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SUMÁRIO despedir mas apenas algumas entidades Bibliografia:
lião. Estavam concluídas as operações
militares no Sul de Angola e começava a oficiais e, os mais desejados, os seus fami- Biblioteca Central de Marinha – Arquivo Histórico
retirada das forças portuguesas expedicio- liares. de Marinha, Documentação e Livros de Ordens do
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DOS FUZILEIROS 04
OS VALORES E MÉRITOS
700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento
nárias àquele território. Na Ordem do Dia Nº. 207, de 23 de Outu- Batalhão de Marinha Expedicionário ao Sul de An-
gola, cxs. 4605, 4608, 4611 e 4614.
No final das operações, restavam ao bro de 1915 era dissolvido o Batalhão de Eça, Pereira de, Campanha do Sul de Angola 1914-
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NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa
Batalhão 12 oficiais e 267 sargentos e pra- Marinha Expedicionário ao Sul de Angola, 1915, Lisboa, Tipografia Lusitânia, 1922.
ças, sensivelmente metade do efetivo que sendo louvados os “comandantes, oficiais, Gonçalves, Júlio, Sul d’Angola e o quadrado da
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Mongua na epopeia Nacional d’África, Lisboa, J.
Lusitano 17
havia partido de Lisboa. Dirigiram-se para praças do estado-menor e praças de mari- Rodrigues, 1926.
o Lubango, donde partiram para Moçâme- nhagem, pelos valiosos serviços presta- Inso, Jaime Correia do, A Marinha Portuguesa na
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Cerimónia Militar
des, onde finalmente chegaram no dia 22 dos nas operações no sul de Angola, onde Grande Guerra, Lisboa, Edições Culturais da Ma-
de setembro. demonstraram a maior valentia, coragem rinha, 2006.
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Pinto, Fernando de Oliveira, Batalhão de marinha
Direito do Mar e Direito Marítimo (13)
A chegada a Lisboa deu-se no dia 15 de e disciplina, mantendo assim pelo seu expedicionário a Angola : ano de 1914-1915, Lis-
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outubro de 1915. O Batalhão de Mari- acendrado patriotismo o valor, as glorio- boa, J. F. Pinheiro, 1918.
Academia de Marinha
nha desembarcou no cais do Arsenal da sas tradições da Marinha de Guerra, cujo Soares, António Maria de Freitas, As operações
militares no sul de Angola em 1914-1915, Lisboa,
Marinha, no mesmo local onde, cerca de prestígio e renome realçaram.” Agência Geral das Colónias, 1937.
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Notícias
um ano antes, havia embarcado para tão Telo, António José, História da Marinha Portugue-
distante quanto exigente missão. A espe- Gonçalves Neves sa. Homens, Doutrinas e Organizações 1824-1974,
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Lisboa, Academia de Marinha, 1999.
Novas Histórias da Botica (66)
rá-lo já não estava a multidão que se fora 1TEN ST-EHIS 11 BALANÇO DAS
ATIVIDADES 2017 – MARINHA
29 Estórias (37)
UMA ESQUADRA ESPANHOLA NO TEJO
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Vigia da História (97)
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Desporto
(MAIO 1915)
32 Saúde para Todos (51)
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Antes do início da Grande Guerra, Alemanha poderia vir a favorecer os inte- nal A Capital de 21 maio. A situação levou
Quarto de Folga
quando da visita de Afonso XIII à Grã- resses nacionais. Reforçava a desconfiança os governos de Espanha, França e Ingla-
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-Bretanha em 1913, Espanha demons- a existência no Ministério da Guerra espa- terra a enviarem navios de guerra para o
Notícias Pessoais / Convívios
trou interesse em intervir em Portugal, nhol, figuras como o General Echagüa, que Tejo, com o objetivo de defender, ou eva-
CC
situação que a Grã-Bretanha não descar- não só estavam convictos da vitória alemã, cuar, os seus nacionais se necessário.
Símbolos Heráldicos
ATIVIDADES 2017 – AMN 20
tou de imediato. Se bem que as relações mas também pensavam que se a Entente Espanha enviou uma esquadra de quatro
BALANÇO DAS
entre Portugal e Espanha tinham sido sofresse uma pesada derrota Espanha navios, o couraçado España, o cruzador
amistosas durante a Monarquia, com tro- poderia, sobre um qualquer pretexto, vir a Rio de la Plata e os torpedeiros N.3 e N.5,
cas de visitas reais de Afonso XIII a Portu- anexar Portugal, ou pelo menos fomentar que chegaram a 18 de maio. No entanto, o
gal em 1903 e 1909, em retribuição das uma contra-revolução. torpedeiro N.5 chegou mais tarde às águas
visitas de D. Carlos em 1902 e 1906, após Um momento crítico para a soberania nacionais, porque se reteve em Huelva
a implantação da República a 5 de outu- nacional ter-se-á dado a 14 de maio de para abastecimento antes de seguir em
bro de 1910, estas deterioraram-se. 1915, quando o Partido Democrático de direção a Lisboa, de acordo com o Jornal
Sob um espectro de desconfiança não Afonso Costa liderou uma revolta que ABC, de 19 de maio de 1915.
só pelo conhecimento que existia da von- derrubou o Governo de Pimenta de Cas- A projeção internacional da situação,
tade de Espanha anexar Portugal, ou de tro de forma violenta, causando cerca de acrescida pela fragilidade das relações
pelo menos restabelecer a Monarquia, 200 mortos e 1.000 feridos de acordo com diplomáticas luso-espanholas, levaram
face ao apoio que Espanha continuava a o jornal ABC de Espanha, ou cerca de 101 a que em Madrid o Primeiro-Ministro
dar às forças militarizadas monárquicas mortos e 913 feridos de acordo com o jor- Dato tivesse a necessidade de informar
que se encontrava aí refugiadas, sob o
comando de Paiva Couceiro, e a indife-
rença às incursões monárquicas efectua-
das sobre Portugal a partir de Espanha, Capa
em 1911 e 1912 respectivamente. A tudo Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme
da Brigada Real da Marinha.
isto acrescentava as desconfianças que Foto SMOR L Almeida de Carvalho
Afonso Costa tinha sobre as boas relações
que Espanha mantinha com as monar-
Revista da
quias dos Impérios Centrais.
Em janeiro de
ARMADA 1915 existiam rumores
que a Embaixada alemã, em Madrid, tinha
Publicação Oficial da Marinha
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prometido Tânger, Gibraltar e Portugal em Desenho Gráfico E-mail da Revista da Armada
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Nº 525 / Ano XLVII neutralidade de Espanha
durante o conflito, rumores que foram Administração, Redação e Publicidade Paginação eletrónica e produção
Janeiro 2017
CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira
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descartados pelo Governo espanhol, mas Centrais da Marinha – Rua do Arsenal Página Ímpar, Lda.
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sado qualquer prejuízo a Espanha e que a O couraçado España no Tejo, durante a Revolução de Maio (IP nº484, 31/5/1915)
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