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REVISTA DA ARMADA | 509
CITAN
No dia 19 de fevereiro de 2016, no Centro Integrado de Treino e Avaliação Naval (CITAN), realizou-se o último exercício de tática
naval no simulador de treino de ação tática da Marinha. O exercício em ambiente de multiameaça foi conduzido pelos oficiais do
Curso de Aperfeiçoamento em Tática e Operações Navais II (ATO14) e contou com as presenças do 2º Comandante Naval e do Diretor
de Navios.
A Marinha irá contar com um novo e moderno simulador de treino de ação tática (também localizado no CITAN), desenvolvido pela
Rheimetall Defence Electronics Gmbh, estando previsto para janeiro de 2017 o início da sua operação.
Os exercícios eram acompanhados por pessoal do CITAN a
partir da sala de controlo, onde tinham a capacidade para inter-
vir ativamente no exercício, podendo inclusivamente entrar no
panorama compilado por qualquer dos cubículos.
Após o exercício, e a fim de permitir a discussão e crítica do
mesmo, era realizado um debriefing no auditório utilizando as
facilidades do sistema na sua capacidade de reprodução total
ou parcial em tempo real, ou com velocidade de 4, 8 ou 16 ve-
zes superiores ao tempo real.
Para a época (década de 80, início da de 90) era um equipa-
mento sofisticado e que se encontrava ao nível dos melhores si-
muladores em serviço nas marinhas dos países da NATO, tendo
representado um salto significativo no treino e na proficiência
O ANTIGO SIMULADOR ASTT de desempenho das nossas unidades navais.
Ao longo da sua existência, de quase 30 anos, o simulador
Em 23 de fevereiro de 1987, a Marinha Portuguesa começou a foi utilizado para o treino e formação das guarnições de sub-
operar o simulador de treino de ação tática “Action Speed Tactical marinos, das fragatas das classes João Belo, Vasco da Gama e
Trainer” (ASTT), que visava apoiar as ações de formação, treino Bartolomeu Dias, bem como das tripulações de LYNX MK95 e
e avaliação dos militares com funções nos Centros de Operações P3-P (FAP), alunos da Escola Naval e formandos, com especial
(CO), contribuindo para a manutenção dos padrões de prontidão relevo para o curso de Especialização de Oficiais na vertente
operacional da esquadra na área das operações navais. das operações.
O simulador era constituído por uma unidade de comando e Fruto da rápida evolução dos sistemas informáticos registada
12 cubículos, cada um simulando uma plataforma, permitindo a partir do final da década de 90 assistiu-se à obsolescência dos
aos utilizadores a compilação dos panoramas de superfície, aé- seus componentes, tendo sido possível manter o seu funcio-
reo e submarino, bem como o comando das armas, sensores e namento graças ao esforço, dedicação e empenho do pessoal
comunicações da respetiva unidade. técnico responsável pela manutenção e operação.
14 JULHO 2016