Page 18 - Revista da Armada
P. 18

REVISTA DA ARMADA | 509






















                                                              O NRP Tejo durante a fase de limpeza das obras vivas, em 24SET15
                                                              gás é efetuada através da conduta de evacuação pela tradicional
                                                              chaminé dos navios.
                                                                Presentemente, com o NRP Tejo atracado no Arsenal do Alfeite
                                                              e o NRP Mondego na Doca Flutuante, vamos, de forma resumida,
                                                              debruçar-nos sobre a sua adaptação às missões que incumbem
                                                              a um Navio de Patrulha Costeiro (NPC) e, simultaneamente, aos
                                                              trabalhos de manutenção necessários para trazer à vida quatro
                                                              plataformas navais paradas há mais de 5 anos.
                                                                Para cumprir com os requisitos definidos pelo Estado-Maior da
                                                              Armada e simultaneamente dotar o navio com os equipamen-
                                                              tos e sistemas necessários à sua operação com segurança e ao
                                                              cumprimento das missões para que está destinado, está previsto
          O NRP Mondego no decurso da alagem na doca flutuante da AA, S.A., em 22DEZ15  manufaturar, adquirir e instalar, entre outros, o seguinte:















          “Eng. Perestrello de Vasconcelos”  da Arsenal do Alfeite, Socie-  Área da plataforma
                                    2
          dade Anónima. Começava assim a adaptação da ex-classe Flyve-  — Um turco e duas embarcações tipo FRB (Fast Rescue Boat);
          fisken à nova Classe Tejo, cujas missões serão maioritariamente   — Colocação de uma balaustrada no Castelo AV para maior se-
          cumpridas na Região Autónoma da Madeira e Zonas Marítimas   gurança do pessoal;
          do Norte, Centro e Sul.                             — Enfermaria com capacidade para dois acamados;
           Com o navio em seco, uma das zonas das obras vivas que maior   — Reconfiguração da Casa do Leme (Ponte) e Centro de Operações;
          curiosidade suscitou foi a zona de ré, onde se encontram os 3   — Reconversão do Sistema de Ar Condicionado;
          hélices, 3 lemes e 2 flaps. Os hélices de BB e EB são de passo va-  — Atualização do HW e SW do SGP LYNGSO (Sistema de Gestão
          riável e estão acoplados, via caixas redutoras, a 2 motores MTU   da Plataforma);
          16V396. O hélice central, de maior diâmetro e de passo fixo, está
          acoplado, via caixa redutora, a uma Turbina a Gás General Elec-  Ajudas à navegação
          tric LM500, com cerca de 6000 HP de potência. Os lemes de BB e   — Dois radares de navegação banda INDIA, sonda, odómetro ele-
          EB funcionam ainda como estabilizadores de balanço, a exemplo   tromagnético, girobússola de fibra ótica, agulha de fluxo (substi-
          da Classe Bartolomeu Dias. Os flaps têm como missão alterar o   tui a agulha magnética), DGPS, ECDIS, estação METEO;
          ângulo longitudinal de inclinação do navio (trim), possibilitando
          tirar partido da velocidade em prol da redução do consumo de   Comunicações e sistemas de informação
          combustível.                                        — Sistema Integrado de Comunicações (SICC) da EID (Empresa de
           Ao nível das obras vivas foi ainda possível ver as descargas dos   Investigação e Desenvolvimento);
          motores diesel propulsores e dos grupos eletrogéneos situadas   — GMDSS (Global Maritime Distress and Safety System);
          abaixo da linha de água; o sonar alojado na quilha a retirar du-  — Infraestrutura para duas redes, sendo uma de fibra ótica e ou-
          rante a docagem e o impulsor de proa. A descarga da turbina a   tra de cobre, computadores, servidores e impressoras;



         18   JULHO 2016
   13   14   15   16   17   18   19   20   21   22   23