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era exíguo e as condições ambientais pouco satisfatórias; 50 anos e para os que se dedicam a trabalhos académicos sobre
porém só em 1995 se operou a sua transferência para as suas igual temática.
actuais instalações que, entretanto requalificadas, satisfazem as Finalmente, pode afirmar-se que a Revista da Armada tornou-
necessidades a longo prazo. -se uma referência incontornável na Historiografia da Marinha
Desde 1971 até à actualidade, a Revista tem melhorado o mo- e tem cumprido plenamente o objectivo determinado, há 50
delo, principalmente na área do grafismo. No princípio apenas a anos, pelo Almirante Manuel Pereira Crespo, um dos mais notá-
capa e a contra--capa eram editadas a cores; a partir de Julho de veis oficias da Marinha do seu tempo: Contribuir para fortalecer
1992, ao completar 21 anos de existência, modernizou o seu figu- o Espirito de Corpo que sempre caracterizou a nossa Marinha e
rino – passou a ser impressa em papel couché, a incluir a icono- ao qual estão ligadas as virtudes e as tradições navais.
grafia a cores nas suas páginas interiores e a inovar o respectivo
visual do titulo da capa.
No que respeita ao conteúdo, sucederam-se as notícias, as re-
portagens, as entrevistas, as “estórias”, os contos, as crónicas,
os passatempos e as caricaturas. A História e a Cultura têm sido José Luís Leiria Pinto
prioritárias. De referir as denominadas “rubricas”, subscritas ha- CALM
bitualmente pelo mesmo autor, que se referem a assuntos espe-
cíficos como as Ciências, Artes e Letras, a Terminologia Naval, a N.R. O autor não adota o novo acordo ortográfico.
Bibliografia, a Reflexão Estratégica, a Marinha no Final da Dinastia
de Aviz, a Saúde para Todos, as Histórias da Botica, o Quarto de
Folga e as Naus de Pedra em Lisboa. Note-se que alguns dos seus
subscritores tornaram-se autores de referência nos temas que
têm apresentado.
Em 1982 foram instituídos os prémios “Almirante Manuel Pe-
reira Crespo” e “Comandante Joaquim Costa”, para galardoar
anualmente os autores da melhor colaboração e do melhor arti-
go. Estes prémios, distribuídos próximo do Dia da Marinha, têm
constituído um importante incentivo para os colaboradores, ele-
mentos essenciais na feitura da Revista.
Acompanhando as novas tecnologias da comunicação que têm
possibilitado uma mais rápida ligação entre os intervenientes na
publicação da Revista, esta passou a estar na Internet a partir de
2001. Foi igualmente elaborado um programa informático com
o índice de assuntos, sendo as entradas pelo título do artigo e
pelo autor.
COMEMORAÇÕES DE OUTROS ANIVERSÁRIOS
Em 2006, por iniciativa e planeamento do então Director
CALM Roque Martins (exerceu esta função durante 15 anos,
a mais longa comissão dos 10 directores que a Revista teve
até hoje), o 35.º aniversário foi muito dignamente celebrado.
No dia 6 de Julho, o CEMA, Almirante Melo Gomes, visitou as
instalações da Revista, recentemente requalificadas, descerran-
do duas placas: uma que identifica a sala “Vice-Almirante Ma-
nuel Pereira Crespo” e a outra, o gabinete “Comandante Raul
de Sousa Machado”. Seguiu-se a inauguração, na Casa da Balan-
ça, da “Exposição Revista da Armada – 35 anos, 400 números”,
onde foram apresentadas 12 grandes áreas que se referiam aos
vários temas publicados, e junto das quais estavam presentes os
repectivos autores.
Na ocasião foi dado conhecimento público que a Revista tinha
sido agraciada com a Medalha Naval Vasco da Gama.
MEMÓRIA VIVA
A Revista tem constituído uma importante e actualizada fonte
de informação; é igualmente um excelente meio de divulgação
dos valores, identidade e memórias da Marinha, não só para
aqueles que a servem presentemente, mas também para os que
nela prestaram serviço durante uma vida profissional plena ou
num curto período, cumprindo o Serviço Militar Obrigatório ou
no Regime de Contrato.
Considera-se que a consulta da Revista é imprescindível para
todos os que se interessam pela História da Marinha nos últimos
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