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REVISTA DA ARMADA | 565



























                       CADETES DA ESCOLA NAVAL



                       VIAGEM DE INSTRUÇÃO - 4º ANO



          No âmbito do Plano Anual de Atividades Escolares da Escola Naval (EN), os cadetes do Curso “CMG Fernando Monteiro de Barros” (a
          frequentar o 4º Ano do Mestrado Integrado) realizaram a sua Viagem de Instrução (VI) no período compreendido entre 20 e 31 de
          maio de 2021. As VI visam assegurar o cumprimento dos objetivos estabelecidos no plano de estudos estabelecido e contribuir para
          a adaptação dos cadetes à vida no mar.
          PARTICIPAÇÃO EM EXERCÍCIO                           de navegação em companhia; e operações de reabastecimento
                                                              no  mar.  Tais  participações  não  só  permitiram  consolidar  os
             VI dos alunos do 4º ano da EN foi realizada a bordo do NRP    conhecimentos  adquiridos,  mas  também  proporcionaram  a
         A   Álvares Cabral e permitiu aos cadetes aplicar e aperfeiçoar   estes futuros oficiais de Marinha uma experiência indelével num
          os conhecimentos militares e técnico-navais adquiridos ao longo   cenário de operações navais.
          do ano letivo, num contexto de operações navais e de navegação   Ao longo dos 11 dias de navegação, os cadetes funcionaram,
          em companhia. Os cadetes tiveram ainda a oportunidade de as-  em regime de bordadas, nos centros de comando do navio, no-
          sistir à singela comemoração, no mar, a 24 de maio, dos 30 anos   meadamente, na Ponte, no Centro de Operações, no Centro de
          do primeiro içar da Bandeira Nacional, aquando da entrega do   Controlo de Máquinas e na Base do Departamento de Armas e
          navio à Marinha.                                    Eletrónica, onde gradualmente assumiram funções que lhes per-
           Durante o embarque, o navio participou no Steadfast Defender 21   mitiram planear, desenvolver e desempenhar, sob a supervisão
          (STDE 21). Este exercício da NATO foi o primeiro teste, em grande   dos oficiais embarcados, tarefas relacionadas com a navegação
          escala, da Estrutura de Comando adaptada, com o envolvimento de   do navio, as operações navais e os procedimentos de emergência.
          dois novos comandos, o Comando Conjunto de Apoio e Capacita-  Em complemento do planeamento diário da VI, foram desem-
          ção, baseado em Ulm - Alemanha, e o Comando da Força Conjunta,   penhadas outras tarefas igualmente importantes, de que se des-
          baseado em Norfolk - EUA. A este propósito, recordam-se as pa-  taca: a realização do briefing diário ao comando, que inclui in-
          lavras do Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg: “O Exercício   formação de meteorologia, oceanografia e o respetivo impacto
          Steadfast Defender 2021 testa a prontidão e mobilidade militar da   nas operações; o ponto de situação das operações correntes e a
          NATO - com forças distribuídas por terra e mar, desde a América do   previsão das operações futuras; a avaliação das séries realizadas
          Norte até à região do Mar Negro e ao largo da costa de Portugal”.  e quais as lições já identificadas; o estado das comunicações, da
                                                              plataforma e da sustentação logística; e a proposta do objetivo de
           A fase do STDE 21 que incluiu o período da VI centrou-se no
          rápido reforço dos Aliados europeus da NATO com forças norte-  comando e das respetivas prioridades.
                                                               Culminando  a  formação  académica  e  preparando  a  transição
          -americanas, tendo sido liderada pelo Comando da Força Conjun-  para o ano de Aspirante, última e singular etapa na caminhada
          ta, de Norfolk; compreendeu um exercício naval com 18 navios,
          incluindo o Carrier Strike Group do Reino Unido. Neste exercício   para ser Oficial da Marinha, a VI dos alunos do 4º ano consti-
                                                              tuiu  um  oportunidade  ímpar  para  aplicar  os  conhecimentos
          também participaram o NRP Tridente, o NRP Sines e aeronaves   teóricos adquiridos ao longo do curso e consolidar as bases ne-
          F-16 da Força Aérea Portuguesa.
                                                              cessárias  para  atingir  a  excelência,  enaltecida  no  lema  da  EN,
                                                              Talant de Bien Faire.
          TAREFAS A BORDO

           Durante a VI, os cadetes participaram em alguns exercícios de
          natureza operacional, nomeadamente: de defesa aérea; de guerra
          de superfície e antissubmarina; de tiro naval; de comunicações;                  Colaboração da ESCOLA NAVAL


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