concentrar os nossos
da Ordem Militar de Avis, o descerramen- esforços.” Fez ainda uma saudação es-
to de lápides evocativas dos mortos em pecial aos Fuzileiros em missão no exte-
combate e a deposição de uma coroa de rior, destacando os que integram a EU-
flores no monumento dos Fuzileiros, se- FOR RD CONGO e agradeceu ao Mestre
guida da homenagem aos Fuzileiros mor- Lagoa Henriques e ao Escultor Carlos
tos em defesa da Pátria e dos discursos do Amado, presentes na cerimónia, que em
Comandante do Corpo de Fuzileiros e do 1978 deram forma à estátua do Fuzilei-
Chefe do Estado-Maior da Armada. A ter- ro que integra o Monumento da autoria
minar teve lugar o desfile das Forças em do CMG FZ Vidal de Resende e que ago-
parada, que eram constituídas por forças ra se prontificou a concluir a obra então
apeadas das várias Unidades de Fuzilei- iniciada. Terminou afirmando o orgulho
ros e por uma força operacional motori- dos Fuzileiros no seu passado, a defesa
zada, totalizando 800 homens. dos princípios e valores que sempre os
Assumiu particular relevância a con- nortearam, realçando a sua permanente
decoração concedida à Escola de Fuzi- prontidão e a satisfação pelo espírito de
leiros pelo Presidente da República, por festa vivido nesta ocasião “entre tantos
considerar que “ao longo de 45 anos, camaradas e amigos”.
vem imprimindo uma marca indelével Por sua vez, o Almirante CEMA relevou
em sucessivas gerações de militares que a acção e a importância da Escola de Fu-
se distinguiram ao serviço da Pátria, nas zileiros nestes 45 anos, o longo e honroso
10 DEZEMBRO 2006 U REVISTA DA ARMADA