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REVISTA DA ARMADA | 557
A equipa da missão junto ao Farol da ilha da Selvagem Grande.
PRÉMIO DEFESA NACIONAL E AMBIENTE
DIREÇÃO DE FARÓIS
O Prémio Defesa Nacional e Ambiente, 26ª edição, foi ganho pela Direção de Faróis e teve em consideração as boas práƟ cas ambien-
tais, por forma a contribuir para uma sustentabilidade ambiental e consequentemente uma diminuição da pegada ecológica do
Homem nas Ilhas Selvagens. A cerimónia de entrega do prémio teve lugar na Escola Naval, no passado dia 8 de outubro, e contou com
a presença da Secretária de Estado de Recursos Humanos e AnƟ gos Combatentes, Dra. Catarina Sarmento e Castro, e da Secretária de
Estado do Ambiente, Dra. Inês dos Santos Costa.
OBJETIVO DO PRÉMIO Este contributo materializou-se pela Natura 2000, como Zona Especial de Con-
edifi cação e capacitação da Estrutura da servação, cuja área coincide com a área de
criação do Prémio Defesa Nacional e Autoridade MaríƟ ma Nacional (AMN) nas Reserva Natural, como Zona de Proteção
A Ambiente em 1993, através do des- Ilhas Selvagens, traduzida pela aƟ vação Especial – um total de 124.530 hectares.
pacho conjunto dos Ministros da Defesa e plena operação do Posto MaríƟ mo das A unicidade e o carácter ímpar das Ilhas
Nacional e do Ambiente e Recursos Natu- Ilhas Selvagens (PMIS) e a subsequente Selvagens foi reconhecido em 1992 por
rais, (…) consƟ tui um marco na conscien- aƟ vidade operacional dos seus agentes, Diploma Europeu do Conselho da Europa.
cialização ambiental das Forças Armadas em estreita cooperação com a equipa dos A primeira medida conservacionista
Portuguesas. A atribuição do Prémio, que Vigilantes da Natureza do InsƟ tuto das implementada, em prol da preservação
tem por objeƟ vo incenƟ var as boas práƟ - Florestas e da Conservação da Natureza já dessa biodiversidade, foi a da vigilância
cas ambientais na Defesa Nacional, simbo- sediada na ilha. local permanente, desde 1976. Havia,
liza, ao mesmo tempo, o contributo para A interação funcional e complemen- porém, a perceção da necessidade do
o exigente desafi o da sustentabilidade tar, de ambas as equipas, manifestou-se exercício da autoridade do Estado ser
ambiental, face ao caráter de transversali- num ganho claro e inequívoco nas várias assegurado de forma igualmente perma-
dade desta temáƟ ca, considerando-o como vertentes de monitorização e vigilância nente em toda a área e orla maríƟ ma das
um invesƟ mento na capacidade de resiliên- desta parcela de território nacional, em Ilhas Selvagens, em matéria de vigilância,
cia no âmbito da Defesa Nacional. especial, no que concerne às ações relaƟ - fi scalização, patrulhamento e exercício de
vas à vertente da proteção, preservação e polícia, em especial na vertente da pro-
O PRÉMIO 2019 defesa do rico e diversifi cado património teção e preservação do meio marinho e
ambiental existente na Reserva Natural segurança da navegação, das pessoas e
A Direção de Faróis con- das Ilhas Selvagens. bens. Tal desiderato esƟ mulou a vontade
quistou o Prémio Defesa de reforçar a presença portuguesa nestas
Nacional e Ambiente, em PARTICULARIDADES DAS ilhas com meios humanos e materiais,
2019, através do trabalho assim como com equipamentos que per-
realizado no Arquipélago ILHAS SELVAGENS miƟ ssem um maior conhecimento da sua
da Madeira, inƟ tulado A localização remota das Ilhas Selvagens, envolvente. Este contexto levou o Diretor-
“O contributo da Autoridade MaríƟ ma adquiridas pelo Estado Português em -Geral da Autoridade MaríƟ ma e Coman-
Nacional, apoiada pela Marinha, na prote- 1971, proporciona-lhes condições únicas dante-Geral da Polícia MaríƟ ma a deter-
ção e defesa da Reserva Natural das Ilhas no mundo em termos de biodiversidade minar a instalação e aƟ vação da Estrutura
Selvagens”. que urge preservar. Daí integrarem a Rede da AMN nestas ilhas.
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