Page 8 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 495

EXERCÍCIOS CONJUNTOS

AÇORES

Os meios da Marinha, do Exército e da Força Aérea atribuídos       vulcânica do arquipélago, a realização destes exercícios enquan-
     à Região Autónoma dos Açores (RAA) cumprem anualmente         to responsabilidade do COA ganha um maior relevo, destinando-
o Plano de Treino Operacional Conjunto, sob a égide do Coman-      se a exercitar a projeção de forças em apoio à população civil,
do Operacional dos Açores (COA).                                   num cenário atingido por uma calamidade ou catástrofe natural.

   O COA é um órgão de comando e controlo de natureza                 A impraticabilidade ou inexistência de facilidades portuárias,
conjunta que tem por missão o emprego operacional das forças e     onde o desembarque dos meios humanos e materiais é viável
meios que lhe são atribuídos, sendo igualmente sua responsabili-   apenas através das embarcações orgânicas da Unidade Naval
dade promover a operacionalidade e interoperabilidade entre os     (UN), são o mote para os exercícios da série FOCA, com o obje-
três Ramos das Forças Armadas, dando cumprimento às medidas        tivo de treinar o embarque de forças do Exército e a sua insta-
superiormente aprovadas, relativas à defesa militar do arquipé-    lação a bordo de uma UN, o movimento e desembarque dessa
lago dos Açores, assim como à colaboração das Forças Armadas       mesma força.
no âmbito da proteção civil.
                                                                     Estes exercícios realizam-se alternadamente na ilha de São
   Para o efeito, o COA promulga anualmente a diretiva de trei-    Miguel, onde está localizado o Regimento de Guarnição nº 2,
no, indicando o número e a natureza dos exercícios a executar,     e na ilha Terceira, onde está localizado o Regimento de Guar-
atribuindo à Marinha a realização de 4 exercícios conjuntos com    nição nº 1, permitindo em cada edição do exercício o treino
o Exército, denominados FOCA, e 2 exercícios com a Força Aérea,    de embarque e desembarque por rede de abordagem, esca-
denominados GAIVOTA.                                               da quebra-costas ou portaló de um contingente composto por
                                                                   50 militares daquelas unidades do Exército. Adicionalmente
   Não obstante a componente essencialmente militar inerente       é treinado o embarque e desembarque de viaturas militares,
à defesa da RAA, a finalidade destes exercícios prende-se princi-  permitindo identificar capacidades de carga, condições de es-
palmente com a necessidade de testar e exercitar procedimen-       tiva, meios de elevação e facilidades portuárias adequadas a
tos, que contribuam para o garante da participação das Forças      este desiderato.
Armadas em ações de proteção civil. Considerando a natureza

8 ABRIL 2015
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