Page 265 - Revista da Armada
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É, também, com esta versão que, em                                       área das comunicações navais, bem como
         2005, a EID cruza o Atlântico e chega à                                    para ultrapassar a inexistência de capaci-
         Marinha Brasileira com a venda de mais                                     dade no actual sistema para dar resposta
         um SICC - 5.ª Geração, neste caso para                                     à crescente necessidade de instalação de
         equipar a Corveta “Barroso”.                                               novos equipamentos rádio associados
           Já durante o corrente ano, a EID assinou                                 à implantação de novos serviços, à im-
         mais um contrato com a Armada Espanho-                                     plementação de novos requisitos opera-
         la para o fornecimento de um SICC para                                     cionais e contornar alguns problemas de
         equipar o Buque de Proyección Estratégica                                  obsolescência logística.
         (BPE), actualmente em construção nos es-
         taleiros navais de Navantia, Espanha.                                      NOTAS FINAIS
           No quadro a seguir são indicados os di-
         ferentes sistemas exportados pela EID até   FOPV Classe “River”, equipada com o SICC - 5.ª Geração   Fazendo uma retrospectiva da indústria
         à presente data.               (Marinha Real Inglesa)                      de defesa nesta área tecnológica nos anos
           Entretanto a Marinha Portuguesa conti-                                   oitenta, e comparando-a com a realidade
         nua a manter total confiança e preferên-                                    actual, verifica-se, principalmente na área
         cia pelo SICC produzido pela EID, não                                      das comunicações navais, um crescimen-
         só porque é um produto totalmente de-                                      to significativo, bem como a sua implan-
         senvolvido por uma empresa nacional,                                       tação e reconhecimento no mercado in-
         como também, e mais importante, por ser                                    ternacional.
         um produto de qualidade, fiável e já uma                                     O SICC, totalmente desenvolvido pela
         referência a nível internacional.                                          indústria nacional, desde a sua concep-
           Por isso, a Marinha Portuguesa apos-                                     ção e desenho, passando pela produção
         tou uma vez mais nesta empresa para a                                      e instalação, é, definitivamente, um pas-
         concepção, construção e  instalação do                                     so em frente nas comunicações navais a
         SICC - 5.ª geração, nos navios-patrulha   SICC - 5.ª Geração, NPO Classe “Viana do Castelo”, durante   bordo de um navio de guerra. Baseado
         da classe “Viana do Castelo”. Os sistemas   realização provas em Fábrica.  na sólida experiência da EID na área das
         foram adquiridos em 2003, tendo as provas de  para o 1º navio estão agendadas para Dezem-  comunicações navais, o SICC é uma realidade
         fábrica decorrido em 2004 e 2005. Entretanto  bro de 2006.            com provas dadas e vasta aceitação e reconhe-
         os sistemas foram entregues aos ENVC , aguar-  s 3UBMARINOS 0.     DOIS SISTEMAS  !S PRO-  cimento internacional, graças às suas extraordi-
                                    9
         dando-se o aprontamento dos navios de modo  vas de fábrica do sistema para o 1º navio estão  nárias e únicas capacidades.
         a dar-se início as actividades de colocação em  previstas para Junho de 2007.  A aposta da Marinha Portuguesa, não só no
         serviço dos sistemas a bordo.        O Navio Polivalente Logístico e as fragatas que  projecto de desenvolvimento de um sistema
           Foram também adquiridos pela Marinha Por-  venham a substituir as da Classe “C. João Belo”  integrador das comunicações de bordo, como
         tuguesa, em 2005, os sistemas para equipar as  constituem novas possíveis oportunidades de  também na empresa/grupo de empresas que na
         seguintes unidades navais:         instalação dos Sistemas Integrados de Controlo  altura aceitaram esse desafio, foi o primeiro passo
           s . 2 0  h!LM  'AGO #OUTINHOv  CUJA INS-  de Comunicações produzidos pela EID.   nesta já longa caminhada de sucesso. Mais tar-
         talação está prevista ser realizada durante o   Está também nos planos da Marinha Portu-  de, a construção das Fragatas da Classe “Vasco
         actual período de reconversão desta impor-  guesa efectuar o upgrade do SICC - 2.ª Gera-  da Gama”, equipadas com um SICC da 2.ª Gera-
         tante unidade naval.               ção instalado nas fragatas da Classe “Vasco da  ção, e posteriormente a sua participação em exer-
           s .AVIOS PATRULHA E DE #OMBATE Ì 0OLUI ÎO   Gama”, de modo a acompanhar a evolução tec-  cícios NATO, foram acontecimentos marcantes
         dois sistemas. As provas de fábrica do sistema  nológica e os novos desafios que se colocam na  que contribuíram de forma decisiva e inequívo-
                                                                               ca, para o lançamento das comunicações navais
           Marinha  ANO       Classe/UN     SICC 3.ª Geração  SICC 4.ª Geração  SICC 5.ª Geração  portuguesas no mercado internacional.
                                                                                 Também foi determinante neste processo a
                   1987  A.O.R. “Patiño”        1
                                                                               estratégia empresarial de se manter na linha da
                   1995  LPD “Galicia”          1
                                                                               frente em termos tecnológicos: talvez neste fac-
                        Porta-aviões            1                              to resida a chave do seu sucesso no que respeita
                        “Príncipe de Astúrias”
                   1996  Caça Minas da classe   4                              à integração dos sistemas de comunicações. A
                        “Segura”                                               EID é, actualmente, considerada uma empresa
          Espanhola     LPD “Castilla”.         1                              de referência a nível internacional, facto com-
                                                                               provado pela já importante carteira de clientes,
                        Fragatas da classe
                   1997                                                4
                        “Álvaro de Bazán”                                      um motivo de orgulho, sendo as suas vendas
                        2ª série dos Caça Minas da                             no mercado externo um factor de afirmação
                   1997                                                2
                        classe “Segura”                                        nacional, para além duma importante fonte de
                        Buque de Proyección                                    entrada de divisas.
                   2006                                                1
                        Estratégica (BPE)                                                                      Z
                   1995  LPD “Rotterdam”        1                                               Luís Moita Rodrigues
                        Fragatas da classe                                                                CFR EMA
                   1997                                                4
          Holandesa     “De Zeven Provinciën”
                                                                               Notas
                   1997  HOV’s                                         2         1  Empresa de Investigação e Desenvolvimento de
                   2003  LPD “Johan de Witt”                           1       Electrónica, SA
                                                                                 2  Centrel, Standard Eléctrica Portuguesa e Plessey
                   2001  FOPV classe “River”                           3
                                                                               Automática Eléctrica Portuguesa
           Inglesa  2002  LSD(A) classe “Bay”                          4         3  Auxiliary Oiler and Replenishment Ship
                   2005  OPV(H)                                        1         4  Landing Platform Dock
                                                                                 5  Ball Grid Array, Semiconductor
          Brasileira  2005  Corveta Barroso                            1
                                                                                 6  Future Offshore Patrol Vessel
                        Porta helicópteros                                       7
          Tailandesa  1994                                  1                     Landing Ship Dock (Auxiliary)
                        Chakri Naruebet                                          8  Offshore Patrol Craft (Helicopter)
         Quadro resumo com sistemas exportados pela EID desde 1987.              9  Estaleiros Navais de Viana do Castelo
                                                                                     REVISTA DA ARMADA U AGOSTO 2006  11
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