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REVISTA DA ARMADA | 516


                                                                Uma vez mais, e face à tipologia dos trabalhos a realizar, a equi-
                                                              pa multidisciplinar da segunda fase de reedificação integrou nova-
                                                              mente militares, militarizados e civis da DF (onze), militarizados da
                                                              CPF (seis), um militar do Centro de Medicina Naval e Agentes da
                                                              PM (dois). O desembarque na ilha dos vinte elementos da equipa
                                                              da missão, juntamente com as primeiras sete toneladas de mate-
                                                              rial e as equipas de rendição da PM e dos Vigilantes da Natureza,
                                                              ocorreu em 21 de outubro (AM). O NRP Cuanza, atribuído à Zona
                                                              Marítima da Madeira, foi a unidade naval que assegurou esta ope-
                                                              ração. Em termos de alojamento na ilha, e por motivos de segu-
                                                              rança e de conforto face à época do ano, a equipa repartiu-se por
                                                              três locais distintos – casa do Dr. Frank Zino, gentilmente cedida
                                             Desembarque de material
                                                              para esta missão, casa dos Vigilantes da Natureza e três tendas de
                                                              campismo. A enfermaria foi instalada num dos compartimentos da
                                                              casa do Dr. Frank Zino. As refeições continuaram a ser confeciona-
                                                              das na cozinha da casa dos Vigilantes da Natureza.
                                                                Esta segunda fase de edificação teve uma forte componente de
                                                              trabalhos na vertente da alvenaria, facto que se refletiu de forma
                                                              inequívoca no volume e tonelagem global de material desembar-
                                                              cado na ilha – cento e catorze toneladas. Noventa toneladas foram
                                                              desembarcadas de bordo do NRP D. Carlos I através de dois botes
                                                              pneumáticos do Comando do Corpo de Fuzileiros e dos dois botes
                                                              atribuídos à missão, ao longo de cinco intensos dias, no período que
                                                              decorreu de 31 de outubro a 4 de novembro. As restantes vinte e
                                                              quatro toneladas foram desembarcadas de bordo do NRP Cuanza,
                                                              no decurso das suas seis deslocações de apoio logístico à missão.
           Barracuda no hangar
                                                                A 13 de dezembro, pelas 13h05, registou-se a chegada à ilha Sel-
           Transporte de baterias pelo EH-101                 vagem Grande, proveniente do Funchal, da Barracuda que, ainda
                                                              durante essa tarde, operada pela equipa de agentes da PM que se
                                                              encontrava de serviço no Posto de Comando Local da Polícia Ma-
                                                              rítima do Funchal nas ilhas Selvagens, efetuou uma patrulha à ilha
                                                              Selvagem Pequena, tendo intercetado uma embarcação de nacio-
                                                              nalidade espanhola que exercia atividade de pesca no interior da
                                                              área da Reserva Natural da ilha. No dia seguinte, face às previsões
                                                              de acentuado agravamento do estado do mar, a Barracuda foi re-
                                                              colhida e parqueada no – novíssimo – hangar de abrigo edificado
           Transporte de material para Pico da Atalaia        na ilha Selvagem Grande.
                                                                A dedicação, esforço e elevado espírito de camaradagem e parti-
                                                              lha que se fez sentir desde a primeira hora entre todos os elemen-
                                                              tos que integraram as duas equipas de missão e o sempre pronto
                                                              e robusto auxílio proporcionado pela Direção-geral da Autoridade
                                                              Marítima, Comando da Zona Marítima da Madeira, Capitania do
                                                              Porto do Funchal, guarnições dos NRP Andrómeda, NRP Cacine,
                                                              NRP Cuanza e NRP D. Carlos I, bem como pelas diversas equipas
                                                              da PM e dos Vigilantes da Natureza do ICNF presentes na ilha Sel-
                                                              vagem Grande, foram fatores determinantes para a concretização
                                                              dos objetivos previamente definidos. Um agradecimento especial
                                                              pela prestimosa ajuda prestada pelo Engenheiro Construtor Naval
           Estabilização da estrutura do farol                Manuel José da Silva Gomes Lima e pelo Engenheiro Civil Amílcar
                                                              Magalhães de Lima Gonçalves, da Direção Regional do Equipamen-
                                                              to Social e Conservação, na conceção técnica e subsequente mate-
                                                              rialização do projeto.

                                                                                                      Pereira Cavaco
                                                                                                       CFR EN-MEC
                                                                                                SUBDIRETOR DE FARÓIS


                                                                Notas
                                                               1   A semirrígida vai permanecer na ilha a fim de permitir a patrulha marítima e o
                                                                exercício de polícia em todo o espaço marítimo envolvente às ilhas Selvagens.




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