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REVISTA DA ARMADA | 527
NOTÍCIAS
NOVO EDIFÍCIO DA ESQUADRILHA DE NAVIOS DE SUPERFÍCIE
No dia 10 de janeiro decorreu na Base Naval de Lisboa a cerimó-
nia de inauguração do novo ediİ cio da Esquadrilha de Navios de
Superİ cie (ENSUP), presidida pelo Comandante Naval, VALM Gou-
veia e Melo. EsƟ veram presentes várias enƟ dades, entre as quais o
anterior Diretor de Infraestruturas e atual Diretor de Navios, CALM
Ramos Borges, o atual Diretor de Infraestruturas, Comodoro Lopes
Moreira, o Superintendente das Tecnologias de Informação, Como-
doro Manuel Domingues, o Diretor de Tecnologias de Informação e
Comunicações, CMG Moita Rodrigues, e os comandantes das unida-
des navais na dependência da ENSUP.
A construção do referido ediİ cio, consƟ tuído por três pisos, com
uma área coberta de 281 m , ocorreu no início dos anos 50, tendo
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sido cedido por auto de entrega e cessão datado de 12 de novembro
de 1955, da então Direção-Geral da Fazenda Nacional do Ministério discurso, no qual agradeceu a todas as unidades que aƟ vamente
das Obras Públicas para o Ministério da Marinha, dando vida à Dire- colaboraram na edifi cação do presente projeto, e fez uma curta des-
ção dos Serviços do Material de Guerra e Tiro Naval. Na mesma data crição cronológica da existência do ediİ cio, desde a sua origem até
foi também celebrada a entrega e cessão dos Armazéns e Ofi cinas à atualidade. Referiu, ainda, que o facto dos dois departamentos da
dos Serviços de Material de Guerra, um ediİ cio térreo com uma área ENSUP, do Material e do Pessoal e Organização, passarem a parƟ lhar
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coberta de 3500 m , que atualmente representa o hangar a oeste do o mesmo espaço İ sico, irá indubitavelmente incrementar a quali-
anterior ediİ cio. dade da coordenação interna, traduzindo-se num melhor apoio às
Ao longo dos anos, o ediİ cio conƟ nuou a albergar diversas direções unidades navais atribuídas, tal como permiƟ rá um mais célere pro-
responsáveis pelo armamento naval, das quais a Direção do Serviço cesso de tomada de decisão.
de Armas Navais até 1976 e o Serviço de Munições e Armamento Por- Seguidamente, o VALM Gouveia e Melo focalizou o seu discurso
táƟ l até 1994, ano em que o ediİ cio passou a ser a sede do Serviço de na elevada importância que tem a manutenção do 2º escalão, como
Armas Navais (SAN), na dependência da Direção de Navios. No fi nal garante da execução efi caz e efi ciente das missões.
dos anos 90, inicia-se o processo de transferência do SAN das instala- Após o descerramento da placa de inauguração foi servido um
ções do referido ediİ cio para o Depósito de Munições NATO de Lisboa Porto de Honra e foi realizada uma visita guiada às novas insta-
(sito no Marco do Grilo), concluído em dezembro de 2000. lações.
Em 2004, o ediİ cio é transferido da Direção de Navios para a Supe-
rintendência dos Serviços do Material, tendo sido recuperado em
2017 para alojar os 115 militares e civis da ENSUP que, desde 2016 , Nota
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garantem o aprontamento e a sustentação logísƟ ca dos atuais 34 1 Cfr. Despacho do Almirante CEMA, nº 46/16, de 10 de maio, foi em 2016 criada
navios de superİ cie, incluindo o nível de manutenção do 2º escalão. na dependência do 2º Comandante Naval a Esquadrilha de Navios de Superİ cie
Antes do descerramento da placa de inauguração do ediİ cio, o (ENSUP), em consequência da fusão das anteriores Esquadrilhas de Navios Patru-
lhas (ENP) e de Escoltas Oceânicos (EEO).
Comandante da ENSUP, CMG Diogo Arroteia, proferiu um breve
INTERCÂMBIO DE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
O Centro de InvesƟ gação Naval (CINAV) contou com a visita do pro-
fessor universitário Doutor Ernesto Madariaga Dominguez, da Uni-
versidade de Cantábria, de 2 de outubro a 1 de dezembro de 2017.
Este intercâmbio com a Marinha através do CINAV, foi o primeiro
do género e visa a troca de conhecimento e contactos com outras
universidades, que em muito enriquece o nosso trabalho, sempre
focado nas áreas de interesse da Marinha.
O Doutor Ernesto Madariaga Dominguez, além de professor e
invesƟ gador na Universidade de Cantábria, é um Ofi cial Reservista
com parte muita aƟ va nos diversos Fóruns nacionais e internacio-
nais sobre segurança no mar (vertentes Safety e Security), combate
à poluição e acompanhamento militar de navios mercantes (Naval
Co-operaƟ on and Guidance for Shipping – NCAGS).
Durante a sua estadia, o Doutor Madariaga parƟ cipou em todas as
cerimónias e eventos da Escola Naval (demonstrações de projetos do O empenhamento, entusiasmo e dedicação do Doutor Madariaga,
CINAV, abertura solene do ano leƟ vo, etc.) realizando dois embar- manifestados pela sua proaƟ vidade, foram determinantes para o
ques com os cadetes a bordo do NRP Zarco e do NRP Polar. sucesso desta visita. Foi também fundamental a abertura da Mari-
A visita foi considerada pelo CINAV um enorme sucesso e uma nha e das diversas unidades, que se disponibilizaram a cooperar, sem
excelente oportunidade para trabalhar em conjunto com o Doutor hesitar, em todas as solicitações.
Madariaga e divulgar o trabalho do CINAV na comunidade cienơ fi ca. Colaboração do CINAV
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