Page 367 - Revista da Armada
P. 367
mos para passar a noite, a tiritar de O que estava escrito no «livro .. foi na «RA» , aos .. filhos da escola .. de
frio, cada um encostandcrse onde cancelado, e ao Nuno disse o ime· 1965 e aos oficiais, sargentos e pra·
podia para se abrigar da humidade, diato: ças que prestaram serviçO na Com·
que era muita. - Oueres saber que eu, mesmo panhia n.09 de Fuzileiros, na Guiné,
E só no gasolina do pão, o safa· arranhando o inglfJs, também me nos anos de 1966/68, sob o coman·
o
·rascadas dos atrasados, regreSSíJ· perdi?! Olha, vou avisar o oficial de do do 1. ·ten. Cervaens Rodrigues;
mos ao navio. serviço que o teu castigo acabou e de Manuel Dias dos Santos, Coim·
Oue tinha acontecido ao imedia· que, sequiseres,já podes sair hoje ... bra, para os colaboradores: da .. RA .. ,
to? Foi·nos muito fácil concluir que, Ouanto ao imediato, castigou·se com votos de longa vida, e para os
por o termos visto no baile, sempre a si próprio, ficando naquele dia a camaradas da .. escola» de 1947; de
atracado a uma trintona bonita, loira bordo. Só que teve a agradável visita Artindo Costa Santos, Porto, em es·
e de olhos muito azuis, e no final me· da trintona de olhos azuis a amem'· pecial para o alm. M. do Vale, recor-
ler·se no carro dela e desaparecer, zar·lhiJ a clausura ... dando os bons tempos que· ambos
fez o mesmo que nós: foi levar a pe. passámos a bordo da canhoneira
quena a casa. Abro aqui um parênte· ..Zaire», em servíço na fiscalização
sis para informar que o imediato era, N. R. - A história que nos conta 11 tfpica da pesca no Nol1e (1935); de António
na altura, um quarentão desempena· da nossa Marinha. Sobre ela muitas lIaçiJes se Octávio Gomes Teixeira, Cachão,
podem tirar no que respeita 8 maneira de COfI'
do e bem parecido. para todos que trabalham na Revista
viv8r, 8 maneirs de fazer justiça, 8 disciplina
Afinal, o imediato, tal como nós, voluntariamente aceite, 8 amizade com que e para toda a .. Briosa».
tinha perdido a embarcação das todos se tratam e G\Ji1!p86>ldén, etc., e~ ~
00.00 horas e andava perdido pelas tudo isso que faz com que a nossa CorpcxaçAo
cercaniasdocais. seja especial e 'qUB todos os que a servem
tantas saudades sintam quando t6m que a dei·
Ouando chegámos a bordo, nós
xar ...
os três e o imediato, o sargento de
N. R. - Os nossos 8gisdecimentos e os
dia informou·nos que já estávamos do sim. M. do Val6 p8f8 o Arlindà. Que bela foi
no «livro»; mas aquele, ouvindo-o, ••• essa nossa COI7/'sslo na .. Zaire-' Foi o meu
disse·lhe: primeiro navio, depois de sair da Escola Naval,
- Oh senhor Fonseca, como SAUDAÇÕES e nunca mais f1IfI B$QUBci do nosso c0man-
dante O, Pinto, o nosso din8mk:o imediato.lo-
pode ser isso se eles vieram comi- glar. o .,senh<xprimeiro-, Santos, etodaaf8S'
go?! Olhe, feve-me o «livro» e o Oe Agostinho Martins, ex-gr. FZ, tante guamh;Ao que'tIO bem ~esentava a
Nunoaocamarote. Guimarães, a todos que colaboram M8JinhanoPorloeBJTBdores.
Uma aguarela inédita de D. Carlos
A respeJto de um artiQ9 publicado nesta Re'{ista so· ·torpedeiro .. Timbira,. (1896/1917), quando passou por
bre as aguarelas do rei D. Carfos (*), o comandante Lisboa, poSSivelmente em viagem da Alemanha, onde foi
Max Justo Guedes, director do Serviço de Documenta- construido, para o Brasil.
ção Geral da Marinha do Brasil, enviou·me a fotografia O desenho foi doado pelo conde de Pombeiro e mar-
(que reproduzimos), que muito agradeço, dum desenho quês de Belas, residente no Brasil e a moldura é encima-
daquele excepcional artista que representa o cruzador· da pela coroa real.
A. Estácio dos Reis,
(") .,RevistadaArmada- n. '" 1471Dez. de83. cap.-m.-g.
5