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A “VASCO DA GAMA” NA STANAVFORLANT
A “VASCO DA GAMA” NA STANAVFORLANT
(Conclusão)
6 ABRIL/15 JULHO
Após a estadia em Lisboa e concluída a
transferência das funções de navio-chefe da
“Vasco da Gama” para a fragata espanhola
SPS “Canarias”, a STANAVFORLANT fez-se
ao mar a 8 de Abril, e iniciou o trânsito para
o Mediterrâneo Oriental, tendo no seu tra-
jecto efectuado um curto período de treino à
saída de Lisboa e na área de Rota.
No seguimento do ataque terrorista de
11 de Setembro de 2001 ocorrido em diver-
sos pontos do território dos Estados Unidos,
este país membro da NATO invocou o
Artigo V do Tratado de Washington que
obriga os Estados membros da Aliança a
contribuir com um instrumento militar acti- O NRP “Vasco da Gama” em trânsito para o Mediterrâneo.
vo, no esforço comum de defesa. A Opera-
ção Active Endeavour constitui, assim, uma Simultaneamente, o comandante do navio do Mediterrâneo Oriental, em particular,
resposta militar da NATO, sendo a compo- assumia o comando dos navios do Grupo as aproximações ao Canal do Suez, con-
nente naval da sua força conjunta, coman- Bravo, constituído pelas fragatas NRP “Vasco tribuindo para o reconhecimento de um
dada pelo Commander Naval Forces da Gama”, USS “Samuel B. Roberts”, ITS vasto panorama marítimo;
Southern Europe (COMNAVSOUTH). Esta, “Granatiere” e HDMS “Olfert Fisher”, sendo • Estar preparado para a proteger
por seu lado, integra em regime de rotação as este o primeiro grupo a efectuar o período navios mercantes valiosos ou transportan-
duas Forças Navais Oceânicas de Reacção de patrulha em rotação com o Grupo Alfa. do cargas perigosas;
Imediata da NATO, nomeadamente, a Entretanto, a “Vasco da Gama” manteve-se • Se hipoteticamente necessário – Estar
STANAVFORLANT e a STANAVFORMED, preparada para, a qualquer momento, poder preparado para exercer o controlo sobre a
para além de sub-componentes submarina, assumir as funções de navio-chefe alternati- navegação. Tal poderá implicar, caso seja
de guerra de minas e de aeronaves de patru- vo do COMSTANAVFORLANT. acordado e atribuído um mandato inter-
lhamento marítimo, bem como outros Esta missão consiste em estabelecer pre- nacional, a execução de vistoria e diver-
meios temporariamente atribuídos pelas sença naval no Mediterrâneo Oriental, a são da navegação mercante;
Nações contribuintes ou outras cooperantes, fim de demonstrar a determinação da • Se hipoteticamente necessário – Estar
designadamente, da França. NATO no combate ao terrorismo. Inclui, preparado para operar em áreas adjacentes,
É neste contexto que em 14 de Abril a também, uma vertente de suporte, apoian- designadamente, no Mar Vermelho;
STANAVFORLANT iniciou o seu 2º período do a VI Esquadra dos Estados Unidos em • Se hipoteticamente necessário – Estar
de participação na Operação Active operações na mesma área. preparado para executar missões do tipo
Endeavour, que se prolongou por um perío- As tarefas a efectuar pela força, ao Não-Artigo V / Operações de Resposta a
do de 3 meses. Assim, vinda directamente longo de uma área de cerca de 700.000 Crise, nomeadamente, de Assistência
de Lisboa, a “Vasco da Gama” dirigiu-se de milhas quadradas, incluem: Humanitária.
imediato para a área de patrulha atribuída, • Estabelecer presença naval; No período de 2 a 11 de Junho, o
nas aproximações ao Canal do Suez. • Vigiar a actividade marítima na área COMSTANAVFORLANT, Contra-Almirante
A fragata “Vasco da Gama” com a fragata francesa FS “La Fayette” em patrulha ao longo do Líbano.
12 SETEMBRO/OUTUBRO 2002 • REVISTA DA ARMADA