Page 22 - Revista da Armada
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NOVO LIVRO DO COMANDANTE ESTÁCIO DOS REIS
ntegrado no Colóquio Jornadas do Mar, Seguidamente o Comandante esclareceu José Marques, que ás tantas deu por si na fábrica
em 13 de Novembro, dia da abertura so- que as razões que o levaram a escolher a má- de Boulton & Watt, em Birmingham, onde se
Ilene do evento, realizou-se na Escola Na- quina a vapor quando o seu tema favorito é a fizeram as primeiras máquinas a vapor para fins
val a apresentação do livro, editado industriais. De facto Marques tinha ido
pela Comissão Cultural da Marinha, especializar-se em máquinas a vapor
com o título “ Gaspar José Marques naquela importante fábrica a fim de
e a Máquina a Vapor. Sua introdução seguir para o Brasil dado que, Sousa
em Portugal e no Brasil”, da autoria Coutinho tinha promovido a aquisição
do CMG António Estácio dos Reis. de uma dessas máquinas para cunhar
A cerimónia foi iniciada pelo moedas. E, como esta nova técnica era
CALM Leiria Pinto, Presidente da Co- completamente desconhecida no país,
missão Cultural, que deu a conhecer fez com que Marques se preparasse
o motivo da publicação da obra, após para ser o encarregado da máquina
o que se referiu aos dados biográficos quando instalada na Casa da Moeda
do autor do livro, tendo enumerado do Rio de Janeiro. A máquina acabou
os seus diversos trabalhos por se perder, por encalhe do navio
e sublinhado o facto do que a transportava, conforme informou
Comandante Estácio ser o comandante Estácio, mas o inciden-
reconhecido como um es- História da Náutica, em especial, te deu motivo para que ele escrevesse esta obra
pecialista a nível nacional e os instrumentos náuticos, foi a sobre a introdução da máquina a vapor no Bra-
internacional na área dos leitura de um discurso proferido sil, em 1815 e se ocupasse das primeiras que
globos celestes e terrestres em 1798, pelo Ministro da Mari- foram fabricadas no Portugal europeu.
e dos astrolábios, tendo nha, D. Rodrigo de Sousa Couti- No fim da cerimónia foi apresentado, a fun-
contribuído decisivamen- nho, através do qual veio a saber cionar, um modelo de máquina a vapor fabri-
te para que esteja expos- que dois aprendizes tinham ido cado há cerca de século e meio por António
to no Museu da Marinha especializar-se em Inglaterra no Maria Martins, um aprendiz do Arsenal de Ma-
a maior colecção, a nível fabrico de instrumentos náuticos rinha que veio a ser maquinista naval chefe da
mundial, destes instrumen- e científicos. E foi ao seguir o ras- Armada Portuguesa.
tos náuticos. to de um deles, de nome Gaspar (Ver ainda sobre este assunto a pág. 2 desta revista)
(Colaboração do Comando da Escola Naval)
Entrega de prémios do CNOCA no NRP “Sagres”
Entrega de prémios do CNOCA no NRP “Sagres”
ealizou-se a bordo do gação entre a náutica de recreio e a Marinha. prémios ao veterano sócio do CNOCA, Cte
NE “Sagres”, no dia A entrega dos mais de 50 prémios divididos Sales Grade, bem como os quatro prémios
R10 de Novembro, na pelas diversas classes de vela das duas provas, atribuídos aos novos valores do clube, os ca-
Doca da Marinha, a já tra- foi precedida de uma breve alocução do pre- detes da EN e os filhos de sócios a frequentar
dicional cerimónia de entrega de prémios re- sidente da direcção, CFR Manuel Domingues, a escola de vela.
ferentes às regatas de vela de maior tradição onde, fazendo referência às provas em questão, Já na vela de cruzeiro, de registar a presen-
organizadas pelo ça nas provas de
Clube Náutico dos alguns sócios pro-
Oficiais e Cadetes prietários de embar-
da Armada (CNO- cações, assim como
CA), concretamen- do “Vega”, “Bela-
te as provas do Dia trix”, “Canopus” e
da Marinha 2006 dos “Beneteau 25”.
e do 57º Festival Um destes últimos,
Náutico. com tripulação de
A cerimónia, a cadetes, alcançou
que antecedeu um mesmo um honroso
jantar, contou com 1º lugar em ANC-E,
a presença do CEMA, Almirante Melo Gomes, no Festival Náutico, contribuindo para uma
assim como outras altas individualidades da presença significativa da Marinha no seio da
Marinha, além do Presidente da Federação vela recreativa e de competição.
Portuguesa de Vela, Dr. Pedro Beckert e alguns O “fim de época” antecipado, aguardado com
presidentes ou dirigentes de clubes e associa- expectativa pela comunidade náutica, já é tradi-
ções envolvidos nas regatas do CNOCA. Foram cionalmente marcado por este evento, possível
também presença desta cerimónia represen- graças ao posicionamento da Marinha no apoio
tantes de algumas instituições que apoiaram o às actividades do clube, bem como ao NRP “Sa-
clube na organização dos seus eventos, como gres”, a quem publicamente se agradece, pelo
o Santander-Totta e o grupo Sumol. agradeceu a presença das diversas entidades e empenho na preparação desta cerimónia, alvo de
Estiveram presentes mais de 200 velejadores a sua colaboração com o clube, permitindo a fortes elogios pelos diversos velejadores.
e convidados, criando um excelente momento realização dos objectivos do clube. Z
de confraternização, fortalecendo os elos de li- Na vela ligeira salienta-se a entrega de dois (Colaboração da Direcção do CNOCA)
20 JANEIRO 2007 U REVISTA DA ARMADA