Page 28 - Revista da Armada
P. 28
VIGIA DA HISTÓRIA 24
ARTILHARIA
Na primeira metade do séc. XVI foram inúmeros os ata
ques de corsários franceses a embarcações de comércio ravelas, a partir de 40 toneis, teriam de ter 2 bombardas grossas
e de pesca portuguesas, efectuados quase sempre ao lar e 4 berços.
go da nossa costa.
Sugeria igualmente que fosse privilegiada a construção de ca
O que mais espanta na leitura dos relatos desses assaltos é a ravelas latinas, de 40 a 60 toneis, porque estas se podiam pôr uma
notória falta de reacção dos portugueses. quarta a barlavento de todos os navios redondos, deixando por
isso de ter medo dos franceses e, por outro lado, começariam os
Talvez que uma resposta para tal esteja contida na carta que o portugueses a aprender a ser bombardeiros por forma a que pu
Bispo do Algarve, em 15 de Outubro de 1534, escreveu ao Rei. dessem defenderse, no mar, quando fosse preciso.
A carta em questão apresenta várias sugestões, umas quanto ao
governo do Norte de África e outras quanto a questões de segurança, Com. E. Gomes
sendo estas últimas as que, para o caso presente, nos interessam.
Fonte:
Escrevia o Bispo que deveria ser estabelecido que todas as ca Gavetas T. Tombo XV142
NOTÍCIA
40o ANIVERSÁRIO DO N.R.P. “CUANZA”
l Comemorou Paralelamente
se no passado com os dois ou
dia 4 de Junho, tros navios da
no Funchal, o mesma classe
quadragésimo ainda no activo
aniversário do (N.R.P. “Cacine”
N.R.P. “Cuan e N.R.P. “Zai
za”. O dia foi re”), o N.R.P.
assinalado com “Cuanza” rea
uma cerimónia liza missões de
a bordo seguida segurança ma
de um Madeira rítima e salva
de Honra, no castelo do navio. A cerimónia contou com as presen guarda da vida humana no mar e de vigilância, fiscalização e
ças do Secretário Regional dos Recursos Humanos, Dr. Brazão de policiamento, bem como tarefas de apoio em casos de excepção
Castro, do Comandante Operacional da Madeira, MajorGeneral no quadro de acções de protecção civil.
Miguel Rosas Leitão, do Comandante da Zona Marítima da Ma
deira, o CMG Amaral Frazão, bem como de diversas entidades COMANDANTES DO N.R.P. “CUANZA”
convidadas. Após as duas alocuções realizadas pelo Comandan
te do navio e pelo Comandante da Zona Marítima da Madeira, 1TEN JOSÉ MANUEL CASTANHO PAES ...............................(040670 A 180972)
foi servido um Madeira de Honra com o qual foram proferidas
as Salvas Artilheiras em homenagem ao aniversário do navio e 1TEN ANICETO ARMANDO PASCOAL.................................(180972 A 270973)
finalmente foi partido o bolo de aniversário.
1TEN JOSÉ MANUEL G. MENDES CABEÇADAS................ (270973 A 301174)
Baptizado com o nome do maior rio de Angola, o N.R.P. “Cuan
za” é fruto de projecto nacional e foi construído no final da déca 1TEN ANTÓNIO ALBERTO RODRIGUES CABRAL............(160475 A 270976)
da de 60 nos Estaleiros Navais do Mondego, na Figueira da Foz,
para navegar nos rios e mares das exprovíncias portuguesas em 1TEN JOSÉ AUGUSTO DE BRITO .............................................. (270976 A 301178)
África, no quadro da guerra colonial.
1TEN MANUEL RAÚL FERREIRA PIRES................................ (301178 A 290280)
A sua primeira missão teve início no dia 1 de Setembro de 1970
com a largada da Base Naval de Lisboa para o Arquipélago de 1TEN JOSÉ JOAQUIM P. DE CASTRO CENTENO................(290280 A 190980)
Cabo Verde. Durante os quatro anos subsequentes, teve por mis
são o patrulhamento das águas territoriais da Guiné e de Cabo 1TEN FERNANDO D. G. TAVARES DE ALMEIDA............... (091181 A 280783)
Verde, tendo regressado em 1975. Em águas nacionais, este navio
teve a sua primeira comissão nos Açores em Junho de 1975 e des 1TEN FERNÃO MANUEL P. MALAQUIAS PEREIRA.........(280783 A 180985)
de então integra o conjunto de navios que constituem o disposi
tivo naval padrão em águas jurisdicionais portuguesas. 1TEN JOSÉ DOMINGOS PEREIRA DA CUNHA................... (180985 A 161187)
N.R.P. “CUANZA” ou N.R.P. “QUANZA” ? 1TEN FEBO NUNO DE O. VARGAS DE MATOS ...................(161187 A 301189)
Quando, em 6 de Junho de 1970, foi publicado o seu aumento ao Efectivo 1TEN ALBERTO MANUEL SILVESTRE CORREIA................(301189 A 151190)
dos Navios da Armada, o nome do navio surgiu como N.R.P. “Quanza”. Po
rém, no dia 17 de Julho de 1970, saía no Diário do Governo a publicação de 1TEN LUIS ANTÓNIO DE OLIVEIRA BELO FABIÃO......... (031291 A 061192)
uma “inexactidão” rectificando onde se lê: “…o navioPatrulha Quanza…”,
deve lerse: “… o navioPatrulha Cuanza…” . 1TEN PAULO JORGE DA SILVA RIBEIRO ............................... (061192 A 280593)
1TEN JOSÉ LUIS AFONSO GALRITO....................................... (281195 A 230497)
1TEN NUNO MIGUEL D. MÓNICA DE OLIVEIRA.............(230497 A 270499)
1TEN FERNANDO MANUEL CARRONDO DIAS...............(270499 A 060400)
1TEN MANUEL JOÃO RIBEIRO PARRACHA.......................(240902 A 060303)
1TEN PEDRO MIGUEL R. A. ANTUNES DE ALMEIDA..... (060303 A 110305)
1TEN ANTÓNIO MATEUS ANJINHO MOURINHA........... (110305 A 310806)
1TEN ANTÓNIO PEDRO NOLASCO CRESPO ..................... (310806 A 111007)
CTEN PAULO ALEXANDRE COSTA RAMOS....................... (111007 A 180909)
CTEN CARLOS FILIPE ROLDÃO DA CRUZ...........................(180909 A )
(Colaboração do COMANDO DO NRP “CUANZA”)
28 AGOSTO 2010 • Revista da aRmada