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Activação do Centro de Operações da Marinha
Activação do Centro de Operações da Marinha
entre muitos outros sistemas, assumindo capaci-
Realizou-se no passado dia 2 de Junho no Comando Naval, a cerimónia de inauguração oficial do
Centro de Operações da Marinha (COMAR). dades conjugadas únicas no âmbito nacional.
A cerimónia, presidida pelo Ministro da Defesa Nacional, Prof. Doutor Nuno Severiano Teixeira, contou O COMAR dispõe também de importantes
com a presença do Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Dr. João Mira Gomes, ferramentas, para detecção automática de anoma-
do Secretário de Estado da administração Interna, Dr. Rui Sá Gomes, do CEMGFA General Valença Pinto, lias, AIS e outras, com o acesso a bases de dados
do Director-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, Dr. João Manuel Almeida de
Sousa. Estas entidades foram recebidas pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, ALM Melo Gomes e pelo classificadas e não classificadas, o que concorrerá
Comandante Naval, VALM Vargas de Matos. no processo de análise e permitirá o processamen-
to de maior quantidade de contactos.
m 30 de Janeiro de 2008, no Coman- Em situação de crise o COMAR terá ca-
do Naval, procedeu-se à activação pacidade de disponibilizar o panorama ma-
Edo “Initial Operational Capability” rítimo reconhecido à sala de situação do Al-
(IOC) do Centro de Operações da Mari- mirante CEMA. Este panorama será ainda
nha (COMAR). disponibilizado em permanência ao EMA.
O COMAR, encontra-se co-localizado Pode ainda partilhar informação através
com o Centro de Coordenação de Busca e da INTRANET e sempre que necessário
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Salvamento Marítimo de Lisboa (MRCC através da MSWAN , com os Comandos
Lisboa), opera 24 horas por dia, garantindo de Zona Marítima e Departamentos Marí-
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a compilação e análise de todo um conjunto timos. Integrado na SCA de Northwood,
de informação relativa ao panorama maríti- o COMAR, partilha o seu panorama marí-
mo disponibilizada por vários organismos timo reconhecido com entidades/unidades
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e instituições militares e civis, nacionais e estran- pacidade para assumir um papel previligiado NATO através do sistema MCCIS .
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geiras, incluindo a NATO, no âmbito do MSA . na condução e acompanhamento das opera- Pretende-se ainda que o COMAR partilhe o seu
Encontra-se guarnecido permanentemente por ções no mar, bem como da flexibilidade (redes panorama marítimo reconhecido com o EMGFA,
seis militares e um elemento da polícia maríti- configuráveis e estações de trabalho) para per- com forças de coligação e forças conjuntas, com
ma, podendo ser aumentada a sua capacidade mitir a integração de representantes de várias as Unidades Navais e Forças de Fuzileiros e com
até treze postos de trabalho que, dependendo da entidades; agências externas e forças policiais, nacionais ou
sua configuração, poderão ser guarnecidos por UÊ ÊVV>â>XKÊVÊÊ , Ê ÃL>]Ê}>- estrangeiras, quando autorizado.
representantes das entidades e organismos mili- rante a gestão racional de recursos e permite a Como valor acrescido o COMAR assegura os
tares ou civis, relevantes para o acompanhamento convergência de variada informação relevante elementos de informação necessários à tomada
da situação em curso. para a percepção operacional do ambiente ma- de decisão, optimizando o emprego dos meios e
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Para poder planear, coordenar, conduzir e con- rítimo . Releva-se o facto de o projecto GMDSS- contribuindo para a articulação e complementa-
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trolar as operações marítimas e navais sob a sua VHF vir a aumentar significativamente as riedade dos recursos nacionais, fornecendo ain-
responsabilidade, é necessário um sistema de co- valências do MRCC, que passará a dispôr de da aos nossos parceiros e aliados um panorama
mando e controlo, comunicações, computadores e capacidade de operar localmente uma rede de marítimo reconhecido de excelência.
informações (C4I) moderno, consubstanciado por VHF marítima (TX/RX de voz e dados DSC) Z
um conjunto de sistemas, equipamentos, métodos, que cobre toda a orla costeira continental. Pre- (Colaboração do COMAR)
procedimentos e pessoal, organizados de modo a vê-se, no âmbito deste projecto que, num futu- Notas
1 Maritime Situational Awareness.
assegurar a gestão global e integrada da informa- ro próximo, possa vir a ser edificada também a 2 Automatic Identification System.
ção relevante e que posicione o decisor operacional capacidade MF; 3 Vessel Traffic Service.
num estado de superioridade de informação 4 Monitorização e Controlo da Actividade de
que o habilite na tomada da decisão. Pesca.
No quadro actual, em que cada vez mais 5 Sistema Integrado de Vigilância Comando e
se torna necessário racionalizar recursos e Controlo - rede de radares costeiros de médio alcan-
ce em desenvolvimento pela GNR-BF, e que se prevê
convergir sinergias para os objectivos co- poder vir a partilhar a informação com o COMAR.
muns, o COMAR traduz o exemplo de 6 Maritime Safety and Security Information
que é possível desenvolver projectos inte- System.
gradores. 7 Search and Rescue.
Efectivamente, revela-se uma decisão 8 O MRCC Lisboa é um ponto previligiado de
natural a edificação deste centro no seio da ligação a múltiplas agências e entidades interna-
cionais, através das quais se tem acesso a inúmera
Marinha pelos seguintes factores: informação de carácter relevante no âmbito da se-
UÊ Ê >À
>Ê«ÃÃÕÊ>ÊÛV>XK]Ê>ÊV«i- gurança marítima.
tência e os meios; 9 Projecto no âmbito do MDN-DGIE, em fase
UÊ Ê " ,ÊjÊ«ÃÃÛiÊ>Vi`iÀÊÃÕ- de conclusão.
10 Em edificação.
tâneamente a informações classificadas e 11 Video Tele-conferência. Projecto em desenvolvi-
não classificadas, designadamente informação UÊ"Êv>VÌÊ`iÊÊ " ,ÊÌi}À>ÀÊÊViÌÀÊ`iÊ mento, sendo que no presente se tem efectuado com suces-
NATO, informações próprias (W-AIS da Marinha, operações navais e elementos da Autoridade so video-chamadas, no ambiente da Intranet, com navios
informação proveniente da Autoridade Marítima Marítima, permite, desde logo, alargar as áre- no mar com capacidade satélite.
e informação das unidades operacionais) e infor- as de intervenção, fazendo uso de recursos co- 12 Sistema de informação de partilha de dados de infor-
mação de outras fontes (UE, Iniciativa 5+5, da- muns e agilizando as respostas de forma a me- mação marítima, no âmbito da Iniciativa 5+5 – Portugal,
Espanha, França, Itália e Malta+Mauritânia, Marrocos, Ar-
dos AIS /VTS nacionais, MONICAP , SIVICC , lhorar a eficácia no quadro da defesa e segurança gélia, Líbia e Tunísia.
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MSSIS , informação âmbito SAR , etc.), o que se marítima; 13 Sistema de Apoio à Decisão na Actividade de Patru-
traduz numa maior capacidade e eficácia na mo- UÊ"Ê " ,Ê`ëªiÊ>`>Ê`iÊ>ViÃÃÊDÊÀi`iÊ lha. Projecto em desenvolvimento que assegurará a troca
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nitorização e análise; VHF de Marinha , ao MRL, à rede secreta NATO, expedicta e semi-automática de informação de panorama
UÊ Ê >À
>ÊÌiÊ`>â>`Ê>Êi>LÀ>XKÊ capacidade VTC com unidades navais e forças de superfície entre o COMAR e as unidades navais.
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14 Mission Secret WAN.
de protocolos com diversas entidades, os quais destacadas, à Internet, Intranet, rede VTS/AIS 15 Surveillance Coordination Area.
permitem a sua agilização e articulação, sendo nacional, rede AIS de Marinha, V-RMTC , SA- 16 Maritime Command and Control Information
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que o COMAR disporá das ferramentas e ca- DAP , ligações através do MRCC como referido, System.
REVISTA DA ARMADA U JULHO 2008 7