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REVISTA DA ARMADA | 509
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
CAÇA-MINAS ROBERTO IVENS
Instituto Hidrográfico (IH) efetuou, no passado mês de feve- mentado, “a cerca de 12 milhas a Sul de Cascais”, o que corres-
O reiro, uma missão a sul da barra de Lisboa para investigar a ponde a profundidades superiores a 100 m.
posição onde repousa um destroço da primeira Guerra Mundial, Recorde-se que, no passado dia 9 de março, foi comemorado
o ex-NRP Roberto Ivens. Este trabalho foi efetuado em parceria o centenário da entrada de Portugal na primeira Grande Guerra.
com a Comissão Cultural de Marinha e com os institutos de His-
tória Contemporânea e de Arqueologia e Paleociências, ambos O LEVANTAMENTO ACÚSTICO E GEOFÍSICO
da Universidade Nova de Lisboa.
O caça-minas Roberto Ivens, à semelhança do patrulha de alto O IH, através da utilização de sistemas de sonar de pesquisa
mar Augusto de Castilho, foi afundado durante a primeira Guerra lateral e de magnetometria, em paralelo com a operação de um
Mundial. Durante operações de rocega e desminagem, embateu veículo operado remotamente (ROV), possui a capacidade de de-
numa mina, a 26 de julho de 1917, tendo desaparecido nas águas tetar e identificar objetos assentes sobre o fundo marinho, até
atlânticas numa posição, de acordo com o que se encontra docu- 200 m de profundidade. Estas técnicas permitem reunir informa-
ção acústica, magnética e ótica do fundo marinho, que é utilizada
no apoio a atividades militares, a prospeção arqueológica, etc.
No mês de fevereiro transato, estes meios foram colocados ao
serviço da comunidade científica, na busca do caça-minas Rober-
to Ivens, a bordo do NRP Andrómeda.
Fig. 2 - Imagem do destroço, adquirida com o sonar.
Fig. 1 - Imagem do destroço, adquirida com o sonar. Fig. 3 - Gráfico com o registo magnético do destroço.
12 JULHO 2016