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REVISTA DA ARMADA | 486
CORPO DE FUZILEIROS
393º ANIVERSÁRIO
Os fuzileiros orgulham-se de ser em Portugal o mais antigo Foto 1SAR A Ferreira Dias Corpo de Fuzileiros reafirmou o BRIO como característica dos fu-
corpo militar com caráter permanente. Assim, assinalando a zileiros e relembrou o fio condutor que liga os fuzileiros de hoje
criação, por Édito Real, do Terço da Armada da Coroa de Portugal, aos de outrora. O mesmo mar, as mesmas missões, os mesmos
em 18 de abril de 1621, o Corpo de Fuzileiros festejou, na sema- homens!
na de 14 a 18 de abril, os 393 anos ao serviço do País, no mar e
onde necessário. Ontem como hoje, os fuzileiros dão corpo à capacidade de
projeção de força da Marinha. Um grupo restrito de militares de
As comemorações começaram com uma celebração religiosa, quem se espera o melhor. Homens treinados, equipados e pron-
seguindo-se as 24 horas a correr, com o objetivo de recolher ali- tos para ser projetados para onde a necessidade for maior. Em
mentos a oferecer a uma instituição de solidariedade. Percorre- navios ou em terra, de África a Timor, passando pelo Afeganistão,
ram-se mais de 3.000 Km. lá estão os fuzileiros garantindo que a missão é cumprida.
No espírito de camaradagem e de sã competição, representan- Colaboração do COMANDO DO CORPO DE FUZILEIROS
tes de todas as unidades de fuzileiros executaram uma prova do
tipo gincana onde a cada uma das estações correspondia uma ta-
refa de cariz militar em que os fuzileiros devem ser proficientes.
Foi ainda efetuado um trabalho na área organizacional com o
título "Fuzileiros, quem somos?". Os resultados deste estudo fo-
ram apresentados no anfiteatro da Base de Fuzileiros a uma pla-
teia cheia. Deste trabalho pioneiro, resultam para já as seguintes
conclusões: os fuzileiros veem-se como COMBATENTES TREINA-
DOS E DISCIPLINADOS e como MARINHEIROS CAPAZES DE ATUAR
EM TERRA. É também de notar que não existem diferenças sig-
nificativas na perceção das diversas categorias, o que prova que
o "ser fuzileiro" é um sentimento transversal a todos que enver-
gam a boina azul ferrete.
Na manhã do dia 16 de abril, na parada da Base de Fuzilei-
ros, homens e mulheres uniformizados de calças camufladas,
botas de combate e camisola verde preparavam-se para per-
correr os cerca de 7 quilómetros à volta da BNL. Uma longa
coluna passou pelo portão verde, CEFA, Estação Naval e atra-
vés da ETNA.
As comemorações terminaram com uma formatura geral se-
guida de almoço convívio. Na sua alocução, o Comandante do
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