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SUMÁRIO uma retaguarda onde pontificava uma Biblografia:
Canto e Castro. Entretanto, fruto de mais
uma revolta, é constituído um batalhão sociedade politicamente dividida, maiori- Inso, Jaime Correia do, A Marinha Portuguesa na
com os marinheiros revoltosos e enviado tariamente analfabeta e carente a vários Grande Guerra, Lisboa, Edições Culturais da Ma-
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DOS FUZILEIROS 04
OS VALORES E MÉRITOS
para Moçambique em março de 1918. níveis (financeiro e económico). A Mari- rinha, 2006; NUNES, António Rafael Pereira, Por-
700 Anos da Marinha – Cerimónia de Encerramento
tugal na Grande Guerra. I A Acção da Marinha,
A Marinha Portuguesa teve, relativa- nha, ainda que improvisando meios e Lisboa, Imprensa Nacional, 1923; TELO, António
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mente, poucas baixas mortais: 117 em tivesse realizado, essencialmente, ações José, História da Marinha Portuguesa. Homens,
NRP Viana do Castelo. Frontex – Missão Lampedusa
terra e 23 no mar. A sua ação e missões de apoio e vigilância, seria, porém, uma Doutrinas e Organizações 1824-1974, Tomo I, Lis-
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foram, contudo, relevantes. Portugal, com das peças-chave da participação portu- boa, Academia de Marinha, 1999.
Lusitano 17
uma população na sua maioria rural, e guesa na Grande Guerra.
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pouco evoluído industrialmente, possuía Carlos Valentim
Cerimónia Militar
CTEN
22 Direito do Mar e Direito Marítimo (13)
O BATALHÃO DE MARINHA
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Academia de Marinha
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EXPEDICIONÁRIO AO SUL DE ANGOLA
Notícias
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BALANÇO DAS
Novas Histórias da Botica (66)
(1914-1915) 11 ATIVIDADES 2017 – MARINHA
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Estórias (37)
30 Vigia da História (97)
O INÍCIO DA GRANDE GUERRA o Coronel Massano de Amorim lidera o
E A DEFESA DOS TERRITÓRIOS corpo expedicionário a Moçambique,
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Desporto
PORTUGUESES EM ÁFRICA cabendo ao Tenente-coronel Alves Roça-
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das o comando da expedição militar ao
Saúde para Todos (51)
As últimas décadas do século XIX foram Sul de Angola. Estava em causa a defesa
marcadas pela “corrida a África” por parte dos territórios e da soberania portuguesa
33 principais potências europeias. As
das Quarto de Folga em África.
expedições científicas ao interior do ser-
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Notícias Pessoais / Convívios
tão africano rapidamente deram lugar à A CONSTITUIÇÃO DO BATALHÃO
CC
reivindicação e disputa pela posse de vas- DE MARINHA E A PARTIDA PARA
Símbolos Heráldicos
tos territórios africanos. Com a eclosão da O SUL DE ANGOLA
BALANÇO DAS
Grande Guerra, as pressões sobre os ter- ATIVIDADES 2017 – AMN 20
ritórios portugueses naquele continente Em outubro de 1914, a Marinha é solici-
aumentam e Portugal decide reforçar a tada pelo Ministério das Colónias a cons-
sua presença militar em África. Teatro de Operações no Sul de Angola tituir um Batalhão Expedicionário, na tra-
O primeiro confronto direto entre por- dição que vinha dos finais do século XIX
tugueses e alemães dá-se no norte de nha Eduardo Costa foi morto durante o em participar nas campanhas de pacifica-
Moçambique, muito antes da declaração ataque, sendo a primeira baixa militar ção nos territórios africanos. Pelo Decreto
formal de guerra que só viria a ter lugar portuguesa durante o período da Grande n.º 991 de 29 de outubro de 1914 é for-
em março de 1916. Em 24 de agosto de Guerra. Em Angola, na fronteira sul com a malmente criado o Batalhão de Marinha
1914, cerca de três semanas após o início Damaralândia (território alemão na atual Expedicionário ao Sul de Angola.
da guerra na Europa, o pequeno posto Namíbia), cresciam as tensões fronteiri- O número de voluntários que responde-
português de Maziúa, na fronteira norte, ças, com frequentes provocações e desa- ram ao convite para integrar o Batalhão
foi atacado e destruído na madrugada fios à soberania portuguesa. de Marinha foi bastante superior às vagas
daquele dia por forças alemãs. O chefe A 10 e 11 de setembro de 1914 partem disponíveis, pelo que foi necessário proce-
do posto, o Sargento Enfermeiro de Mari- duas expedições militares para África: der-se a uma difícil seleção. Concluídos os
preparativos para a partida para Angola,
os possíveis em tão pouco tempo, no dia
Capa
5 de novembro o Batalhão de Marinha for-
Pelotão de Fuzileiros desfilando com o uniforme
da Brigada Real da Marinha.
mou pela primeira vez no Quartel de Mari-
nheiros, em Alcântara. Composto por 18
Foto SMOR L Almeida de Carvalho
Foto Museu de Marinha / Arquivo Histórico de Imagens Publicação Oficial da Marinha Diretor Desenho Gráfico serviço de saúde e serviço de quartéis,
oficiais, 32 sargentos e 509 praças, estava
organizado em três companhias a dois
Revista da
ARMADA
pelotões, duas secções de metralhadoras,
sendo comandado pelo Capitão-tenente
E-mail da Revista da Armada
ASS TEC DES Aida Cristina M.P. Faria Alberto Coriolano da Costa, veterano de
Periodicidade mensal
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Nº 525 / Ano XLVII
Administração, Redação e Publicidade campanhas em África e antigo Governador
Chefe de Redação
Janeiro 2017
CMG Joaquim Manuel de S. Vaz Ferreira
Paginação eletrónica e produção
Revista da Armada – Edifício das Instalações
de Moçâmedes, profundo conhecedor da
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Redatora
região em que iriam operar.
1149-001 Lisboa – Portugal
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Nesse mesmo dia
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Desembarque do Batalhão Expedicionário de Marinha
Secretário de Redação
Depósito Legal nº 55737/92
1914, o Batalhão de Marinha Expedi-
em Moçâmedes, em 30 de novembro de 1914.
SMOR L Mário Jorge Almeida de Carvalho
Tiragem média mensal: 4000 exemplares
ISSN 0870-9343
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JANEIRO 2018
NOVEMBRO 2018 19