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N.R.P. “ Cachalote”
                                     N.R.P. “ Cachalote”

                                                 (1969 – 1975)

               história dos pri-                                                            da Classe Albacora.
               meiros Submari-                                                                Assim, quando o “Alba-
         A  nos Portugueses                                                                 cora” atingiu o tempo para
         dignos desse nome come-                                                            iniciar a GR, o Arsenal ain-
         ça no dia 24 de Setembro                                                           da não estava preparado
         de 1964, data em que foi                                                           para o receber, o que vai
         assinado o contrato de                                                             acontecer também com os
         aquisição de 4 submari-                                                            restantes submarinos.
         nos e 4 fragatas a França.                                                           A solução passou por
         “Albacora”, “Barracuda”,                                                           mandar o “Albacora” fa-
         “Cachalote” e “Delfim”                                                             zer a GR em França, o
         que iriam constituir a 4ª Esquadrilha de Submarinos.  “Barracuda” fazer a GR no Arsenal do Alfeite e dos restantes
           O N.R.P.”Cachalote” (S165) foi o terceiro submarino da Classe  optou-se por fazer aguardar o “Delfim” e vender o “Cachalote”
         Albacora, construído no Estaleiro Francês “Ateliers Dubigeon –  a França que por sua vez o vendeu ao Paquistão.
         Normandie, em Nantes.                                 Em condições normais, era perfeitamente possível ao Arse-
           Em 27 de Outubro de 1966 foi assente a quilha, sendo lançado  nal do Alfeite manter os 4 submarinos dentro dos padrões re-
         à água em 16 de Fevereiro de 1968.                   queridos.
           Foi aumentado ao efectivo dos navios da Armada no dia 25   Ao longo de quase sete anos o “Cachalote” navegou 4974 ho-
         de Janeiro de 1969, e entrou o Tejo pela primeira vez em 25 de  ras, subiu o plano inclinado do Arsenal do Alfeite oito vezes e
         Maio de 1969                                                     teve seis Comandantes.
           Participou em vários exercícios nacionais e in-  Comandantes do   O “Cachalote” passou ao estado de desarma-
         ternacionais dos quais se destaca a colaboração no               mento a 17 de Outubro de 1974 e voltou ao estado
         exercício “Convex 71” com a Marinha Espanhola.   N.R.P. “Cachalote”  de armamento e lotações normais a 16 de Abril de
         No final deste exercício permaneceu em Cartage-  CTEN Gomes Nemésio  1975, para ser entregue ao Estaleiro.
         na onde deu instrução à guarnição do SPS “Del-  (25JAN69 – 02ABR71)  O N.R.P. “Cachalote” foi abatido ao efectivo
         fin” (S61), Submarino que deu nome á classe dos   CTEN Pereira Leite  dos navios da Armada no dia 29 de Outubro de
         Submarinos tipo “Daphné” da Marinha Espanho-  (02ABR71 – 12ABR73)  1975.
         la. (existe placa comemorativa deste evento na es-  CTEN Baptista da Silva  No mesmo ano, foi aumentado ao efectivo da
         quadrilha de Submarinos).                   (12ABR73 – 14DEZ73)  Marinha do Paquistão e baptizado com o nome
           Com a Bandeira Portuguesa o “Cachalote” vi-  CTEN Carmo Duro   “Ghazi” (S134). Foi equipado com mísseis Sub-
         sitou os Portos do Funchal, Plymouth, Cádis,   (14DEZ73 – 01JUL74)  -Harpoon e serviu a Marinha do Paquistão duran-
         Mahón (Minorca), Cartagena, Setúbal e Leixões   CTEN Colaço Cancela  te 31 anos, sendo desarmado e abatido ao efectivo
         e fundeou em Portimão, Sesimbra e Tróia.   (07MAI75 – 14AGO75)   no dia 2 de Janeiro de 2006.
           A decisão de vender o “Cachalote” ficou a de-                                                        Z
                                                    CTEN Esteves de Sousa
         ver-se ao atraso na resposta da cadeia logística   (14AGO75 – 29OUT75)                    Filipe de Almeida
         da Marinha à Grande Revisão dos Submarinos                                                         2TEN




                                  PRÉMIOS CNOCA 2008
                                   PRÉMIOS CNOCA 2008

              m 3 de Dezembro, a bordo do                                         ponibilizou para a realização deste tra-
              N.R.P. “Sagres” atracado em Al-                                     dicional jantar que une a comunidade
         Ecântara, realizou-se o tradicio-                                        da Náutica de Recreio e a Marinha.
         nal jantar e distribuição de prémios                                       No final do jantar, após algumas pa-
         das provas náuticas do CNOCA de                                          lavras do Presidente do Clube, CMG
         2008. A cerimónia, que foi presidida                                     ECN Bento Manuel Domingues, pro-
         pelo CALM Gonçalves de Brito, em                                         cedeu-se à entrega dos prémios de vela
         representação do Almirante Chefe do                                      ligeira e de cruzeiro do Dia da Marinha
         Estado-Maior da Armada, contou com                                       2008 e do 59º Festival Náutico e do pré-
         a presença de cerca de 220 convidados,                                   mio Comandante Victor Victorino, atri-
         incluindo representantes dos organis-                                               buído ao consócio Rogé-
         mos e entidades que têm apoiado o                                                   rio Chumbinho pela sua
         Clube, quer da Marinha como exter-                                                  participação e resultados
         nas, bem como os participantes das                                                  obtidos na modalidade
         diversas competições organizadas pelo CNOCA.                                        de “vela de cruzeiro”
           Apesar das condições meteorológicas desfavoráveis que se fi-                       durante o ano de 2007,
         zeram sentir durante toda a tarde, uma oportuna acalmia contri-                     correspondendo a uma
         buiu para que a cerimónia decorresse de forma exemplar, tendo                       deliberação assumida na
         recebido dos participantes os maiores elogios, graças ao empenho                    precedente Assembleia-
         do Comando do navio e da sua guarnição que, após um longo                           Geral de Sócios.
         período de ausência do país, em missão, de forma pronta se dis-                                       Z

         26  MARÇO 2009 U REVISTA DA ARMADA
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