Page 191 - Revista da Armada
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Nations High Commissioner for Human JEVO ter alguns Oficiais portugueses
Nome Bósnia resulta de um pequeno princi- Rights-UNHCR). (Marinha e Exército), foi desde logo esta-
pado da região montanhosa dos rios urbas e Os contactos com as Divisões Multi- belecido um contacto estreito, que permi-
bosna. O nome Herzegovina, foi atribuído no -nacionais também foram importantes tiu receber alguma informação com inte-
séc. XV por um poderoso nobre bósnio
(Stephen Vukcic) a quem foi dado o nome de para actualizar e trocar informação princi- resse, fundamentalmente para cruzar com
herzog (duque em língua alemã). palmente nos casos em que o Batalhão outro tipo de informação, no sentido de
teve sub-unidades empenhadas, sendo de avaliar correctamente a situação.
destacar os contactos com as células de Assim, no seu conjunto os órgãos des-
• CJ2 SFOR (“Branch” das Informações G2 da DMN-N e DMN-SW. critos contribuíam decisivamente para o
– Combined Joint 2) Também houve alguns contactos com o funcionamento do ciclo de produção de
• CJ9 SFOR (“Branch” dos assuntos G2 da DMN-SE na fase de planeamento e informações implementado. Com base
políticos, refugiados/deslocados – no decorrer da Operação “JOINT RESOLVE nos PIR definidos pelo escalão superior e
Combined Joint 9) XIX”. nas necessidades encontradas pelo
•Divisões Multinacionais e Reserva Com a Reserva Operacional Aérea AgrConj ALFA, foi elaborado um Plano
Operacional Aérea (Brigada de Avia- houve uma ligação muito estreita, propor- de Pesquisa (12), que orientava o esforço
ção EUA) cionada pelas características da própria mis- de pesquisa dos órgãos utilizados.
• MSU (Multinational Specialized Unit) são o que possibilitou também o contacto
• Organizações Internacionais (OSCE, com a célula de G2 e a recolha de muita José Manuel C. Neto Simões
1TEN SEF
IPTF e ECMM) (9) informação útil e importante para o cumpri-
A colocação de um Oficial Português mento da missão do AgrConj ALFA. (Continua no próximo número)
(Exército) no CJ2 (10) per-
mitiu o estabelecimento de Notas
um contacto não oficial, (1) Primeira Força Conjunta
pois conforme se pode veri- empenhada num Teatro de Operações
ficar na Fig. 3 não existe da NATO-Operação “JOINT FORGE”
nenhuma célula de infor- (despacho Conjunto do CEME e
CEMA de 12JUL99).
mações da OPRES no Quar- (2) O relatório da área de infor-
tel-General (QG) da SFOR. mações é constituído por vários ane-
No entanto, posteriormen- xos ampliativos, onde foi analisada a
te, aquele contacto foi ofi- situação política, social e económica,
cializado, em virtude de o de segurança, situação militar, indicia-
dos de crimes de guerra, avaliação da
Batalhão não ter disponível ameaça e riscos, Forças Armadas das
o fluxo de informação ne- Entidades (Ordem de batalha de
cessário, por não ter sido JUL009, serviços secretos, forças de
instalado um terminal segurança, organização política-
administrativa, caracterização das
CRONOS em VISOKO (11), Operação com helicópteros (Blackhawk) - ZHARID. OI/ONG e finalmente a análise
o que em muito contribuiu estratégica do Teatro de Operações.
para o conhecimento e compreensão da A MSU sendo uma unidade que tem (3) Área de disputa entre a Croácia e a República
situação política, militar, social e eco- permanentemente pessoal empenhado Federal da Jugoslávia, junto ao Mar Adriático.
(4) Decisão tomada na Conferência para a
nómica em cada momento através de nas áreas críticas (“HOT SPOTS”), tem por Geração de Forças nos Balcãs, realizada em Bruxelas
reuniões quase diárias. Obviamente a isso um conhecimento muito por- (JUL99).
informação proveniente desta fonte foi menorizado e actualizado dos municípios. (5) O espaço territorial ocupado por estas duas
utilizada com a necessária parcimónia e Por isso, o contacto com o G2 da MSU, entidades é de 51/49% respectivamente.
(6) Os alimentos eram fornecidos através do canal
foi decisiva para a recolha de informação, permitiu recolher informação, mais espe- de reabastecimento de Portugal e do contingente
que permitiu a construção e actualização cífica, relativamente à actividade criminal Italiano, existindo para o efeito um acordo entre os
da base de dados da Secção de Infor- em alguns municípios mais críticos.. Para dois países (MOA-Memorandum Of Agreement)
mações. além disso, foi facultada alguma infor- (7) Durante a missão foram efectuadas cerca de
Foram estabelecidos contactos com mação importante de VISOKO, relaciona- 600 fotografias (negativos), 2000 fotografias digitais
oficiais do CJ9 para recolha de infor- da com actividades ilícitas e criminosas. e 15 horas de filme 8mm.
(8) Os principais estudos elaborados – DRVAR,
mação relativa à situação política e par- Com a OSCE foi estabelecido contacto “Operação “JOINT RESOLVE XIX”, SREBRENICA e
ticularmente à situação de regresso dos com (Chief Implementation Officer, fun- MONTENEGRO.
refugiados/deslocados (Displaced Per- cionária portuguesa do MNE), durante a (9) OSCE- Organization for Security and Co-
sons and Refugees - DPRE) o que permitiu fase das eleições municipais para obtenção Operation in Europe (Organização de Segurança e
Cooperação Europeia), IPTF-International Police Task
um posterior contacto com a delegação das listas dos candidatos e posteriormente Force (Força de Polícia internacional para a BiH),
do Alto Representante das Nações na implementação dos resultados, princi- ECMM-European Community Monitoring Mission
Unidas para os Refugiados (United palmente no que diz respeito ao município (Missão de Monitores da União Europeia).
de VISOKO. (10) NIC – National Intelligence Cell, IOs –
Foram também manti- Internacional Organizations, PIO – Public
Information Officer, CJSOTF – Combined Joint
dos contactos frequentes Special Operations Task Force, CJPOTF – Combined
com agentes da IPTF, Joint Psychological Operations Task Force, CJCMTF
nomeadamente portu- – Combined Joint Civil Military Task Force, AMIB –
gueses que estavam co- Allied Military Intelligence Battalion , MND –
Multinational Division,
locados nas esquadras (11) Situação atenuada pelo Oficial de Ligação do
dos municípios vizinhos AgrConj ALFA no QG da SFOR. Aquele sistema é
de VISOKO (BREZA e fundamental, pois através dele é possível ter acesso
KISELJAK). à base de dados da SFOR, que só ficou operacional a
Em relação à ECMM partir de AGO00, beneficiando dele os Batalhões
seguintes.
e aproveitando o facto (12) Constava do ANEXO de Informações do
Fig. 3 - Estrutura do Sistema de Informações - SFOR. de a missão em SARA- Plano de Operações da OPRES.
REVISTA DA ARMADA • JUNHO 2001 9