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REVISTA DA ARMADA | 566
ESCOLA NAVAL
EXERCÍCIO TROIA 2021
Cumprindo o seu Plano Anual de Atividades Escolares, no período do perímetro da Escola de
de 1 a 6 de junho, a Escola Naval (EN) realizou um exercício na área Fuzileiros, onde os alunos
da Base Naval de Lisboa (BNL), Mata da Machada e Escola de Fuzi- se organizaram por forma
leiros, denominado Troia 21, envolvendo um total de 186 cadetes. a implementarem uma es-
Este exercício, realizado anualmente, tem por objetivo que os ca- trutura funcional composta
detes ponham em prática os conhecimentos adquiridos na forma- por uma equipa de coorde-
ção militar naval, consolidando os conhecimentos adquiridos no nação (Posto de Comando),
âmbito da formação marinheira e do comportamento organizacio- nove equipas de reconhe-
nal, organização e instrução militar, permitindo-lhes, igualmente, cimento e segurança, cinco
desenvolverem e treinarem a capacidade de liderança, sentido de equipas de busca e salva-
camaradagem, espírito de corpo, coragem física e moral, consoli- mento (com capacidade de
dando, deste modo, qualidades de chefia e de liderança relevantes executar escoramentos de
no desenvolvimento da carreira de um oficial de Marinha. edifícios, recuperação de
Atendendo às restrições da situação pandémica, e realçando infraestruturas, remoção
que no ano de 2020 o exercício Troia não foi realizado, a edição de feridos de planos eleva-
deste ano foi planeada de modo a reduzir as necessidades logísti- dos), três equipas médicas,
cas, daí que o exercício não tenha sido realizado na habitual área três equipas técnicas (me-
da península de Troia. cânica, limitação de avarias e eletrónica/telecomunicações), uma
No dia 1 de junho, com os cadetes dos 4 anos inseridos numa equipa de apoio logístico, uma equipa de apoio alimentar e duas
organização operacional de três companhias, teve início com a pro- equipas de relações públicas. No final da série os cadetes foram
jetação com recurso a botes pneumáticos a remos, desde a BNL até retraídos, com recurso a botes a motor, para a Ponta dos Corvos,
à Escola de Fuzileiros, num percurso total de 8 quilómetros. onde montaram acampamento e pernoitaram.
Nos dias 2 e 3 de junho foram realizados exercícios de patrulha Por fim, no dia 6 de junho, foi executada a marcha militar por
militar, na Mata da Machada, e prática de tiro com espingarda cursos, entre a Ponta dos Corvos e a EN, num percurso total de
automática G3, na carreira de tiro de Marinha. Simultaneamente 12 quilómetros, com os cadetes equipados com fato de exercício e
foi ministrada formação de socorrismo aos cadetes na vertente arma G3. O 3º Ano, Curso Contra-almirante Manuel Armando Fer-
de traumas perfurantes por armas de fogo, hemorragias, quei- raz, ganhou a prova da Marcha Militar, assim como o prémio das
maduras, imobilização de membros, transporte e remoção de competições desportivas intercursos, tendo recebido os respetivos
feridos. No rio Coina os cadetes realizaram ainda um percurso de prémios durante o almoço de encerramento do exercício.
50 metros de natação utilitária. O exercício foi enquadrado por cerca de 70 militares, com a co-
A tarde de dia 3 de junho e o dia 4 de junho foram reservados laboração de diversas unidades da Marinha e da Autoridade Ma-
para a prática desportiva, com a realização de competições des- rítima, desde logo o Corpo de Fuzileiros, através da Unidade de
portivas intercursos, nomeadamente, voleibol, futsal, orientação, Meios de Desembarque e da Escola de Fuzileiros, Esquadrilha de
râguebi, natação, tração à corda, duatlo anfíbio e prova de 30 mi- Subsuperficie, através do Destacamento de Mergulhadores n.º 2,
nutos de corrida. BNL, Escola de Tecnologias Navais, Direção de Transportes e Capi-
Durante o dia 5 de junho realizou-se o exercício simulado de tania do Porto de Lisboa.
ajuda humanitária, designado Humanitarian Aid Exercise (Hu-
manaidex), exercício com duração de 10 horas, realizado dentro Colaboração da ESCOLA NAVAL
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