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REVISTA DA ARMADA | 567

Medalha de Mérito Tamandaré do Brasil e a Ordem de Mérito
Militar Naval de Espanha. ORDEM MILITAR DE CRISTO
A cerimónia terminou com o desfile do Batalhão do Corpo
de Alunos, prestando continência ao Presidente da República A Ordem Militar de Cristo destina-se a distinguir
e Comandante Supremo das Forças Armadas. Seguiu-se-lhe a destacados serviços prestados ao País no exercício das
fotografia de grupo, que reuniu as altas individualidades e os funções de soberania.
aspirantes do curso “CTEN Raúl Alexandre Cascais”. A Ordem Militar de Cristo foi instituída pelo Rei D. Dinis
O Comandante da EN assinalou a ocasião com a oferta dos três em 1318 e confirmada pela Bula Ad ea ex quibus dada
primeiros exemplares do livro “175 Anos. 175 Personalidades” ao pelo Papa João XXII em Avignon, em março de 1319.
Presidente da República, ao SEADN e ao CEMA. A Bula foi emitida a pedido do Rei D. Dinis para que a
Ordem criada sucedesse à Ordem do Templo, extinta em
1311 pelo Papa Clemente V.
Colaboração da ESCOLA NAVAL

DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA AQUANDO DA CONDECORAÇÃO DO
ESTANDARTE NACIONAL POR OCASIÃO DOS 175 ANOS DA ESCOLA NAVAL

A vossa e nossa Escola Naval conclui nesta cerimónia a bem firme, conjugar inteligência e emoção e tentar compreender
celebração de 175 anos de história, e por isso mesmo, este é o que mundo parece acabar e que mundo é que vai de facto
seu dia, mas mais importante ainda para cada uma, e cada um, e começar. O mundo que parece acabar é o de uma grande escola,
todas, e todos vós, este é o vosso dia. Um daqueles dias que marca a Escola Naval, ou seja, o de toda uma história que representa
uma vida, sonhamos com ele, trabalhamos para ele, vibramos e que é a história da Armada portuguesa há mais de 700 anos.
com ele, alvoroçados, recordamo-lo depois emocionados e, no A história que se expande com a mítica Escola de Sagres.
entanto, ao vivê-lo sentimos que é tão breve, tão intenso, mas tão
breve, que a memória que nos deixa é um misto de júbilo e até do A aula do cosmógrafo mor de Pedro Nunes, a Academia Real da
orgulho incontido e de estonteante sensação de um velho mundo Marinha, a Companhia dos Guardas Marinhas, depois Academia
conhecido, seguro, que acaba, e de um novo mundo desconhecido Real dos Guardas Marinhas que acompanhou a corte para o
e incerto está a começar. Brasil e explica essa originalidade, muito nossa, de se ter dividido,
em 1822, em duas, na futura Escola Naval do Brasil, e claro, na
Nesses momentos capitais da vida como para muitos o do futura Escola Naval em que nos encontramos, assim crismada em
casamento, do nascimento do primeiro filho, o da morte de um 1845, ou seja, com 175 anos já ultrapassados. E a história não
pai ou de uma mãe, o do dia inicial de um comando ou mais para por aqui, em 1868, a formação dos Engenheiros Maquinistas
do que isso, o da experiência única do embate inédito com um Navais apartou-se dos oficiais da Marinha, mais tarde geraria o
choque no cenário de intervenção armada ou humanitária. curso de Engenheiros Navais nos Ramos de Mecânica e de Armas
Nesses momentos, o essencial é manter o centro de gravidade e Eletrónica. Entretanto, desde o século XIX existia o curso de

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