Page 8 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 567

                                                              de pessoas, armas e sensores para poder responder em tempo, e
                                                              de forma adequada, a qualquer situação.
                                                               A  primeira  fase  compreendeu  séries  tipificadas  de  crescente
                                                              complexidade,  tendo  como  objetivo  elevar  a  proficiência  e
                                                              assegurar a interoperabilidade das unidades da TF.
                                                               A  fase  tática  não  comportou  qualquer  seriado,  sendo  apenas
                                                              modelada pelos objetivos táticos atribuídas à força, pelos eventos
                                                              externos  injetados  pelo  Staff  do  exercício  e  pelas  limitações
                                                              geopolíticas impostas pelo próprio cenário, procurando ser uma
                                                              interação  tão  próxima  da  realidade  quanto  possível.  A  TACEX
                                                              permitiu  verificar,  em  tempo  real,  as  dificuldades  vividas  nos
                                                              conflitos:    posições  e  atitudes  ambíguas,  o  uso  de  atores  não
                                                              estatais e as operações subversivas e clandestinas. A estes desafios
                                                              os Comandantes são obrigados a responder dentro da legalidade
           Operações de superfície – Proteção de força
                                                              de um mandato internacional extremamente restrito, circunscrito
                                                              na maioria dos casos à legitima defesa, própria e dos aliados.
         necessário com recurso à projeção de forças anfíbias, e garantir,
         simultaneamente,  a  liberdade  da  navegação  mercante  e  a   PARTICIPAÇÃO DO NRP CORTE REAL
         segurança marítima na região.
           Este cenário, que tem vindo a ser aperfeiçoado há muitos anos,   O NRP Corte-Real integrou a Task Group 315.03, em conjunto
         utiliza a geografia do norte da Escócia para retratar, de uma forma   com  as  fragatas  HMCS  Fredericton  (com  o  CTG  embarcado),
         bastante completa, a envolvente geopolítica da região fictícia. O   HNLMS  Van Amstel,  ESPS  Almirante  Juan de  Borbon  e  FS
         exercício foi planeado e coordenado pelo Joint Tactical Exercise
         Planning  Staff  (JTEPS ),  responsável  pela  estrutura  tecnológica   Normandie, e o reabastecedor HNOMS Maud. Esta força naval
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         e  por  assegurar  a  gestão  de  uma  extensa  biblioteca  de   teve  como  tarefas  principais:  (i)  garantir  a  presença  naval  e  a
         informação e de um significativo conjunto de meios dedicados,   segurança da navegação no Mar das Hébridas; e (ii) assegurar
         designadamente  navios  e  embarcações  de  pequena  e  média   a defesa das componentes de comando, anfíbia e de guerra de
         dimensão  e  meios  aéreos  cuja  única  finalidade  é  providenciar   minas da TF.
         treino de combate para as unidades navais.            Ao  longo  do  exercício,  o  NRP  Corte-Real  realizou  inúmeras
                                                              tarefas no âmbito do espectro das operações navais – missões
         ORGANIZAÇÃO DO EXERCÍCIO                             de patrulha e controlo dos espaços marítimos e da navegação
                                                              mercante, proteção e escolta de unidades navais valiosas, tiro de
           O JW212/DYMR21 teve duas fases muito distintas. A fase inicial   apoio naval contra costa, operações de reabastecimento no mar
                                                                                            5
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         –  a  CET-FIT   –  seguiu  um  programa  planeado  e  exigente,  que   e ações de luta anti-submarina (ASW) , anti-superfície (ASUW) 6
         permitiu a integração e treino de todos os navios da força; na   e  de  defesa  aérea,  com  especial  relevo  para  a  adaptabilidade
         segunda fase – a TACEX  – os navios encontravam-se sob ameaça   à  guerra  do  litoral  e  à  necessidade  de  assegurar  uma  eficaz
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         permanente,  sendo  necessário  manter  uma  elevada  prontidão   proteção de força.






































          8   NOVEMBRO 2021
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