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REVISTA DA ARMADA | 552
EXERCÍCIO FLINTLOCK 20
DESTACAMENTO DE ACÇÕES ESPECIAIS
Destacamento de Acções Especiais (DAE)
O parƟ cipou durante o mês de fevereiro (17 a
26) com uma Special OperaƟ ons MariƟ me Task
Unit (SOMTU), no maior exercício de Operações
Especiais do oeste de África – o FLINTLOCK 20.
O FLINTLOCK é um exercício anual, que tem
vindo a realizar-se desde 2005, com o objeƟ vo de desenvolver
e reforçar a cooperação para a resolução de problemas de segu-
rança na região do Sahel, com ênfase no combate ao terrorismo.
O exercício é organizado pelo United States Africa Command
(US AFRICOM) e conduzido pelo Special OperaƟ ons Command
– Africa (SOCAFRICA), envolvendo diversos países parcei-
ros, contando também com várias agências internacionais. O
intuito das referidas parƟ cipações é de promover a interopera-
bilidade no combate ao terrorismo e a parƟ lha de experiências
e conhecimentos, nomeadamente através do treino, adestra-
mento e emprego de Forças de Operações Especiais (Special
OperaƟ ons Forces – SOF).
O FLINTLOCK 20 teve a parƟ cipação de 31 países (15 de
África), com uma estreita cooperação da North AtlanƟ c Treaty
OrganizaƟ on (NATO), tendo a sua fase de execução decorrido
na Mauritânia (African Partner Lead NaƟ on) e no Senegal. O
exercício foi conduzido através de um Comando MulƟ nacional
(Joint MulƟ naƟ onal Headquarters – JMHQ) com quatro Spe-
cial OperaƟ ons Task Group (SOTG) e respeƟ vas Special Opera-
Ɵ ons Task Unit (SOTU).
Portugal fez-se representar por uma SOMTU da Marinha, atra-
vés do DAE, e uma SOTU do Exército, com empenhamento de
efeƟ vos do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE). A
SOMTU do DAE esteve enquadrada no SOTG 32, localizado em
Atar (Mauritânia), onde conjuntamente com outros países par-
ceiros europeus, nomeadamente Espanha, desenvolveu diver-
sas ações de Assistência Militar (AM) à respeƟ va contraparte
africana (Mauritânia e Cabo-Verde). As ações de AM realizadas
pela SOMTU incidiram no Ɵ ro de combate, no TacƟ cal Combat
Casualty Care (TC3), no Counter Improvised Explosive Device (C-IED), A parƟ cipação da SOMTU do DAE foi realçada e destacada pelos
no combate em espaços confi nados e no Technical ExploitaƟ on parceiros africanos, nomeadamente pela facilidade de interação
OperaƟ ons (TEO). A SOMTU também assessorou no processo de e capacidade de gerar conhecimento.
planeamento, preparação e condução de uma operação (simulada)
realizada pelas forças africanas para desfecho do exercício. Colaboração do DAE
JUNHO 2020 11