Page 11 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 514


















          reuniões setoriais, com vista ao esclarecimento de certos concei-
          tos e harmonização de procedimentos padrão. Igualmente com
          este foco, foi decidido treinar em simulador alguns dos exercícios
          planeados, utilizando as capacidades do simulador de navegação
          do CITAN. Aqui, foi dada especial preponderância à simulação de
          manobras em companhia, às evoluções táticas, a aproximações
          para reabastecimento e para reboque. Esta fase serviu também
          para  explorar  sistemas  e  procedimentos  necessários  para  um
          adequado fluxo de informação de forma a garantir o conheci-
          mento situacional marítimo, na área de operações, e o exercício
          de um C2 eficaz. Foram ainda realizados treinos específicos de
          abordagem e de defesa de unidades atracadas contra ataques
          por mergulhadores. Esta fase revelou-se de extrema importância
          na consolidação de procedimentos, na integração das unidades
          da FNP, no ajustar do planeamento seriado e, consequentemen-
          te, nos resultados positivos alcançados na fase seguinte.
           Na fase de mar, a segunda fase, o exercício baseou-se num pro-
          grama de seriado intenso e exigente, elaborado de uma forma
          gradual e progressiva, com vista ao treino de perícias e compe-                                        Foto 1TEN Dias Pinheiro
          tências de navios em força. Foram para isso criados panoramas
          táticos que, embora fictícios, procuraram replicar situações reais
          de combate, para treino das técnicas, táticas e procedimentos
          das diferentes componentes clássicas da guerra aérea, de super-  forças opositoras, como em apoio à Força e às operações por ela
          fície e submarina. Foi ainda dado especial enfoque à vertente de   desenvolvidas. Este tipo de atuação foi bastante benéfico para
          interdição marítima, com a projeção do pelotão de abordagem   a esquadra, permitindo, por um lado, testar, executar e validar
          e  respetivas  vistorias  aos  navios  suspeitos,  tendo  em  conta  a   métodos diferentes e complementares na manutenção de áreas
          prossecução e manutenção de uma zona de exclusão marítima.   de exclusão, e por outro, exercitar as guarnições na luta antis-
          No que diz respeito às operações submarinas, é de notar que o   submarina contra esta ameaça. A partir deste meio, também se
          Arpão atuou para efeitos de treino tanto como integrante das   procedeu ao treino de projeção e posterior retração de forças






















                                                                                                                 Foto 1SAR E Paulo Santos









                                                                                                   JANEIRO 2017  11
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