Page 5 - Revista da Armada
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barques durante o período Exercicio Calema-Moçamedes Angola. Esta cerimónia, presidida
noturno. O 1º DFE no emaranhado e impenetrável tarrafe. pelo Comandante do Corpo
No Chiloango, lancha LUÉ. de Fuzileiros, contra-almi-
O DFE-1 efetuou as primei- O DFE-1…50 anos depois. rante Cortes Picciochi, con-
ras operações conjuntas com tou ainda com as presenças
uma companhia de paraque- do Capelão-Mor CostaAmo-
distas, na zona de S. Salvador, rim, do Comandante da Es-
junto à fronteira com a Re cola de Fuzileiros, CMG Pe-
pública Democrática do Con- reira Leite, do Presidente da
go. Os fuzileiros realizavam, Associação de Fuzileiros,
para além de operações típi- CMG Lhano Preto e de ou-
cas de contra guerrilha, ope- tros oficiais.
rações de patrulhamento ao
longo dos rios que, na maio- As comemorações da efe-
ria das situações, eram desen- méride englobaram uma
volvidas durante o período sequência de eventos, ten-
noturno. Para tal, organiza- do como início a colocação
vam-se em equipas de três de uma coroa de flores em
ou quatro homens por bote, homenagem aos fuzileiros
tendo como objetivo impe- falecidos e o descerramen-
dir o acesso dos guerrilheiros to de uma placa alusiva ao
a estas vias de comunicação DFE-1. Seguiu-se a celebra-
reduzindo assim os seus mo- ção de uma missa na capela
vimentos táticos e logísticos. da Escola de Fuzileiros, pelo
Capelão-Mor CostaAmorim,
Decorridos cerca de dois e um almoço de confraterni-
anos, em julho de 1963, 74 zação com os elementos do
elementos do DFE-1 regres- DFE-1 e respetivas famílias.
saram a Lisboa, com a certe- Durante a refeição, houve
za do dever cumprido e não oportunidade para visualizar
tendo a lamentar qualquer um conjunto de fotografias
baixa. Antecipadamente, de- alusivas à dinâmica do Des-
vido a ferimentos sofridos no tacamento, relembrando en-
decorrer da missão, o grume- tre os presentes aquele espírito
te Damião Pereira tinha sido de camaradagem, de amizade, de
evacuado de Angola. sacrifício e coesão..., e o silêncio
das angústias e dos sacrifícios,
Estes foram os 75 fuzilei- da solidão e da tristeza vividos
ros que, com coragem, bra- em comum.
vura e espírito de sacrifício,
desbravaram terras inós- Adicionalmente, realizou-
pitas, navegaram rios des- -se uma visita à Sala Museu
conhecidos, cumprindo de do Fuzileiro, onde foi pos-
forma exemplar a missão sível recordar pessoas, mo-
atribuída. mentos e lugares indissoci-
áveis do pensamento atual.
50 ANOS DEPOIS …
O REGRESSO AO Por fim, o contra-almirante
PASSADO! Cortes Picciochi felicitou os
presentes pela data assinalada,
Escola de Fuzileiros, 9 de referindo-se ao evento como
novembro de 2011 um momento singular na his-
tória dos Fuzileiros, enaltecen-
Para comemorar e assina- do a sua bravura, coragem e
lar o quinquagésimo aniver- determinação na comissão
sário da partida do DFE-1 que se comemorava.
para Angola, reuniram, no
passado dia 9 de novembro, As emoções foram diver-
na casa mãe 1, trinta elemen- sas e intensas, o sentimento
tos deste 1º Destacamento. do dever cumprido era um
Numa manhã cinzenta de facto, ficando mais um ato
quarta-feira estiveram pre- que enobrece todos aqueles
sentes todos aqueles que que fizeram e fazem parte,
desejaram e/ou o puderam não apenas do DFE-1, mas
fazer. O testemunho irrever- da História dos Fuzileiros,
sível da passagem dos anos, a história de um grandio-
mais patente em alguns do so Corpo da Marinha Por-
que noutros, à qual se vão tuguesa.
associando algumas reminis-
cências que refletem o peso
da herança de diferentes co-
missões acumuladas ao lon- Colaboração da
go do tempo. ESCOLA DE FUZILEIROS
Nota
1 Escola de Fuzileiros
REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2012 5