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REVISTA DA ARMADA | 495
das observações feitas no espectro das funções de combate e de observados em fase de planeamento e originar documentação
segurança, abaixo listadas, mostram o caminho a percorrer: que reflita constrangimentos nacionais reais.
Comando e Controlo (C2) Segurança
A estrutura de C2 utilizada aplicou a Doutrina experimental Uma boa “Common Operational Picture” (COP) partilhada por
da US Navy contida na sua publicação JP 3-02 que estabelece todas as forças participantes é o primeiro pilar para a segurança
um único comando designado “Commander Amphibious For- de todos, quer em exercícios quer em operações. A desconflitua-
ce” (CAF). Este difere do modelo CATF/CLF contido no ATP-8 ção dos espaços aéreos e marítimos melhorou, mas mais melho-
da NATO. rias são necessárias para atingir uma COP funcional.
Intel O FUTURO
A comunicação dos produtos de Intel foi o melhor exemplo de
como a divisão dos sistemas de CIS SIPR/CENTRIX dividiu e afetou Para melhorar a interoperabilidade das forças e cumprir os ob-
a execução operacional dentro da coligação. Devem ser conside- jetivos de treino dos participantes, será feita a proposta para que
rados modelos alternativos de estruturas de Staff bem como um o exercício Bold Alligator seja planeado e conduzido em ciclos de
único Sistema de CIS. 6 anos, com 2 exercícios Livex e dois Computer Assisted Exercise
Manobra (CAX) em cada ciclo. Os CAX serão as oportunidades para testar
A incompatibilidade das Lanchas de desembarque entre os os conceitos identificados para os Livex.
LPD’s dos Estados Unidos e da Holanda afetou a capacidade de
movimentar forças entre as plataformas, rapidamente e com efi- Este planeamento a longo prazo permitiria aos participantes
ciência. À medida que a NATO avança para a “Smart Defense” testarem novos conceitos de uma forma incrementada, num me-
e procura ser mais interoperável, quer entre os seus membros, nor intervalo de tempo e com custos mais reduzidos (entre Livex
quer com parceiros extra aliança, o desenho e construção de e CAX). Os objetivos de treino da US Navy e dos seus parceiros
meios compatíveis apresenta uma crescente importância. Algu- aliados, tais como as certificações da NATO Response Force (NRF),
mas das Táticas, Técnicas e Procedimentos característicos de al- deverão ser comparados e sincronizados para assegurar que to-
gumas forças demonstraram não ser compatíveis, podendo, no dos os participantes beneficiem com o exercício, tendo sempre
limite, conduzir a situações de fratricídio. como principal objetivo a melhoria da interoperabilidade.
Fogos
A participação da Allied Naval Gun Liaison Company (ANGLICO) Portugal, como membro fundador da NATO e assíduo participan-
permitiu que as séries de fogos decorressem sem incidentes, evi- te nas Operações que a Aliança tem executado, será seguramente
tando qualquer questão de menor interoperabilidade. convidado a participar nos próximos Bold Alligator, condição es-
Sustentação sencial para permanecer ligado ao incremento e consolidação dos
Reparações em meios aéreos de parceiros não Americanos, níveis de interoperabilidade entre as Marinhas e estar na linha da
necessitaram de um longo período em virtude dos constrangi- frente das possíveis decisões geo-estratégicas que a NATO tomar.
mentos logísticos que vão desde a alfândega dos Estados Unidos
até ao local mais apropriado para executar a reparação. Carece Barroca Constante
de planeamento cuidado. CFR FZ
Force Protection
A aplicabilidade de algumas ROE e dos requisitos específicos Expeditionary Operations
orientados para as missões não eram claros entre os parceiros no Combined Joint Operations from the Sea Center of Excellence
exercício. Os requisitos e limitações NATO e não-NATO devem ser
ABRIL 2015 13