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TOMADAS DE POSSE


                                           COMANDANTE DA FLOTILHA

         ¬ Realizou-se no passado dia 7 de Outubro,                           ro e o segundo escalão de manutenção da esquadra,
         no Gabinete do Comandante Naval no Palá-                             (…) bem como manter e se possível incrementar
         cio do Alfeite, a cerimónia da tomada de pos-                       Foto 1SAR FZ Pereira  uma estreita e profícua colaboração com todas as
         se do cargo de Comandante da Flotilha e de                           entidades da Marinha que directa ou indirecta-
         2º Comandante Naval, pelo CALM M Pires                               mente contribuem para melhorar o desempenho
         da Cunha, em substituição do CALM Perei-                             do produto operacional da Marinha – nomeada-
         ra da Cunha.                                                         mente, os navios, os submarinos, os helicópteros,
           A posse foi presidida pelo CN VALM Var-                            e os mergulhadores. (...)
         gas de Matos. Estiveram presentes o VALM                               (…) Por outro lado, será também uma das mi-
         Vilas Boas Tavares, VALM Carvalho Abreu,                             nhas principais preocupações o estudo e a elabo-
         bem como outros oficiais generais da Marinha, e oficiais superiores  ração de propostas conducentes à implementação de mecanismos que per-
         dos outros ramos das FA’s, bem como oficiais de diversas unidades  mitam a melhoria da vida a bordo, do bem-estar e da motivação do pessoal
         e militares que prestam serviço na Flotilha.         embarcado (… )  ”
           Das palavras do novo Comandante da Flotilha é de realçar: “…  No final o VALM CN, enalteceu a acção do Comandante anterior,
         Propomo-nos: continuar o desenvolvimento sustentado dos três pilares de  manifestou a sua confiança no novo Comandante e reafirmou a im-
         actuação da Flotilha, designadamente, o treino e avaliação, o apoio financei-  portância da Flotilha para a Marinha.

            O CALM Fernando Manuel de Macedo Pires da Cunha nasceu em Lisboa e entrou   fície e Anfíbias no CN (COMNAV). Esteve colocado no CINCIBERLANT (actual JC
          para a EN em 1974. Passou os primeiros anos de oficial,  a bordo do N.R.P. “Com. Ro-  LISBON), onde foi responsável pelas áreas da Guerra A/S e da GE, e ainda Adjunto
          berto Ivens” e do N.R.P. “Gen.Pereira D’Eça”. Após a especialização em A/S, foi Oficial   do Oficial responsável pelo planeamento dos exercícios de responsabilidade do IBER-
          A/S no N.R.P. “Alm. Magalhães Corrêa”, que esteve envolvido em exercícios nacio-  LANT, tendo estado envolvido no desenvolvimento do conceito dos exercícios do tipo
          nais, NATO e multinacionais, os da série JMC, OPEN GATE, OCEAN SAFARI, tendo   LINKED SEAS, que sucederam aos da série “GATE” que se baseavam em conceitos
          ainda participado na STANAVFORLANT (1982).          desenvolvidos durante o período da “guerra fria”. Em 1995 foi colocado como capi-
            Teve o primeiro comando no mar no N.R.P. “Zaire”. Foi Oficial Imediato do N.R.P.   tão dos portos de Vila Real de Santo António e de Tavira. Desempenhou funções no
          “Jacinto Cândido”. O segundo comando,  foi o N.R.P. “Com. Hermenegildo Capelo” e   EMA, primeiro como Adj. do Chefe da DIV. OP’s. para o Treino e Exercícios, e mais
                                                                                    o
          participou em exercícios nacionais, NATO e multinacionais, integrando a força da EU-  tarde como Chefe da DIV. OP’s. Foi 2  Comandante da Flotilha.
          ROMARFOR em duas das suas activações. Entre as várias missões, operações e exercí-  Frequentou vários cursos e aperfeiçoamentos: a especialização de Oficiais em A/S,
          cios, realça-se a de apoio à paz em Timor-Leste, durante processo da sua independência.   o curso de Combate à Droga, o curso de GE, o curso de Táctica e Operações Navais, o
          No principio de 2002, foi nomeado Chefe do EM do Grupo-tarefa nacional (POTG),   CGNG, o CCNG, o Curso de Promoção a Oficial General. No estrangeiro frequentou
          desempenhou as funções de Chefe do EM (CSO) do COMSTANAVFORLANT, quan-  o curso de Operações Anfíbias em Pool, e  o curso de Guerra no Mar (MWC) na HMS
          do a SNFL esteve empenhada na Operação Active Endeavour, de apoio ao combate   Dryad, ambos no Reino Unido. Frequentou o curso avançado de GE, e o curso de Aná-
          do terrorismo internacional. Foi instrutor de navegação e comandante de companhia   lise e Planeamento de GE, ambos em Oberammergau – Alemanha.
          na EN, e desempenhou as funções de Oficial responsável pelas Operações de Super-  Possui vários louvores e condecorações.


                                               DIRECTOR DE NAVIOS

         ¬ Realizou-se no dia 12 Dezembro na                                        O CALM ECN Francisco de Figueiredo e Silva
         Sala de Reuniões da Direcção de Navios,  Foto Júlio Tito                 Cunha Salvado é licenciado em Ciências Militares
         a cerimónia de tomada de posse do novo                                   Navais (EMN) na EN; Constructors Training Course
         Director de Navios, o CALM ECN Cunha                                     no Royal Naval Engineering College em Manadon,
         Salvado, em substituição do CALM EMQ                                     Plymouth; Msc (Master of Science) in Naval Arqui-
         Pais Loureiro. A posse foi presidida pelo                                tecture no University College London, (1º Classificado
                                                                                  “Distinction”); Submarine Design Course, University
         SSM, VALM Conde Baguinho, na presen-                                     Colege London.
         ça de Comandantes, Directores e oficiais                                    Participou em diversos Congressos e Cursos, de que
         de organismos que se relacionam com a                                    se salientam: Estágio na área de submarinos, no Admi-
         DN além do pessoal militar e civil da pró-                               ralty Research Establishment Dumfermline; Curso de
                                                                                  Análise e Concepção de Estruturas em Materiais Com-
         pria guarnição.                                       pósitos, INEGI; ALGOR ACUPAK Non-Linear Finite Element Analysys Course, Univer-
           Após a leitura da ordem, usou da palavra o novo Director de que se   sidade de Navarra, S. Sebastian; Curso Monográfico de Liderança, ISNG; CGNG, ISNG;
         realça: “ ... Os constrangimentos com que a DN se depara são conhecidos. O   Curso de Gestão de Recursos Humanos, Vector Liderança, EF, (1º Classificado); CGNG,
         país e a sua Marinha têm o direito de esperar “the best value for money”, de   ISNG (1º Classificado); Ship’s Project and Maintenance Management Course, do Royal
         cada euro que entrega às suas Forças Armadas. E será da minha responsabili-  Institution of Naval Architects, Londres. Chefiou os Serviços de Máquinas e LA dos NRP’s
                                                               “Com. Sacadura Cabral”, “Honório Barreto” e “Oliveira e Carmo”; Engº do GE/DGMN;
         dade providenciar para que esse princípio seja zelosamente seguido...”  Engº Naval da Divisão de Estudos e Projectos (DEP), AA; Chefe da DEP (AA); Perito
           No final e das palavras do VALM SSM refere-se:       ECN da DGAM e Capitania do Porto de Lisboa; Chefe do Depart. de Construções, DN;
           “... Com efeito, uma das envolventes com que terá de lidar será a nova realidade   Chefe da Equipa de Projecto do NPO; Director de Gestão de Projectos e vogal do conse-
         resultante do processo de empresarialização do AA. Ainda que não conheçamos,   lho de administração do AA. É Professor Convidado da Licenciatura em Engª Mecânica
                                                               e Industrial da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL e Consultor.
         por agora, os exactos contornos dessa realidade, sabemos que o relacionamento   Participou no restauro da fragata D. Fernando II e Glória; Projecto de Lanchas de 20m
         da Marinha através da DN  com essa nóvel empresa será diferente do actual. No   em PRFV para a Guiné-Bissau; Coordenação do projecto das LFR “Centauro”; Lanchas
         entanto, é suposto que após um curto período de adaptação os resultados sejam   da PM de Macau; colaboração em mais de vinte projectos de embarcações, militares e ci-
         globalmente benéficos para a materialização tempestiva e com qualidade dos pla-  vis, salientando-se entre outros uma lancha rápida de salvamento e combate a incêndios
         neamentos de manutenção e das actividades de reparação naval. No que concerne   para o Aeroporto de Macau; estruturas navais para o Pavilhão do Conhecimento dos
                                                               Mares da EXPO 98; acessoria à Marinha Real de Marrocos; Peritagem a um naufrágio
         à complexidade e ao esperado acréscimo de tramitação processual que a recente le-  para um Tribunal Arbitral e um projecto de uma comporta para Doca Seca.
         gislação de contratação pública exige, julgo que haverá alternativas a explorar no   Foi Coordenador do Colégio de Engenharia Naval da Região Sul da Ordem dos En-
         sentido de obviar a tal complexidade ou, pelo menos a minimizá-la (…).   genheiros; Participou na Comissão de Acreditação do Curso de Engenharia Naval do
           Outra das envolventes é a que se relaciona com os novos meios e a sua integração   IST. Colabora regularmente com a Revista de Marinha.
                                                                Tem diversos louvores e condecorações.
         na Marinha e, consequentemente, no Sistema de Gestão da Manutenção...”
                                                                                      REVISTA DA ARMADA U MARÇO 2009  21
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