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REVISTA DA ARMADA | 559
Investigação e Tecnologia Transferência Tecnológica
TRL
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IH SENSORTECH
(AZINHEIRA) INDÚSTRIA
FACILITADORES DE INOVAÇÃO CINAV MARINHA OUTROS PARCEIROS (OTAN, UE)
IH
CENTROS ID
EA - IDEIA CEOV ACADEMIA
Figura 4 – Facilitadores de Inovação.
a sua avaliação e seleção para subsequente desenvolvimento. Assim, para colmatar as lacunas identificadas, foi criada a Divi-
Além disso, foi identificada a necessidade de formalizar proces- são de Inovação do EMA e criado o Programa Intersectorial para
sos para o planeamento, organização, acompanhamento e con- a Inovação (PIINOV), com o propósito de dotar a Marinha com
trolo de projetos IDEI, de forma individualizada, bem como para a capacidade contínua de inovar e experimentar.
a coordenação entre projetos de forma holística. No sentido de permitir uma melhoria contínua dos processos,
Identificou-se, ainda, a necessidade de coordenação e articu- incluiu-se como produto parcelar do PIINOV a realização do
lação intersectorial e, em paralelo, com entidades externas, no Autodiagnóstico de Cultura de Inovação na Marinha, aplicando
âmbito do acesso a financiamentos supletivos. uma diferente metodologia, desenvolvida pelo INA e mais
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adaptada a uma organização governamental.
Desta forma, a Inovação na Marinha fica dotada de um pro-
Foto NATO pósito alinhado com a estratégia, organização, infraestruturas
e financiamento. Considerando o financiamento a atribuir pelo
Almirante CEMA para apoio a projetos de inovação disruptiva
(prioritários) e sustentada, este permitirá:
(i) acelerar o desenvolvimento dos mais promissores com
nível de maturidade tecnológica sete ou superior;
(ii) torná-los disponíveis para experimentação operacional;
(iii) testá-los em missão; e
(iv) aprová-los para emprego operacional o mais rapidamente
possível.
FUTURO
A Inovação no setor da Defesa surge da necessidade de enfren-
tar novas ameaças emergentes quando as soluções disponíveis
são insuficientes e/ou revelam lacunas na sua capacidade de
emprego.
É importante referir que Inovação não está exclusivamente
ligada à tecnologia e à produção de novas plataformas ou de
novas armas, deve antes ser encarada como uma nova forma de
estar, associada a uma cultura que estimule formas diferente de
pensar, na procura de fazer mais e melhor.
A atitude inovadora requer um espírito criativo, mas só se
inova realmente quando as soluções são postas em prática de
uma forma sustentada, consolidada e com resultados mensu-
ráveis. Para tal, torna-se imperativo criar as condições que faci-
litem a promoção de uma Cultura de Inovação, através da edi-
ficação de uma organização dedicada, dotada das ferramentas
e recursos indispensáveis para implementar essas soluções. Os
caminhos da Inovação têm como fator de sucesso uma Lide-
rança forte, com a visão e a coragem para fazer face ao risco e à
incerteza, estimulando o desenvolvimento de linhas de pensa-
Figura 3 – UAV OGASSA na pista do CEOM, durante o REP (MUS) 2019.
mento que questionem o status quo.
FEVEREIRO 2021 15