Page 273 - Revista da Armada
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CMG Ferreira Neto em treino.       CMG Alvarenga Rua em competição.  CFR Allen treinando ar comprimido no Estádio Nacional.
         Comité Olímpico. Na Escola Naval, tenho  – onde participaram as selecções de Portu-  gíria, que tinha «pontaria», e me fez então
         prestado especial atenção à formação dos  gal, Espanha, França, Bélgica, Itália, Romé-  gostar de atirar ao alvo. Em 1973 inscrevi-
         futuros oficiais fuzileiros, no que respeita  nia e Grécia – em Lisboa, e que venci com  -me no CEFA para integrar a equipa de
         ao domínio dos fundamentos do tiro para  561 pontos, marca que constituiu Recorde  Tiro de Pistola da Marinha, começando
         espingarda e pistola.              Nacional e se manteve incólume durante  pouco depois a competir.
                                            uma década.                          A minha carreira desportiva teve ajudas
         CMG Mário Manuel da Fonseca          De uma forma resumida descrevo par-  importantes, não podendo deixar de desta-
         Alvarenga Rua                      ticularmente a disciplina de pistola livre  car a importância da criação de uma carrei-
         56 anos, na Reserva da Armada      como uma modalidade de elevado grau  ra de tiro no CEFA, para além dos apoios
                                            de dificuldade, elegante, serena, exigente  em material para fazer tiro.
           Tudo começou aos oito anos com a mi-  no campo da preparação técnica e mental,   Tenho ainda presente os Recordes Na-
         nha pressão de ar, e mais tarde na caça às  mas também muito gratificante.  cionais que bati, os Campeonatos Ibéricos
         rolas com os meus tios no Ribatejo. Depois   Hoje encontro-me fora das lides do tiro,  que ganhei, um 10º lugar na Taça do Mun-
         da Guiné, em 1971, e até para descontrair  mas conservo – assim como em relação à  do em Zurique, e que me permitiu obter
         dessa comissão, iniciei a prática do tiro  Marinha – uma forte relação sentimental,  os mínimos para os Jogos Olímpicos – aos
         desportivo. Em Setembro de 1972 partici-  não esquecendo os benefícios usufruídos  quais não pude infelizmente comparecer
         pei na minha primeira prova internacional:  pela sua prática, para além das boas ami-  por motivo de lesão – e ainda o máximo
         o campeonato do CISM no Egipto.    zades forjadas no seu seio.        nacional de 585 pontos na modalidade de
           Não me posso esquecer do apoio que                                  ar comprimido, marca fora de comum
         a Marinha me proporcionou em material  CFR Guilherme Eduardo          para a época.
         para atirar, bem como todas as facilidades   Trigo Allen                Aconselho vivamente este desporto a
         para as deslocações a nível nacional e in-  61 anos, Reformado        todos aqueles que pretendem esquecer
         ternacional.                                                          e desanuviar a pressão diária, combater
           Recordo em especial a prova de pisto-  Tudo começou na Escola de Fuzileiros  a agressividade, para além de constituir
         la livre realizada em 18 de Maio de 1985,  em 1966, durante o curso de Fuzileiro Es-  um saudável desvio de uma arma para
         por ocasião do Torneio das Nações Latinas  pecial. Foi aí  que descobri, como se diz na  fins desportivos.


























         1TEN OT Oliveira Neves em competição.  1SAR FZ Henrique Madail em prova 1977 (1º a contar da esquerda).
                                                                                     REVISTA DA ARMADA U AGOSTO 2004  19
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