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REVISTA DA ARMADA | 567
         EXERCÍCIO JOINT WARRIOR 21-2 /



         DYNAMIC MARINER 21



         NRP CORTE REAL + EQUIPA MERGULHADORES DMS3




          A Marinha Portuguesa marcou, mais uma vez, presença num dos maiores e mais importantes exercícios conjuntos e combinados do
          ano - o exercício JOINT WARRIOR 21-2 e DYNAMIC MARINER 21 (JW212/DYMR21)- realizados no continente europeu. Tal aconteceu
          com a participação do NRP Corte-Real, que integrava a Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1) e de uma Equipa de Mergulhadores
          do Destacamento de Mergulhadores Sapadores Nº 3 (DMS3) a bordo do navio caça-minas alemão FGS Homburg, que integrava a
          Standing NATO Mine Countermeasures Group 1 (SNMCMG1).
                                 MEIOS ENVOLVIDOS             UM CENÁRIO REALISTA
                                                              E ATUAL
                                    abitualmente organizado pela
                                 HMarinha  do  Reino  Unido,  o   O  cenário  fictício  do  exercício
                                 JOINT WARRIOR  teve  este  ano   JOINT WARRIOR  assemelhava-
                                 o  apoio  e  a  intervenção  mais   se  ao  da  situação  geopolítica  e
                                 próxima da Aliança Atlântica, pelo   geoestratégica  vivida  nos  países
                                 facto  de  também  corresponder   Bálticos. Um conjunto de pequenos
                                 ao  processo  de  certificação  da   estados pró-ocidentais e pró-NATO
                                 Componente  Naval  da  NATO   encontra-se numa situação de pré-
                                 Response Force 2022 (NRF22) .  conflito, disputando os recursos naturais e a influência com uma
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           O exercício decorreu entre 18 e 30 de setembro numa vasta   coligação de estados autoritários de maior dimensão; a crescente
         área  marítima,  aérea  e  terrestre  do  Reino  Unido,  abrangendo   instabilidade  securitária enfraqueceu as linhas  de comércio na
         parcelas de território do País de Gales, da Inglaterra e da Escócia.   região, gerando uma situação de crise. Face às ligações políticas
         As  interações  aeronavais  do  JOINT WARRIOR  decorreram  na   e militares de alguns atores do cenário, existe o potencial para a
         costa norte da Escócia, no mar das Hébridas e nas proximidades   deflagração de num conflito regional de grande intensidade.
         do cabo Wrath, e contaram com a participação de meios navais,   Num  quadro  de  resposta  a  crise,  o  cenário  previu  que  estas
         aéreos e terrestres de 14 países da NATO e países parceiros.   tensões despoletariam uma reação de apoio político e militar da
           No decorrer do exercício, o NRP Corte-Real e o FGS Homburg   Aliança Atlântica, sob a forma da uma robusta Força-Tarefa (TF)
         tiveram a oportunidade de operar em conjunto com 22 navios, 7   multinacional. Esta TF teria ordens para executar uma operação
         aviões de patrulha marítima e 12 aviões de combate.  de presença naval para devolver a paz e estabilidade na região, se



































           NRP Corte Real e HNLMS Van Amstel



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