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REVISTA DA ARMADA | 566




               PATRULHANDO O


               MAR MEDITERRÂNEO



               NRP TRIDENTE






























                                                              informações, a análise dos padrões de comportamento na área
                                                              e efetuou o controlo do espaço marítimo, com enfoque nas ativi-
                                                              dades de tráfico de estupefacientes, armas e pessoas, vigilância
                                                              do tráfego marítimo e poluição marinha.
                                                               Paralelamente, o NRP Tridente participou na Operação Irini,
                                                              tendo como principal missão a realização de inspeções a navios
                                                              a navegar em alto mar que se deslocassem de/e para a Líbia,
             NRP  Tridente  participou  na  Operação  Sea Guardian  da   suspeitos de transportarem armas; como missão secundária,
         O  NATO e na Operação Irini da União Europeia, contribuindo   monitorizou e recolheu informações sobre as exportações ilí-
          para o sucesso das mesmas, ao potenciar patrulhas de forma   citas de petróleo a partir da Líbia, e contribuiu para a rutura de
          discreta sem alterar o padrão de vida no local.     redes de contrabando e tráfico de seres humanos.
           À largada para a missão, a 15 de junho, o navio e os seus 33   "Sabemos quais é que são as tarefas de uma missão e de outra
          militares tiveram a honra e o privilégio de receber o Ministro da   missão. (...) Obviamente dá trabalho, porque para uma missão é
          Defesa Nacional, Prof Dr. João Cravinho, acompanhado pelo Co-  só um relatório, para duas missões são dois relatórios. Mas nós
          mandante Naval, VALM Silvestre Correia e pelo Comandante da   fazemos, e fazemos com muito gosto. Temos de ter aqui algum
          Esquadrilha de Subsuperfície e CTG 443.10, CMG Farinha Alves.   jogo de cintura, alguma ginástica, muita resiliência e muita dedi-
          Dirigindo-se ao Comandante do navio e respetiva guarnição, o   cação", salientou o Comandante do navio, CTEN Ribeiro da Paz.
          MDN reconheceu a capacidade submarina portuguesa, desta-  À chegada, o submarino e sua guarnição foram cerimoniosa-
          cando a sua “capacidade de recolha de informações única“.  mente recebidos pelo MDN, acompanhado pelo CEMA, ALM
           No decorrer da missão, para efeitos de manutenção da pla-  Mendes Calado, pelo Chefe de Estado-Maior do Comando Con-
          taforma e de apoio logístico, foram visitados os portos de Car-  junto para as Operações Militares, TGEN Paulino Serronha, pelo
          tagena (Espanha), Cagliari (Ilha da Sardenha – Itália) e Souda   2º  Comandante  Naval,  CALM  Antunes  Rodrigues  e  pelo  CTG
          (Ilha de Creta – Grécia). Regressou à Base Naval de Lisboa a 20   443.10. Para além das boas-vindas ao submarino e à sua guarni-
                                                              ção, o MDN  expressou o seu agrado pela forma como a guarni-
          de agosto, após 67 dias de missão, 5.000 milhas náuticas per-
          corridas e mais de 1200 horas de navegação, 1150 das quais   ção do submarino cumpriu a missão com honra e prestígio para
          efetuadas em imersão.                               Portugal. "O  vosso  trabalho  consolida  a  inserção  de  Portugal
                                                              numa sólida rede de alianças, defende e afirma a credibilidade
           No Mediterrâneo foram recolhidos dados de mais de 7000 con-
          tatos, 1900 dos quais de interesse para a NATO e União Europeia.   externa do Estado, e contribui para a promoção da paz e da se-
                                                              gurança internacional", afirmou o MDN. O trabalho simultâneo
          No que respeita à Operação Sea Guardian, o NRP Tridente esteve   com a NATO e a UE ajudou a que "as duas organizações saibam
          em apoio direto ao Comando de Submarinos da NATO (COM-  trabalhar juntas em áreas de interesse convergente".
          SUBNATO), com o objetivo de garantir a segurança marítima no
          Mediterrâneo, assegurando a liberdade de navegação e fazendo
          o conhecimento situacional; o submarino realizou a recolha de          Colaboração do COMANDO DO NRP TRIDENTE


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