Page 194 - Revista da Armada
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esperado (impacto do míssil no alvo) confirman-  das, inclusive aquando do embarque de equipas  (holandesa), controlada pelo navio, foi essencial
         do a operacionalidade.             holandeses para provas de outras áreas, com o  para assegurar que a área de segurança estava
                                            objectivo de aproveitar a experiencia e conhe-  livre de contactos pois a visibilidade era reduzi-
         PREPARATIVOS                       cimentos dos elementos embarcados.   da e a existência de alguns ecos falsos poderia
           Os preparativos foram fundamentais para o                           comprometer os requisitos de segurança.
         sucesso do disparo.                                                     Devido a uma avaria no primeiro drone, que
           Aproveitando o pouco tempo disponível, pois                         caiu no mar menos de um minuto após o lan-
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         ainda decorria o SARC3 plus , iniciámos os pre-                       çamento, foi necessário recorrer ao segundo
         parativos do material e o treino da equipa do                         que se encontrava pronto no hangar. Após o
         Centro de Operações para disparo do míssil: foi                       afastamento do alvo, a mais de 25 milhas, foi
                                                                                                           3
         analisado o funcionamento dos equipamentos                            iniciado o procedimento de countdown  tendo
         intervenientes, calibrando-os para a sua melhor                       a primeira fase da aproximação servido para
         performance, e foi testado todo o circuito de fogo                    efectuar a dryrun .
                                                                                           4
         desde o pressionar o botão de lançamento até à                           Após mais um momento ditado pela lei de
         passagem de informação paramétrica ao míssil;                         Murphy, quando um dos computadores utiliza-
         os preparativos da equipa de Centro de Opera-                         dos pela equipa de analise holandesa bloqueou
         ções iniciaram-se com a preparação das conso-                         na fase final de aproximação do alvo, introdu-
         las, das comunicações internas e dos registos, ter-                   zindo um inoportuno compasso de espera e im-
         minando com o lançamento propriamente dito.                           plicando que o drone fosse colocado a orbitar,
         O lançamento do míssil ocorreu no dia 3 de Mar-                       o míssil da célula nº12 foi disparado para inter-
         ço, seis dias após o final do plano de treino.                         ceptar o alvo tendo a ogiva de combate cum-
                                                                               prido a sua tarefa: disparo avaliado como KILL.
         CENÁRIO                                                               Este momento foi o culminar de um período
           O alvo utilizado no disparo foi um drone IRIS                       alargado de preparação e treino.
         PROP da firma grega EADS – 3 SIGMA AERO-                                  Operar com um navio com sistemas tecnolo-
         NAUTICS & ELECTRONIC SYSTEMS (foram insta-                            gicamente recentes, diferentes dos utilizados na
         lados a bordo dois alvos nos dias imediatamente                       Marinha Portuguesa e com grande nível de in-
         anteriores ao disparo). Estes drones são lançados                     tegração, tem exigido bastante da guarnição do
         do navio e são controlados de bordo, dispondo                         NRP “Bartolomeu Dias”. No entanto esta tem-
         de um transponder para permitir um posiciona-                         -se revelado à altura da tarefa cumprindo com
         mento muito rigoroso. A marinha holandesa uti-                        a expectativa de um bom desempenho.
         liza regularmente os serviços desta firma.                                                             Z
           O objectivo final do disparo foi a confirma-                                         (Colaboração do COMANDO
         ção da operacionalidade do sistema. Em conse-                                      DO NRP “BARTOLOMEU DIAS”)
         quência, o cenário foi preparado de acordo com                        Notas
         esse desiderato.                                                        1  Plano de treino sob a égide da equipa de avaliação e
           O roteiro de recolha de dados para análise,                         treino da marinha Holandesa.
         exigente, foi seguido na íntegra, sendo um dos                          2  Aspectos impeditivos de disparar o míssil.
                                                                                 3  Procedimento de contagem decrescente incluindo a
         no-go items  para o lançamento.                                       execução de todos os procedimentos de operação neces-
                 2
                                            EXECUÇÃO                           sário para efectuar o disparo e a inicialização dos registos
         TREINO                               O disparo foi levado a cabo numa área reser-  para recolha de dados.
           Tendo em conta que para a grande maioria da  vada a norte de Den Helder. Devido à altitude   4  O alvo encontra-se em aproximação e são simulados
         guarnição este foi o primeiro lançamento real de  de segurança necessária para o disparo do míssil   todos os procedimentos para disparo do míssil.
         um míssil a prioridade dada à sua preparação foi  Seasparrow foi necessário interditar alguns cor-  A reportagem sobre a chegada do navio e a visita do
         bastante elevada. Sendo assim todas as oportuni-  redores aéreos para ser possível a execução da   Ministro da Defesa Nacional será publicada no próxi-
         dades para treinar este lançamento foram utiliza-  série. A colaboração de uma aeronave Lear Jet   mo número da RA.


                                     Dia do Combatente
                                     Dia do Combatente

             m 18 de Abril na Batalha, decorreram                                  Depois da assinatura do Livro de Ouro
             as cerimónias com elevada dignida-                                   no Museu das Oferendas no Mosteiro
         Ede as comemorações do Dia do Com-                                       da Batalha, seguiu-se o discurso do Ora-
         batente, 91º Aniversário da Batalha de La                                dor convidado, Dr. Juiz Conselheiro Luís
         Lys e 73º Aniversário do Armistício.                                     Antero Monteiro Dinis na sala do Capi-
           Presidiu o General Chefe do Estado-                                    tulo junto ao Tumulo do Soldado Desco-
         -Maior General das Forças Armadas, Ge-                                   nhecido.
         neral Valença Pinto, estando presentes os                                 Seguiu-se a deposição de flores pelas
         3 Vice-Chefes dos Ramos, muitos Oficiais                                  Associações de Combatentes, Entidades
         Generais e o Governador Civil de Leiria,                                 Oficiais e representantes dos Ramos, tendo
         o presidente da Câmara Municipal da Ba-                                  terminado com a coroa da Liga dos Com-
         talha, Associações de Combatentes, Núcleos da Liga dos Comba-  batentes e do Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos
         tentes e muitos combatentes e seus familiares, que mesmo debaixo  do Mar em representação do Ministro da Defesa Nacional.
         de chuva fizeram questão de assistirem à cerimónia.    A cerimónia encerrou com o toque do Hino Nacional pela Banda
           Depois do desfile duma companhia de Fuzileiros e da Banda da  da Força Aérea.
         Força Aérea, celebrou-se uma Missa proferida por Sua Exa Reve-  O almoço de confraternização para todos os combatentes e seus
         rendíssima o Bispo das Forças Armadas e de Segurança D. Januário  familiares, realizou-se no RAL 4 em Leiria.
         Torgal Ferreira.                                                                                      Z

         12  JUNHO 2009 U REVISTA DA ARMADA
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