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REVISTA DA ARMADA | 514



          INSTREX 0117





          EXERCÍCIO













































             fim de assegurar a prontidão, a eficiência e a eficácia na con-  MEIOS E ESTRUTURA DO EXERCÍCIO
         A  dução de operações navais em resposta a cenários de crise, a
          Marinha realizou sob o nome ‘INSTREX 0117’ o primeiro exercício   Esta primeira edição do ano contou com diversos meios entre
          naval do ano operacional de 2016-2017.              os quais as fragatas Bartolomeu Dias e Vasco da Gama, a cor-
           O INSTREX decorreu nas águas oceânicas contíguas ao conti-  veta António Enes, o submarino Arpão e o navio reabastecedor
          nente, entre 9 e 18 de novembro de 2016, tendo sido conduzido e   de esquadra Bérrio. Para além dos já mencionados, participaram
          orientado de forma a permitir um treino coerente e consequente   ainda  outros  meios  e  forças  da  Marinha,  como  as  lanchas  de
          para as diferentes audiências de treino. Este exercício integrou-  fiscalização Hidra e Dragão que, juntamente com forças de fuzi-
          -se no ciclo anual de aprontamento de forças e foi conduzido   leiros, de mergulhadores e de operações especiais, envolveram
          pelo Comandante da Força Naval Portuguesa  (FNP), Capitão-de-  no total mais de 500 militares da Marinha Portuguesa. Realça-se
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          -mar-e-guerra Silvestre Correia, que para exercer o comando e   ainda a participação da Força Aérea Portuguesa no exercício, com
          controlo (C2) dos meios embarcou com o respetivo Estado-Maior   aeronaves de combate F16 e de patrulha marítima P3P Orion,
          no NRP Bartolomeu Dias – navio-chefe.               constituindo uma preciosa mais-valia para treino nas operações
           Com o propósito de criar uma base sustentável para a edifica-  aeronavais.
          ção de um modelo que garanta a continuidade na manutenção e   Com base na experiência alcançada em exercícios anteriores
          desenvolvimento das perícias operacionais da FNP, a condução   e de forma a maximizar o treino das unidades intervenientes, o
          do exercício e das operações navais foi centrada num programa   exercício foi dividido em duas fases, uma de terra e outra de mar.
          seriado de dificuldade crescente, abrangendo as disciplinas da   A primeira decorreu entre 9 e 11 de novembro, ainda com os
          guerra tradicional, as operações de interdição marítima, o treino   navios atracados na Base Naval de Lisboa e foi denominada de
          em desativação de explosivos e de sabotagem e as operações es-  Harbour warm up. Esta fase teve como objetivo o treino de pe-
          peciais. Foi ainda dada atenção particular a componentes espe-  rícias básicas e a integração dos navios em força, assegurando
          cíficas do treino de mar, como a marinharia, as operações de re-  a necessária interoperabilidade entre as unidades participantes
          abastecimento no mar e a exercícios na área da batalha interna.   para a fase posterior de treino no mar. Para tal, tiveram lugar



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