Page 264 - Revista da Armada

2.ª GERAÇÃO grade do SICC da 1.ª geração instalado
no N.R.P. “Afonso Cerqueira” para um
Mais tarde, quando o Governo Portu- SICC da 4.ª geração, sendo este, desde
guês decidiu aprovar a construção das então e até à presente data, o navio da
fragatas da classe “Vasco da Gama”, a Marinha Portuguesa com o sistema de
Marinha não teve qualquer dúvida em comunicações mais avançado.
eleger a EID como responsável pela in-
tegração dos sistemas de comunicações.
Este Contrato, assinado em 1987, pro- 5.ª GERAÇÃO
porcionou a primeira evolução do SICC O desenvolvimento da actual versão
- a 2ª geração - e lançou tanto o sistema, – SICC - 5.ª geração – iniciou-se em 1997
como o seu fabricante, definitivamente, com a assinatura de contrato com a Mari-
para o mercado internacional, suscitan- nha Real Holandesa para o fornecimento
do um crescente interesse por parte das de quatro sistemas para equipar as Fraga-
marinhas militares à medida que foi sen- tas Classe “De Zeven Provinciën”. Nesta
do conhecido. nova versão destaca-se a introdução do
conceito de sistema multi-nó, de arqui-
3.ª GERAÇÃO LPD “Rotterdam”, equipado com o SICC - 3.ª Geração tectura flexível, que permite soluções com
(Marinha Real Holandesa).
Os primeiros clientes internacionais fo- um único ou vários nós de comutação (to-
ram a Marinha Espanhola e os estaleiros pologia malhada ou em anel). Esta evolu-
espanhóis da E. N. Bazán, actual Navantia ção correspondeu também à integração
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(ex-IZAR), que contribuíram para um au- de componentes BGA , concepção de
mento significativo das oportunidades de novos bastidores, integração do módulo
exportação. O primeiro navio da Arma- de Gestão de Frequências e interface para
da Espanhola a ser dotado com o sistema o Sistema de Combate.
integrado de controlo de comunicações Nesse mesmo ano a Marinha Real Ho-
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foi o AOR “Patiño”, tendo tal facto, em landesa adquiriu mais dois sistemas para
1987, contribuído para a segunda evolu- equipar os navios Hidrográficos e mais
ção do SICC - a 3.ª geração – salientan- tarde, já em 2003, adquiriu um novo Sis-
do-se nesta nova versão a integração de tema para equipar o LPD “Johan de Witt”,
uma Workstation com interface Homem- tendo sido este o último sistema fornecido
Máquina gráfico baseado em windows e pela EID à Marinha Holandesa.
a introdução da capacidade de Gestão de Também em 1997, a EID assinou mais
Planos de Comunicações (ComPlans). um contrato com a Armada Espanhola,
Rendidos às capacidades de gestão, Porta Helicópteros “Chakri Naruebet”, equipado com o desta feita para o fornecimento de qua-
automação e facilidade de operação do SICC - 4.ª Geração (Marinha Real Tailandesa). tro SICC’s - 5.ª geração - para equipar as
SICC, a Armada Espanhola decidiu alar- Fragatas da classe “Álvaro de Bazán”, as
gar a instalação deste sistema a outros conhecidas F100.
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vasos de guerra, nomeadamente no LPD Entretanto, atenta à dinâmica e evo-
“Galicia” (1995) e Porta-aviões “Príncipe lução do mercado mundial na área das
de Astúrias”, Caça Minas da classe “Se- comunicações, e como reconhecimen-
gura” e LPD “Castilla” (1996). to da qualidade, capacidades funcionais
Foi ainda com esta versão que, em e desempenho do Sistema Integrado de
1995, a EID ganhou o concurso público Controlo de Comunicações produzido
para o fornecimento de um SICC para ins- pela EID, com provas dadas no teatro
talação no LPD “Rotterdam” da Marinha de operações, nomeadamente em exer-
Real Holandesa, tendo tal facto marcado cícios e operações navais internacionais
o início das relações comerciais entre a em que participavam unidades navais de
EID e a Marinha Real Holandesa e a sua nacionalidade portuguesa, espanhola e
preferência pela solução nacional em Fragata Classe “De Zeven Provinciën”, equipada com o holandesa, equipadas com este siste-
termos de comunicações navais em de- SICC - 5.ª Geração (Marinha Real Holandesa). ma, a Marinha Real Inglesa decide, em
trimento de outras soluções existentes no 2001, proceder à aquisição de quatro
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mercado, situação essa que se mantem sistemas para instalação nas FOPV’s
até à presente data. Classe “River”. Dá-se assim a entrada da
EID no mercado britânico, considerado
4.ª GERAÇÃO um dos mais conservadores e de difícil
penetração, principalmente numa área
Entretanto, em 1994, a realização de tão sensível como é o caso das comu-
um Contrato com a Marinha Real Tai- nicações navais. Mais tarde, em 2002
landesa tendo em vista o fornecimento e 2005, a Marinha Inglesa adquire mais
de um Sistema Integrado de Controlo quatro sistemas para equipar as LSD(A)
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de Comunicações para equipar o por- classe “Bay” e um para o OPV(H) , res-
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ta helicópteros “Chakri Naruebet” mar- Fragata da classe “Álvaro de Bazán”, equipada com o pectivamente. Tal facto constituiu mais
cou o início do desenvolvimento da 4.ª SICC - 5.ª Geração (Armada Espanhola). um motivo de orgulho e uma importan-
geração do SICC. A nova geração apre- também de realçar a possibilidade de se efec- te conquista para a empresa portuguesa, pois
senta como elementos inovadores o facto da tuarem até nove comunicações simultâneas viu uma vez mais reconhecido, a nível inter-
comutação e transmissão ser totalmente digital por utilizador e proceder-se a reconfiguração nacional, a qualidade do seu produto, mais
e configurável até 2 nós de comutação. Pela automática das ligações. ainda por um cliente tão exigente como é o
primeira vez é utilizada fibra óptica, sendo Em 1997, a Marinha Portuguesa fez o up- caso da Royal Navy.

10 AGOSTO 2006 U REVISTA DA ARMADA