Page 367 - Revista da Armada
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Inauguração do Centro de Operações Portuárias
Inauguração do Centro de Operações Portuárias
da Base Naval de Lisboa (COP - BNL)
da Base Naval de Lisboa (COP - BNL)
o passado dia 15 de Outubro, após a Naval de Lisboa e o reforço dos processos de cações). Possui ainda, um controlo de alarmes/
cerimónia de abertura do Ano Ope- Segurança e Gestão de Emergência. equipas de intervenção e informação sobre as
N racional, teve lugar a inauguração do Nesta conformidade e para a concretização redes técnicas da área do Alfeite, o que permite
Centro de Operações Portuárias da Base Naval desses objectivos, dispõe de um plano de activi- uma maior e melhor eficácia na acção em even-
de Lisboa (COP - BNL). dades com vista a optimizar a coordenação de tuais incidentes no mar e em terra.
Fruto da introdução das novas tecnologias acções em tempo real, um sistema de comunica- O COP irá desenvolver, num futuro próxi-
de informação, comunicações e mo, acções para incrementação de
de infra-estruturas disponibilizadas uma gestão da emergência desen-
na sua área de responsabilidade, o Foto Júlio Tito volvendo um SINGRAR para as
COP vem permitir que possam ser unidades em terra, de um portal da
colocados à disposição do Coman- Divisão e de um Serviço de Rede de
do da BNL novos instrumentos que Sensores com competências neces-
contribuem para o exercício de um sárias para efectuar uma adequada
comando e controlo mais eficaz. monitorização do espaço electro-
A cerimónia realizou-se nas insta- magnético, coligindo informação
lações da Casa da Guarda da BNL, da localização, em tempo real, das
onde está sediado o COP. O evento equipas de intervenção e avaliação
foi presidido pelo Almirante Chefe do grau de operacionalidade das
do Estado-Maior da Armada, ten- redes técnicas.
do assistido à cerimónia várias entidades da ções que inclui MMHS, canais portuários e redes Este projecto impulsionado pelo Comando
Marinha. internas, acesso a informações sobre meteorolo- Naval contou com a colaboração multidisci-
Durante a cerimónia o Comandante da Base gia, marés e correntes, controlo visual que utiliza plinar e interdepartamental da Base Naval de
Naval de Lisboa efectuou uma breve apresen- um sistema de Videovigilância, informação so- Lisboa, da Flotilha, do Instituto Hidrográfico, da
tação operacional do funcionamento geral do bre navios através do sistema AIS e controlo de DITIC e do Centro de Comunicações Dados e
COP, sua utilidade e futuras potencialidades. equipas em campo servindo-se de dispositivos Cifra da Marinha.
O COP tem como objectivos primordiais, de localização utilizando as tecnologias GPS e Z
uma visão integrada e modernização da Base GSM (cooperação do Instituto de Telecomuni- (Colaboração do COMANDO DA BNL)
Embarque de Juízes do Tribunal da Relação do Porto
Embarque de Juízes do Tribunal da Relação do Porto
oi pouco depois das nove horas do dia com um grupo de Juízes no CO a assistir aos
28 de Outubro que o N.R.P. “Corte-Real” desenvolvimentos da chamada batalha externa
Fatracou no Cais RoRo do porto de Leixões. e, também, da batalha interna (neste caso mate-
Após ter sido dada volta à faina iniciaram-se rializado, sobretudo, na operação do sistema de
os preparativos para receber a visita dos Juízes apoio à decisão SINGRAR), enquanto o outro
das Secções Criminais do Tribunal da Relação grupo se encontrava no MCR a assistir à gestão
do Porto, comitiva presidida pelo Dr. Gonçalo da mesma batalha interna (pese embora agora
Xavier Silvano, Presidente daquele Tribunal. com uma visão substancialmente diferente da
O propósito do embarque consistia em mos- existente no CO, já que estava mais vocaciona-
trar algumas das capacidades e valências da Marinha Portuguesa e dos da para o combate ao sinistro), fruto da ocorrência de um incêndio que
seus meios navais. No hangar, a comitiva foi recebida pelo CALM Pires se seguiu ao impacte simulado sofrido. No final, deu-se a rotação dos
da Cunha, 2º Comandante Naval e Comandante da Flotilha, em repre- grupos e o início de nova simulação.
sentação do Almirante CEMA. Finalizado o exercício de defesa aérea, o programa prosseguiu com
Dadas as boas vindas a bordo e formulados votos de que o programa uma demonstração das capacidades de abordagem do navio, com o
de actividades proposto fosse do inteiro agrado dos ilustres visitantes, emprego da aeronave orgânica, o helicóptero Daxter, e a equipa de abor-
foram transmitidas, pelo Chefe do Serviço de Limitação de Avarias, no- dagem embarcada, num sempre espectacular exercício de inserção por
ções básicas de segurança a reter durante o embarque, após o que foi “fast-rope”, no castelo, simulando o convés de um qualquer navio de
apresentado um filme sobre as valências do navio, focando, de igual interesse, suspeito da prática de um determinado acto ilícito.
modo, o seu emprego recente na Operação Real Contra-pirataria da Aproximava-se o final do embarque. O programa havia sido integral-
NATO “Allied Protector”, na região do Corno de África. mente cumprido. De novo no hangar, e já com o porto de Leixões no
A “Corte-Real” largou do porto de Leixões às 1230 e dirigiu-se para horizonte, o Juíz Presidente do Tribunal da Relação do Porto, Dr. Gon-
o largo de modo a conduzir uma série de exercícios como demonstra- çalo Xavier Silvano, com os demais convidados a assistir, procedeu à
ção das suas capacidades próprias. assinatura do Livro de Honra e à troca de lembranças com o Coman-
Enquanto se efectuava o trânsito para a área onde se iriam realizar dante do navio. No final, com os cabos de amarração passados a terra e
tais exercícios, foi servido um almoço volante aos convidados, ainda a prancha colocada, os convidados despediram-se do navio após uma
no hangar, que não foi muito afectado pela ondulação larga que se fa- tarde seguramente diferente e, certamente, bem passada.
zia sentir. Concluído o almoço a comitiva foi separada em dois grupos Com o sol a baixar no horizonte, e com o sentimento de missão cum-
e deu-se início à visita ao navio com enfoque para os principais centros prida, a “Corte-Real” largou, de novo, de Leixões e iniciou o trânsito
de decisão, designadamente a Ponte, o Centro de Operações (CO) e a de regresso à BNL.
Sala de Comando e Controlo da Plataforma (MCR). Terminada a visi- Z
ta deu-se início à realização de um exercício de defesa aérea, simulado, (Colaboração do NRP “CORTE-REAL”)
REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2009 5