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Navio reabastecedor “Bérrio” em operação de reabastecimento. Delegação do Tribunal de Contas.
cional, permitindo exercitar a doutrina e os força no âmbito multinacional e respeitando rícias necessárias à utilização das unidades
procedimentos, testar a interoperabilidade e um conceito de emprego definido pelo CTG. segundo aquele mesmo conceito. Repare,
treinar a integração. As séries visaram o desenvolvimento das pe- que tudo se desenvolve ao longo de uma li-
O papel da SNMG1 inseriu-se ainda no nha de pensamento e de planeamento con-
conceito de emprego atrás definido, consti- sequentes.
tuindo aquela força o designado “grupo de Durante o período de mar, e como é também Uma palavra de realce para a presença do
protecção”. Ainda naquele contexto, progra- hábito nestas ocasiões, foi possível acolher a vi- reabastecedor de esquadra, o NRP “Bérrio”,
sita de um distinto grupo de convidados civis,
maram-se exercícios de integração das dife- na circunstância, juízes pertencentes à estrutura que veio permitir recuperar uma capacida-
rentes unidades – aéreas, submarinas e de superior do Tribunal de Contas, delegação lide- de, e dar um treino (RAS) de que a esquadra
superfície –, visando a construção de um pa- rada pelo Juiz Conselheiro João Ferreira Dias estava bastante necessitada.
norama em profundidade numa mesma rede que foram acompanhados na sua deslocação a Por último, saiba o leitor que o exercício
RMP, e testar a consistência do fluxo e da bordo pelo CMG AN Silva Duarte (DAR). Além INSTREX 0109 se realizou entre os passados
qualidade da informação, desde a detecção da normal demonstração naval, o CTG, CMG dias 9 e 13 de Fevereiro, tendo envolvido cer-
inicial – pelo MPA / SSK – até ao “utilizador Sousa Pereira, fez uma pequena apresentação ca de 1000 militares, contabilizando apenas
final” – navios que faziam as intercepções e que focava a utilidade prática das opções e da os efectivos embarcados.
as abordagens (FS). forma de emprego dos meios navais, realçando Z
Em suma, desenhámos o exercício para en- vertentes como a transparência e o custo-efi- Luís Sousa Pereira
cácia, muito em linha com o teor que também
quadrar a missão da POTG num contexto de pretendi imprimir ao presente artigo. CMG
legitimidade internacional, de projecção de COMPOTG
COMBATE À POLUIÇÃO DO MAR
EXERCÍCIO “BAÍA DE CASCAIS 2009”
¬ÊRealizou-se no dia 1 de Março, por oca- semi-rigidas da Polícia Marítima, duas viatu-
sião do Dia Internacional da Protecção Civil, ras TT e dez agentes da Polícia Marítima que
o exercício “Baía de Cascais 2009”, conjun- tiveram, no seu conjunto, como missão a esta-
to entre a Câmara Municipal de Cascais e a bilização, evacuação de feridos, o combate à
Capitania do Porto de Cascais, que visou trei- poluição e a segurança das operações.
nar a resposta e a articulação dos meios de As operações de combate à poluição do mar
protecção e socorro, face a uma colisão entre duraram quase duas horas e usaram a técni-
uma embarcação de recreio e uma embarca- ca da bolha para contenção e recolha do po-
ção de pesca na Baía de Cascais. luente: a barreira foi rebocada para o local da
Além da Marinha/Autoridade Marítima, mancha e envolveu a embarcação de pesca e
participaram a Câmara Municipal de Cascais, a mancha poluente; a barreira foi fechada em
através do Serviço Municipal de Protecção torno da mancha e foi rebocada para junto do
Civil, as corporações de bombeiros do Con- tivou o Plano Mar Limpo no 3º grau de pron- cais, onde um recuperador recolheu o poluen-
celho, o INEM, a PSP, a Polícia Municipal, a tidão, coordenando e dirigindo as operações te para um tanque portátil. A EMAC recebeu
Empresa Municipal de Ambiente de Cascais de salvamento marítimo e de combate à po- então os resíduos e transportou-os para local
(EMAC) e serviços de Acção Social. luição do mar, nas quais contou com o apoio adequado até à sua eliminação definitiva.
Da colisão resultaram diversos feridos e do Serviço de Combate à Poluição do Mar por Apesar de ser um pequeno exercício, o
um queimado, e derrames de combustível Hidrocarbonetos (SCPMH). O SCPMH este- “Baía de Cascais 2009” mostrou como é de-
e óleo lubrificante, hidrocarbonetos que fo- ve presente com 10 dos seus 20 efectivos, a terminante a cooperação entre a Autoridade
ram, como é usual nestes exercícios, simula- semi-rígida “Benavente”, 40 m de barreiras Marítima e as autarquias locais em operações
dos por pipocas. de estuário, um recuperador VIKOVAK e um de socorro, e como se adaptam as técnicas de
Uma vez dado o alerta da colisão e activa- tanque portátil, e ainda dois veículos pesados combate à poluição do mar às circunstâncias
da a operação de socorro marítima, dirigida e três veículos ligeiros, para transporte do ma- concretas.
pelo capitão de porto de Cascais, esta Au- terial e do pessoal. Participaram, também as Z
toridade Marítima Local accionou os meios embarcações Salva-Vidas “SR6” e “Nossa Sr.ª CMG ECN Jorge Silva Paulo
necessários para o salvamento marítimo e ac- da Conceição”, e os seus sete tripulantes, duas Chefe do SCPMH (DGAM)
REVISTA DA ARMADA U ABRIL 2009 11