Page 43 - Revista da Armada
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O NRP “Álvares Cabral”
O NRP “Álvares Cabral”
no Comando da STANAVFORLANT
no Comando da STANAVFORLANT
A Marinha de Guerra Portuguesa,
assegura pela segunda vez o Coman-
do da Força Naval Permanente do
Atlântico (STANAVFORLANT –
SNFL). O comando desta força re-
presenta o empenhamento durante
o período de um ano, de Março de
2001 a Abril de 2002, das três fra-
gatas classe Vasco da Gama e de
um Estado-Maior Nacional com-
posto por 2 Oficiais, 7 Sargentos e
2 Cabos. Durante este período a
Força Naval participa em diversos
exercícios NATO, por forma a
manter o seu elevado estado de
prontidão.
A STANAVFORLANT no mar.
sta força representa a coesão e a N.R.P. “Álvares Cabral”. Comandado pelo obstante alguns danos superficiais, o
força dos seus estados membros Capitão-de-fragata Bonifácio Lopes, o navio atracou em Port Caneveral em 11
E servindo a Aliança em toda a sua navio largou de Lisboa em 28 de de Março de 2001.
magnitude. Em média, a força navega Fevereiro de 2001, com destino à Base Após reparar os pequenos danos causa-
cerca de 50,000 milhas por ano Naval de Mayport, na Flórida. dos pelo mau tempo, o navio integrou a
cumprindo um exigente programa de O navio escalou ainda os portos de STANAVFORLANT. A Força largou de
treino, desenvolvendo novas tácticas e Ponta Delgada e de Port Caneveral antes Port Caneveral em 13 de Março de 2001
adaptando-se às exigências dos novos de atracar no porto previsto para a entre- para integrar o exercício JTFEX. No
cenários de operações militares que não ga de comando da STANAVFORLANT entanto e devido à avaria do motor de
de guerra (Military Operations Other Than dos EUA para Portugal. Foi neste trânsito estibordo ( artigo já publicado na RA), foi
War - MOOTW), incluindo as missões que começaram os desafios para toda a equacionada a interrupção da partici-
humanitárias e de gestão de crises. Como guarnição pois a intempérie apoderou-se pação do NRP “Álvares Cabral” neste
resultado, a força escala diversos portos do mar e dificultou os anseios de todos os exercício, por forma a garantir o seu
Europeus, do Norte de África e dos que ali navegavam para chegar a porto aprontamento para as futuras funções de
Estados Unidos da América. seguro. Como mostra a carta de tempo de navio-chefe.
Neste Comando da STANAVFORLANT, 7 de Março de 2001, o tempo exigiu uma Superiormente decidido, a nossa fragata
o primeiro navio da nossa Marinha a ser navegação cuidada e um roteamento por- atracou em Mayport a 15 de Março de
empenhado como navio-chefe foi o menorizado para cumprir a missão. Não 2001 e iniciou tanto os preparativos para
a desmontagem e posterior reparação do
motor de estibordo, como a entrega de
comando a realizar dia 30 de Março de
2001.
Na referida data, o Comodoro
Fernando José Ribeiro de Melo Gomes
recebeu, das mãos do Comando
Supremo Aliado para o Atlântico,
General William F. Kernan, o comando
da mais antiga e prestigiada Força de
Reacção Imediata da NATO (Immediate
Reaction Force). O Comodoro Melo
Gomes foi empossado como o 34º
comandante operacional da Força Naval
Permanente do Atlântico. Esta força é
composta por 8 a 10 navios do tipo fra-
gata ou destroyer, provenientes dos paí-
ses membros de litoral Atlântico. Desde
Janeiro de 1968, data da sua primeira
activação, Portugal tem contribuído regu-
Cerimónia de entrega de comando vendo-se ao fundo o Comodoro Melo Gomes e a seu lado Lisa Bronson, larmente com os seus meios navais e
Deputy Assistant Secretary of Defense European and NATO Affairs. humanos.
REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2002 5