Page 263 - Revista da Armada
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mas havia,  há sempre,  alguns que   autor), uma carta que, abrindo uma   CONvíVIOS
          chegavam  atrasados.  Um  destes,   excepção, transcrevemos:
          indo o discurso já no fim, dirigiu-s8 a   Sou  ,. o-marinheiro  FZ,  anóni-
          um  amigo,  presente desde o inicio,                                   Os  marinheiros  e  familiares  da
                                            mo, nascido muito longe do mar,  no   região de Alter do Chão vão reunir-se
          perguntando: «Então, que é que ele
                                            interior  de  Portugal,  mais  precisa-  numa festa de convivio, no dia 30 de
          disse?»  Resposta  pronta  do  outro:
                                            mente na Beira Baixa.             Agosto corrente, num motel daquela
          «Até  agora  não  disse  nada...  Só
                                               Apesar de nascido longe do mar,   vila alentejana.
          falou».                           sempre senti uma grande admiração
                         o                                                       As inscrições poderão ser feitas,
                                            por essa imensidão azul e,  por con-  alé ao dia 20 de Agosto, para: sarg.-
             Do cap.-ten. SG RF Diocleciano   sequéncia,  desde  sempre  adoro  a   -mor TF Serra Ezequiel, Rua Socie-
          R. Mata, Matosinhos, uma carta de   Marinha.                        dade Farmacêutica, 23-3. F - 1100
                                                                                                    0
          que extraímos:                       Como se aproxima o Dia da Mari-  Lisboa  (tel.  561 7 36  dos  TLP  oU
                                            nha, lembrei-me de enviar à Revista
             Com os nossos melhores cumpri-                                   1063 da rede interna da Marinha) ou
                                            querida dos marinheiros, um poema
          mentos,  tento  dar  uma  posslvel                                  Aníbal  Marques  Marmelo,  Rua  de
                                            dedicado ao mar, feito muitos anos
          «achega»,  que poderia  vir a  servir                               Santarém, 42 - 7440 Alter do Chão.
                                            antes de virpara a Marinha.
         para esclarecer quem teria sido o au-
                                               Este poema é  dedicado à  Mari-               o
          tor da prosa que se encontra gravada   nha,  ao  mar,  aos  marinheiros  e  à
          em vários troncos de árvore, em jar-
                                            ",Revista da Armada».
          dins da cidade de Lisboa.                                              Anlónio  Gonçalves,  Rua  Diogo
            Assim,  poderei informar quanto    Não é um poema muito rico, mas   da Fonseca, l-cIv. B - 6000 Castelo
         sei,  e  por ordem  cronológica,  dos   é imensamente sentido.       Branco,  que fez parte da guarnição
                                               Do  poema  enviado,  pedimos
          .. acontecimentos ...                                               da fragata .. Diogo Gomes» que entre
                                            desculpa ao autor por O não publicar-
            Quanto  frequentámos  a  Escola                                   1963 e 1965 cumpriu uma comissão
                                            mos  na sua totalidade; por absoluta
         Primária, na nossa terra -  Coruche                                  de  serviço  em  Angola  e  na  Guiné
                                            falia de espaço, extraímos:
         -, assistimos e tomámos parte, nas                                   apela  aos seus  antigos  camaradas
         então chamadas Festas da Árvore,                                     para  organizarem  um  convívio  que
         que consistiam na plantação de ár-          SÊ MEU  AMOR             reúna os antigos  membros daquela
          vores  pelos  alunos,  quer  do  sexo   Que pena eu sinto           guamição.
         masculino  quer  do  feminino,  acto   de não ternascido junto ao mar
         que era acompanhado pelo Hino da       I···)
         Árvore, cantado  por todos presentes,
         e  que  culminava  com  uma  sessAo   Quem me dera chegar àjane/a
         solene no Salão Nobre dos Paços do     e versorrir-meapraia,
         Concelho, onde alguns alunos reci-     que eu havia de vernela
         tavam poesias alusivas ao acto ou      uma moça de mini-saia.
         pronunciavam discursos.
             Tomámos parte na última dessas    Quem me dera ver a Lua
         festas,  no dia  7 de Março de  1915,                  (redonda
         dado que terminámos a instrução pri-  brilharde noite na areia,
         mária em Agosto desse ano. Depois     e verem cada onda
         tiveram  continuidade  as  referidas   uma tentadora sereia.
         Festas da Árvore e notámos pendu-
         rado numa palmeira, que fora planta-  Ah! como eu gostava
         da no largo fronteiro à  Misericórdia,   de com esse marfa/arl
         um  dfstico  metálico,  de  dimensões   (...)
         que  eu calculo  semelhantes  às  de
         um bilhete postal,  em que estavam    Ah! seeu te pudesse transportar
         gravadas,  sob a  epígrafe  Ao  Vian-  -a ti, à tua praia, à tua areia-
         dante, as palavras cuja prosa, embo-  para a minha terra a voar
         ra  parecidas com as que a  Revista   à luz da Lua cheia.
         agora  apresenta,  segundo  parece,   I··,)
         serflo algo diferentes! Evidentemen-
         te que, decorridos que são bastantes
         dezenas de anos,  e admitindo uma
         falha da minha memória, não garan-
         to  a  consisténcia das minhas dúvi-
         das!I· .. )
                        o
                                               N. R. -  N~o nos mandem coisas anóni·
                                            mas. NAo tenham vergonha 8 identlflquem·58.
            De um anónimo (esclarecemos,    cada um dá o que pode 8  "a mais nAo é abri-
         mais uma vez, que não costumamos   gado ... ~.
         publicar nada sem a identificação do            • ••                ••••••••••••••••••••

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