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REVISTA DA ARMADA | 528
Fotos 1SAR ETC Silva Parracho
mento e a compreensão dos assuntos do mar. Nesta linha, pretendo absolutamente críƟ co para um ambiente de colaboração e de coope-
apoiar ao máximo o projeto de mapeamento do Mar Português, refor- ração que importa desenvolver ao nível da segurança maríƟ ma.
çando os empenhamentos dos navios hidro-oceanográfi cos da Mari- Reconheço que a missão desta viagem que agora se inicia é comple-
nha nas águas dos arquipélagos dos Açores e da Madeira. xa, vasta e diversifi cada, exigindo de todos nós uma aƟ tude fl exível
Além disso, este objeƟ vo estratégico visa, ainda, potenciar as e aberta à mudança, aliada a um verdadeiro espírito de cooperação
extraordinárias capacidades da Academia de Marinha e dos órgãos com o Estado-Maior-General das Forças Armadas e os outros Ramos,
da Comissão Cultural de Marinha, para a divulgação da cultural marí- com os serviços do Ministério da Defesa Nacional e com os demais
Ɵ ma, contribuindo, dessa forma, para preservar a idenƟ dade e os inte- departamentos do Estado com competências no âmbito da seguran-
resses iminentemente maríƟ mos dos portugueses. ça, da proteção civil e dos assuntos do mar. Acredito, genuinamente,
nas virtudes do trabalho cooperaƟ vo e do diálogo interdepartamental
Senhores Almirantes, comandantes, diretores e chefes das unida- e vou esƟ mular ao máximo a cooperação insƟ tucional, de forma a res-
des, estabelecimentos e órgãos da Marinha e da Autoridade MaríƟ - ponder de forma arƟ culada aos desafi os transversais que se colocam
ma Nacional. ao nosso País.
Estes são os principais objeƟ vos para a Marinha, os quais traduzem Senhores Almirantes, comandantes, diretores e chefes, militares,
a conƟ nuidade que pretendo imprimir na estratégia insƟ tucional. Essa militarizados e civis da Marinha e da Autoridade MaríƟ ma Nacional
linha de conƟ nuidade vai também mar-
car o meu mandato como Autoridade Sabemos por experiência própria que
MaríƟ ma Nacional, para o qual gosta- …continuar a afi rmar a Marinha e a Autori- a chegada em segurança e em tempo
ria de destacar os objeƟ vos estratégi- dade Marítima como instituições de referên- oportuno ao porto de desƟ no requer um
cos que considero prioritários para con- cia onde as pessoas sintam plena realização planeamento cuidado, com margem de
Ɵ nuar a afi rmar a Autoridade MaríƟ ma pessoal no cumprimento da nobre missão fl exibilidade sufi ciente para acomodar
como esteio fundamental do exercício de servir Portugal e os portugueses! alterações no rumo ditadas pelas cir-
da autoridade do Estado no mar, capaz cunstâncias. Vivemos um tempo carac-
de conƟ nuar a prestar serviços relevan- terizado por elevado nível de incerteza e
tes às comunidades ribeirinhas, num relacionamento de proximidade, por escassez de recursos para fazer face a uma missão exigente e que
respeito e confi ança mútua. não aceita o improviso.
Assim, na vertente genéƟ ca, é essencial que se possam disponibilizar Temos consciência de que alguns momentos exigirão que se faça
e afetar à Autoridade MaríƟ ma recursos humanos de qualidade, que navegação à vista e em águas muito restritas, mas é nosso dever
se promova uma permanente renovação dos meios e que se dê a devi- olhar, com sabedoria e com confi ança, para além do horizonte para
da atenção às infraestruturas, sejam elas de natureza social ou voca- antecipar soluções que acautelem o futuro e evitem surpresas estra-
cionadas para o apoio às operações, pois a habitabilidade, o lazer e as tégicas que coloquem difi culdades ao cumprimento da nossa missão.
boas condições de trabalho são aspetos essenciais para a moƟ vação Quero, nesta oportunidade, enviar uma palavra de apreço e de esơ -
das pessoas e para os bons resultados operacionais. Importa, ainda, mulo àqueles que, no mar e noutros teatros de operações, cumprem a
prosseguir os trabalhos desƟ nados a propor o aumento progressivo missão da Marinha e da Autoridade MaríƟ ma e àqueles que, lá longe,
dos efeƟ vos da Polícia MaríƟ ma, cujo âmbito de atuação revela uma afastados dos seus, se encontram envolvidos em programas de coope-
tendência crescente. ração com as marinhas de países amigos de língua ofi cial portuguesa.
Numa óƟ ca estrutural, prosseguiremos o processo de robustecimen- O vosso Comandante terá sempre como prioridade proporcionar-
to insƟ tucional, clarifi cando, em diplomas próprios, o papel, compe- -vos as condições necessárias para que as missões sejam realizadas
tências, organização e relações funcionais dos órgãos e serviços que em segurança e com sucesso!
integram a Autoridade MaríƟ ma. Neste âmbito, merece parƟ cular Termino com um senƟ mento de confi ança e reafi rmando o compro-
atenção a revisão do Estatuto do Pessoal da Polícia MaríƟ ma, ajus- misso de procurar contribuir para encontrar respostas integradas que
tando-o às realidades materiais, organizacionais e operacionais desta permitam oƟ mizar a gestão dos recursos disponíveis, melhorar estru-
força policial. turas e processos, e conƟ nuar a merecer a credibilidade que os que
Por fi m, numa perspeƟ va operacional, conƟ nuarei a pugnar por nos antecederam ajudaram a construir e a consolidar, e desta forma
cada vez melhores resultados, aprofundando, onde possível e adequa- podermos conƟ nuar a afi rmar a Marinha e a Autoridade MaríƟ ma
do, o relacionamento insƟ tucional com outros ministérios e com par- como insƟ tuições de referência onde as pessoas sintam plena realiza-
ceiros e contrapartes internacionais. Tal permiƟ rá criar as condições ção pessoal no cumprimento da nobre missão de servir Portugal e os
de trabalho e de confi ança para explorar experiências e competências portugueses!
próprias, numa óƟ ca de complementaridade entre agências, aspeto
ABRIL 2018 9