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Exercício CONTEX-PHIBEX 2007
                      Exercício CONTEX-PHIBEX 2007

               ois países fictícios, Sotaland e Barla-
               land, serviram de cenário ao maior
         Dexercício operacional da Marinha
         em 2007, aberto à participação de outros
         países aliados e realizado entre 27 de Março
         e 2 de Abril de 2007, ao largo da penínsul a
         de Tróia. Com o nome de código “Strong
         Fist”, o exercício Contex-Phibex simulou
         uma Operação de Imposição da Paz (“Peac e
         Enforcement Operation”) em Sotaland, por-
         quanto este país estaria a ser alvo de acções  ticamente pelo CMG Correia Andrade. Tota-  ra de minas marítimas, compostas por um
         de guerrilha no seu território efectuadas por  lizando quase um total de cerca de 1400 ho-  destacamento de mergulhadores-sapadores
         milícias apoiadas por Barlaland, em com-  mens e mulheres, constituíam o grupo-tarefa  das Marinha de Portugal e Espanha e apoia-
         pleto desrespeito pelo acordo de cessar-  anfíbio (TG 443.20): As unidades de escolta,  dos pelo NRP “João Roby”; As unidades de
         -fogo assinado no âmbito da Organização  os NRP “Vasco da Gama” (navio-chefe) e  operações especiais, sendo uma da Marinha
         das Nações Unidas (ONU). Neste contexto,  NRP “Álvares Cabral”, ambos os navios com  de Portugal e outra da Marinha de Espanha.
         o cenário do exercício previu então que, a  um helicóptero Lynx embarcado; As unidades  O exercício contou ainda com a importante
         coberto de um mandato internacional do  de transporte e de apoio logístico da Força de  colaboração do submarino SPS “Galerna”, da
         Conselho de Segurança da ONU, fosse en-  Desembarque, os NRP “Afonso Cerqueira”,  Marinha de Espanha.
         viado um grupo-tarefa anfíbio, a TG 443.20,  NRP “João Coutinho” e FS “Orage” (navio   Colaboraram ainda activamente neste
         para aquele teatro de operações                                                exercício, os elementos per-
         que, actuando como “Initial En-                                                cursores da Brigada Aerotrans-
         try Force” na Área de Operações                                                portada Independente (BAI) do
         Conjuntas, tinha como missão                                                   Exército Português, bem como
         primária a criação das necessá-                                                meios pertencentes à Força
         rias condições de segurança no                                                 A érea Portuguesa, designada-
         terreno que permitissem, poste-                                                mente aeronaves F-16, Aviocar
         riormente, a entrada no terreno                                                C-212 e P3-P Orion, acrescen-
         de uma força terrestre de maior                                                do também o facto deste ramo
         escalão, as designadas “Follow-                                                das Forças Armadas Portuguesas
         -On Forces”, ao mesmo tempo                                                    ter colaborado com o embarque
         que estava preparada para pro-                                                 de quatro controladores de ae-
         videnciar Assistência Humanitá-                                                ronaves de combate, a bordo
         ria (“Humanitarian Relief”) aos                                                das fragatas “Vasco da Gama”
         refugiados internos resultantes                                                e “Álvares Cabral”.
         dos combates.                                                                    Refira-se por fim que, durante
           Actuando sob o comando operacional do  de desembarque anfíbio francês); A Força de  este exercício, embarcaram nas fragatas “Vasco
         VALM Vargas de Matos, o grupo-tarefa anfí-  Desembarque, corporizada pelo “Batalhão Li-  da Gama” e “Álvares Cabral” quatro jornalistas
         bio incluiu unidades navais, de fuzileiros, de  geiro de Desembarque” e que era constituído  estagiários que, com um estatuto “embeded”,
         mergulhadores-sapadores e de operações es-  pelos Elementos de Comando, Manobra (na  efectuaram uma cobertura integral das opera-
         peciais das Marinhas de Espanha e França e,  qual se incluía uma companhia de fuzileiros  ções em curso, o que constituiu um excelente
         apoiado por um estado-maior que também  da Marinha de Espanha), Apoio de Combate  treino para a Marinha e para os jornalistas.
         integrou oficiais espanhóis, comandado tac-  e de Apoio de Serviços; As unidades de guer-              Z

                  Fragata Portuguesa em Exercícios
                   Fragata Portuguesa em Exercícios

                                        no Mediterrâneo
                                        no Mediterrâneo

         A                                  ção oportunidade para
              fragata “ Comandante João Belo” re-
              gressou no passado dia 1 de Maio à  visitar esta agradável
              Base Naval de Lisboa (BNL), após 23  cidade espanhola e ul-
         dias de missão no Mediterrâneo onde in-  timar os preparativos
         tegrou a força europeia EUROMARFOR e,  para as duas semanas
         participou nos exercícios navais TAPON 07  de exercícios no mar.
         e CADET TRAINING WAR 07.           Constituída por unida-
           No dia 10 de Abril, a “João Belo” largou  des navais de Portugal,
         da BNL para integrar a EUROMARFOR (EU-  Espanha e França, a
         ROPEAN MARITIME FORCE), no porto de  EUROMARFOR parti-
         Cartagena, em Espanha, onde foi realizada a  cipou no exercício es-
         cerimónia de activação no dia 14 de Abril, a  panhol “TAPON 07”,
         bordo do SPS “ Alm Juan de Borbon”. A força  que decorreu durante
         permaneceu atracada entre os dias 12 e 16  o período de 14 a 27
         de Abril, período que proporcionou à guarni-  de Abril.

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