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REVISTA DA ARMADA | 539
          ENTREGAS DE COMANDO/TOMADAS DE POSSE

          DIRETOR DE NAVIOS


           Em cerimónia presidida pelo VCEMA,                                    manutenção que afeta já, de forma muito
          VALM Novo Palma, tomou posse a 31 de                                   aguda, muitos dos navios.
          janeiro o novo Diretor de Navios (DiN),                                 Na sua alocução, o VALM SM começou
          CALM EMT Jorge Pires, em substituição                                  por destacar a ação elogiosa do DiN ces­
          do CALM EMQ Ramos Borges. Marcaram                                     sante, a exemplo do que foi a sua carreira.
          presença o VALM Coelho Cândido, Super­                                 Ao novo DiN, salientou o enorme desafio
          intendente  do  Material  (SM),  diversos                              que  terá  pela  frente,  nomeadamente  o
          oficiais  generais,  antigos  Diretores  de                            rigoroso planeamento, controlo e priori­
          Navios, representantes de várias empre­                                zação do emprego dos escassos recursos
          sas com quem a Direção de Navios (DN)                                  humanos,  materiais  e  financeiros  dispo­
          se relaciona e toda a guarnição.                                       níveis, balizado pelos valores e pela visão
           Uma vez empossado, o novo DiN usou                                    elencados na Diretiva Setorial do Material,
          da palavra realçando que “(…) a DN estará                              e ainda a execução dos projetos estrutu­
          sempre (…) empenhada em (…) agir em estreita cooperação com   rantes para a Marinha do futuro, constantes da Lei de Programação
          os clientes da componente operacional, com os parceiros do setor   Militar. Destacou ainda a importância do cumprimento dos ciclos de
          do material e em sintonia com o Comando da Marinha”. Destacou   manutenção dos submarinos, da conclusão da modernização das
          igualmente ser de primordial importância inverter a tendência de   fragatas, do NRP Sagres e do NTM Creoula, da remotorização dos
          desinvestimento na manutenção da Esquadra e reduzir o défice de   Helicópteros e da colaboração com a Arsenal do Alfeite, SA.

            O CALM Fernando Jorge Pires nasceu em Rio Frio, ingressou na Marinha em 1981 e é   as equipas de ligação ao Flag Officer Sea Training no Reino Unido e a equipa de Treino e
           licenciado em Ciências Militares Navais, Curso de Marinha, tendo­se especializado em Eletro­  Avaliação da Flotilha entre 1994 e 1999. Entre 2002 e 2009 esteve na EN, onde foi profes­
           tecnia. Obteve posteriormente os graus de Electrical Engineer e de Master of Science in Elec-  sor, Coordenador de Departamento e Chefe do Gabinete de Estudos. Entre 2009 e 2013
           trical Engineering que lhe permitiram ingressar na classe de Engenheiro de Material Naval.  foi Diretor do Centro de Dados da Defesa no MDN e, entre 2014 e 2016, prestou serviço
            Ao longo da sua carreira no mar foi oficial Imediato em navios patrulha e Chefe do   na IGM. Entre 2016 e 2019 exerceu funções como Diretor de Comunicações e Sistemas
           Serviço de Navegação e do Departamento de Armas e Eletrónica do NRP Hermenegildo   de Informação do EMGFA e liderou a respetiva componente relativa ao ciberespaço. Foi
           Capelo. A partir de 1993 desempenhou funções no Gabinete de Estudos da Direção­Geral   professor convidado do Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação da Uni­
           de Material Naval, na DN aquando do seu arranque em 1994, no CITAN e na DITIC; integrou   versidade Nova de Lisboa.



          NRP ALMIRANTE GAGO COUTINHO


           Realizou­se  no  dia  17  de  janeiro  a  cerimónia  a  entrega  de
          comando do NRP  Almirante  Gago  Coutinho, presidida pelo
          Comandante do Corpo de Fuzileiros, COM Nobre de Sousa, em
          representação do Almirante Comandante Naval. A cerimónia con­
          tou com a presença de várias entidades, destacando­se a presença
          de representantes da Estrutura de Missão para a Extensão da Pla­
          taforma Continental, Almirantes Diretor de Navios e Diretor­geral
          do Instituto Hidrográfico, Comandantes, diretores e chefes.
           No seu discurso, o CFR Delgado Vicente, Comandante cessante,
          salientou o elevado empenhamento e diversidade de missões do
          navio nos últimos dois anos, apontou as características que fazem
          do Gago Coutinho um navio único em Portugal e, por último, fez
          um ponto de situação sumário do estado da plataforma.
           O CFR Calisto de Almeida aludiu ao relevante papel que o Gago   por parte do anterior Comandante na sua ação de comando. Subli­
          Coutinho  desempenha  no  atual  desígnio  nacional  de  conheci­  nhou ainda que o Comando de um Navio é “(…) o mais nobre cargo
          mento do Mar.                                       a que um oficial da Armada pode ambicionar (…)” destacando a
           Por fim, tomou a palavra o COM Nobre de Sousa, que começou   responsabilidade como adjetivo que melhor o define. A cerimónia
          por evidenciar o desempenho comprometido, emotivo e intenso   terminou com um almoço a bordo.

            O CFR Francisco Calisto de Almeida nasceu em Oliveira de Azeméis, entrou para a EN em   especializado em Oceanografia, após concluir os Master of Science in Physical Oceano­
           1991 e foi promovido a GMAR em 1996.               graphy, na Naval Postgraduate School.
            Esteve embarcado nos navios patrulha Mandovi e Zambeze entre 1996 e 1999, e foi   Serviu na Divisão de Oceanografia do IH como adjunto do Chefe de Divisão, tendo tam­
           Comandante da lancha de fiscalização Açor.         bém nesse período concluído o Curso de Promoção a Oficial Superior. Para além da área
            Foi Chefe da Célula de Acompanhamento para a criação da Componente Naval da Repú­  administrativa, esteve ligado à deteção remota e previsão operacional. Lecionou ainda
           blica Democrática de Timor Leste, em Díli. Foi Chefe do Serviço do Pessoal e Treino e Ava­  diversas cadeiras na Escola de Hidrografia e Oceanografia.
           liação na Esquadrilha de Navios Patrulha, sendo também colaborador para a área da fiscali­  Foi responsável pelas áreas de Segurança Social, Saúde, Abonos, Remunerações e For­
           zação das Pescas da então Equipa de Avaliação da Flotilha. Em acumulação foi encarregado   mação no EMA.
           do Comando do agrupamento de Navios Patrulha.        Em fevereiro de 2018, tomou posse como Chefe da Brigada Hidrográfica, cargo que
            Em 2005 concluiu o Curso de Especialização de Oficiais em Hidrografia Categoria A.   ocupou até janeiro de 2019. Neste âmbito foi responsável por 27 missões hidrográficas
           Esteve na Brigada Hidrográfica como Adjunto do Chefe e hidrógrafo responsável por levan­  e acumulou a coordenação no terreno das missões realizadas pela Equipa Hidrográfica de
           tamentos topo­hidrográficos. Entre 2007 e 2009 graduou­se como Engenheiro Hidrógrafo   Intervenção Rápida, tendo realizado 3.



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