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ENTREGA DE COMANDO



                                           NOVO COMANDANTE NAVAL

         ¬ No passado dia 16DEZ recebeu o cargo o VALM                     prolongado na aquisição de novos meios, mas que a
         Vargas de Matos, rendendo o VALM Alexandre da                     médio prazo com os programas de construção esse
         Fonseca, Comandante Naval desde 22ABR04.                          reequipamento será uma realidade e que a utiliza-
           A cerimónia de entrega de comando, que decor-                   ção de maneira racional e eficaz dos meios em con-
         reu no Alfeite e à qual assistiram diversas indivi-               jugação com a cooperação com as entidades públi-
         dualidades civis e militares, foi presidida pelo                  cas e privadas  terá que ser uma realidade de modo
         CEMA, Alm. Melo Gomes, que nessa oportunidade                     a prestar um melhor serviço ao país. Referiu ainda
         proferiu um discurso, depois de terem usado da pa-                o desafio que o novo Cte Naval e a Marinha no seu
         lavra o Cte cessante e o novo Cte Naval.                          todo tem de enfrentar nomeadamente na prepara-
           O Almirante CEMA começou por justificar a sua presença na cerimó-  ção para o comando da EUROMARFOR no período de 2007 a 2009 e o
         nia, não só pela obrigatoriedade formal mas também pelo sentido de im-  comando da Força Naval Permanente da NATO em 2009 e que consti-
         portância que confere ao Comando Naval como linha da frente da estru-  tuem tarefas de enorme responsabilidade e prestigio para o País.
         tura da Marinha, afirmando que o CN é o principal comando operacional   Finalmente exortou todos os militares a darem o seu melhor rele-
         e, por isso, nas suas diversas incumbências orgânicas, a face visível do  vando que sob a liderança do VALM Vargas de Matos a Esquadra
         desempenho das suas missões fundamentais. Realçando ainda que para  continuará a demonstrar o seu profissionalismo e a constituir um dos
         que a Marinha possa cumprir com a sua missão, de entre outros factores,  pilares da Marinha. A cerimónia terminou com um desfile das forças
         existe um que constitui em si a essência desta, a componente operacional  em parada, constituída por três Batalhões integrando militares das
         do sistema de forças, da qual o CN é o órgão de cúpula do Comando e  Guarnições dos navios, fuzileiros e mergulhadores.
         Controlo de todas as forças e meios operacionais.
           Dirigindo-se ao VALM Alexandre da Fonseca, o Almirante CEMA   O VALM Fernando Manuel de Oliveira Vargas de Matos, frequentou o Curso
         enalteceu a forma como exerceu o cargo com inegável brilhantismo e   de Marinha da EN tendo sido promovido a G/M em JAN69.
         sentido de bem servir, dizendo, o louvor concedido, tudo da sua perso-  Especializou-se em Comunicações e em FZE e possui entre outros o CSNG. Esteve
         nalidade e carácter, na certeza de um comando bem exercido por sentido,   embarcado em várias unidades navais, tendo comandado o NRP “Mandovi”, o NRP
         por experiência, por conhecimento, por prazer e por sensibilidade.   “Afonso Cerqueira”, o NRP “Vasco da Gama”, onde viveu uma intensa actividade
            Ao novo Cte Naval, enalteceu a sua carreira brilhante e maioritaria-  operacional, que incluiu a operação “Cruzeiro do Sul” no Atlântico Sul e seis meses
                                                               de integração na STANAVFORLANT durante a operação “SHARP GUARD“.
         mente dirigida à actividade operacional, afirmando ter este a mesma   Em terra Comandou o DFE n.º 10 em Moçambique. Foi imediato do CCA e
         confiança e apoio merecida pelo seu antecessor, não concebendo cargos   Comandante de Defesa Marítima do Porto da Horta e em acumulação Capitão
         a este nível, e principalmente de comando, que pudessem ser exercidos   de Porto, e posteriormente, também em acumulação, Director da ERN da Horta.
         sem total confiança da hierarquia, ou com apoio condicionado.  Exerceu funções no EMA. Foi Comandante da Esquadrilha de Escoltas Ocêani-
                                                               cos, onde participou em diversos exercícios navais NATO, nas funções de Coman-
           Salientou ainda que: “Como afirmei aquando da minha tomada de posse,   dante do “PORTUGUESE TASK GROUP”. Serviu como Adido Naval junto das
         considero os navios como a essência da Marinha e o empenho da Esquadra como   Embaixadas de Portugal em Washington DC e Ottawa, acumulando também as
         o objectivo principal da instituição que servimos. A Esquadra é o instrumento   funções e Representante Nacional de Ligação ao SACLANT e Chefiou a Divisão
         nuclear do cumprimento da missão e é para ela que deverão ser canalizadas as   de Informações do EMA.
         energias do conjunto sinérgico que é a Marinha”. Relevou o facto de devido   Foi Comandante do CFz’s até NOV05 sendo então promovido a VALM.
                                                                Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
         a dificuldades financeiras do País terem levado a um desinvestimento

                                          TOMADA DE POSSE


                                        CHEFIA DO SERVIÇO DE JUSTIÇA

         ¬ No passado dia 15SET, no Gabinete do SSP, reali-                maior celeridade e flexibilidade no desenvolvimento
         zou-se a cerimónia de tomada de posse do novo CSJ,                e controlo dos processos.”
         o CFR Xavier da Cunha, conferida pelo SSP, VALM                     Usando da palavra, o empossado agradeceu a con-
         Ferreira Pires. Estiveram presentes militares na directa          fiança nele depositada e teceu algumas reflexões sobre
         dependência da SSP, além do pessoal que presta ser-               a Justiça, de que importa sublinhar que “a reforma da
         viço na CSJ. No seu discurso, o VALM Ferreira Pires               Justiça Militar, englobando um novo CJM, novo Es-
         começou por elogiar o trabalho desempenhado pelo                  tatuto dos Juizes Militares e dos Assessores Militares
         antigo titular, CMG Reis Ágoas, com especial destaque             do Ministério Público, as alterações à Lei de Organi-
         para o desenvolvimento do “site” na Intranet da Chefia e para a produção  zação e Funcionamento dos Tribunais Judiciais e brevemente, com toda
         do “Guia do Oficial Instrutor”. As suas principais linhas de acção:   a certeza, um novo RDM, implicará, provavelmente, uma organização
           - “Promover, no âmbito da Organização, a criação das condições para  que responda cabalmente às novas solicitações”.
         o desenvolvimento de um órgão técnico ágil e eficaz na supervisão fun-
                                                                O CFR Diogo Alberto Fontes Xavier da Cunha ingressou na Escola Naval e
         cional da unidade de procedimentos e na integração e potenciação do   foi promovido a G/M em 01OUT81.
         aproveitamento do conhecimento jurídico existente;     A primeira comissão de embarque foi a bordo do NRP “Cacine”, tendo tam-
           - Identificar, no âmbito da Formação, os requisitos inerentes à neces-  bém embarcado nos NRP’s “Baptista de Andrade”, “Roberto Ivens”, “João Belo”
         sária formação curricular e complementar exigida à permanente actuali-  e na “João Roby”. Comandou os NRP’s “D. Jeremias”, “Zambeze” e “Polar”.
         zação na área jurídica e processual, não só aos juristas em particular, mas   Em terra, foi Cap. do Porto de Porto Santo, Dir. da Estação Radionaval de Por-
         também aos restantes militares…                       to Santo, Chefe do CCA, Chefe do Centro de Comunicações e Cifra do EMGFA,
                                                               Professor da disciplina de Organização na EN e 2.° Comandante/Chefe do EM
           - Manter o bom relacionamento institucional formal no âmbito do   do Comando da ZMM. Concluiu em 1996 a licenciatura em Direito na Faculdade
         apoio aos diversos organismos e unidades da Marinha e, em simultâ-  de Direito da Universidade de Lisboa e em 2002 o curso de pós-graduação em
         neo, explorar vias complementares de colaboração que possibilitem,   “Estudos da Paz e da Guerra”, na Universidade Autónoma de Lisboa.
         sem prejuízo do necessário respeito pela utilização da via formal, uma   Na sua folha de serviços constam diversas condecorações e louvores.

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