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REVISTA DA ARMADA | 528
• Reforçar a credibilidade da Marinha e da Autoridade MaríƟ ma junto
das enƟ dades nacionais e internacionais.
Tendo presentes estas linhas de orientação, pretendo manter e dar
conƟ nuidade aos objeƟ vos estratégicos defi nidos nas DireƟ vas de Pla-
neamento antes referidas. Nessa óƟ ca, permitam-me que me dete-
nha um pouco nos objeƟ vos estratégicos da Marinha (a organização
mãe, que sustenta, com recursos humanos e materiais, a Autoridade
MaríƟ ma), aproveitando este iniciar de um novo ciclo para idenƟ fi car
algumas prioridades e desafi os.
Assim, na perspeƟ va genéƟ ca, preservaremos três ObjeƟ vos Estraté-
gicos, orientados, respeƟ vamente, para os recursos humanos, mate-
riais e fi nanceiros.
O primeiro consiste em melhorar a capacidade de recrutamento e
de retenção de recursos humanos, desenvolvendo metodologias de
comunicação que respondam aos interesses e aos padrões de vida da
juventude, de forma a potenciar o recrutamento de jovens talentosos,
em quanƟ dade e com as qualidades adequadas para uma carreira na
Marinha e na Autoridade MaríƟ ma. Com este propósito, quero lem-
brar que está em curso um programa, liderado pelo Estado-Maior da
Armada e envolvendo os setores da Marinha, que implementou linhas
de ação concretas, que já surƟ ram efeitos no recrutamento em 2017,
em que o preenchimento das vagas disponibilizadas aumentou de 45
para 97%. Não obstante, pretendo prosseguir os esforços para melho-
rar o recrutamento com o objeƟ vo de aproximar os efeƟ vos existentes
dos efeƟ vos máximos autorizados.
Por outro lado, no domínio da retenção, há que promover modelos
de liderança aos vários níveis, de topo e intermédios, que permitam
criar ambientes de trabalho esƟ mulantes, valorizando as pessoas,
envolvendo-as nos processos e moƟ vando-as para os resultados, de
modo a que possam concreƟ zar um projeto de vida numa carreira
de sucesso. Pretendo, também, dar uma atenção especial ao ensino
e à instrução, promovendo o reconhecimento externo da formação
de excelência ministrada na Marinha. Ainda no âmbito das medidas
potenciadoras da retenção, considero essencial encontrar soluções
estruturais, ao nível dos quadros e dos mapas de pessoal, capazes de
saƟ sfazer as necessidades da Marinha e da Autoridade MaríƟ ma, de
forma a proporcionar previsibilidade à vida das pessoas e coerência
ao fl uxo de carreiras, assim como criar condições que, na medida do
possível, permitam arƟ cular a aƟ vidade profi ssional e a vida familiar.
O segundo objeƟ vo, na área dos recursos materiais, consiste em
potenciar a edifi cação e a sustentação da componente naval do Sis-
tema de Forças, para colocar no disposiƟ vo os meios necessários
para o cumprimento da missão da Marinha e da Autoridade MaríƟ -
ma. Neste âmbito, a prioridade máxima consiste em dar conƟ nuida-
de ao programa de construção dos seis navios de patrulha oceânica
em falta no sistema de forças, tendo em consideração a necessida-
de urgente de subsƟ tuir as corvetas que estão a aƟ ngir os 50 anos
de serviço. Trata-se de um programa que reputo de fundamental e
que consƟ tui uma excelente oportunidade para o tecido empresa-
rial português, potenciando o desenvolvimento tecnológico, a cria-
ção de emprego especializado e a internacionalização da indústria
nacional, em especial no setor da construção naval. Ainda no quadro
da capacidade de “Patrulha e Fiscalização”, considero prioritária a
conclusão do programa de reaƟ vação dos cinco navios de patrulha
costeira da classe Tejo.
Neste âmbito da renovação da esquadra, considero, também, pre-
mente prosseguir o processo de subsƟ tuição do reabastecedor de
esquadra, cujos requisitos operacionais já foram defi nidos, sob pena
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