Page 198 - Revista da Armada
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trouxeram para longe de tudo o que caderno manuscrito com a descrição V. Exa., porque diz ser de demasiada
eugostava-eo Tejo eosseus bar- da sua vida profissional, desde que pequena patente em comparação à
CDS são hoje apenas uma recorda- assentou praça até deixar o serviço. de tão elevada de V. Exa. , o que no
ção (nem sempre se vive onde se Pormenorizadamente e em palavras entanto eu disse-lhe que V. Exa. de·
gostaria de viver .. .). simples relata os trabalhos que pas- certo não olharia a esse pormenor.
Tomei conhecimento - não faz sou, os cursos que fez, alguns aci-
muito tempo - da existência da dentes que teve em serviço e outros •••
«Revista da Armada»_ Isto porque episódios curiosos tais como os gol-
um exemplar me veio parar às mãos pes que ele e outros camaradas seus SAUDAÇÕES
junto com umas revistas já velhas usavam, por exemplo, nas provas
que pessoa amiga me ofereceu. Fi- de sobrevivência, pedindo bOleias, De José Lopes Simões Isidoro,
quei seriamente entusiasmado com água e comida, escondendo dinheiro Soure; de Agostinho Martins, ex-gr.
o seu conteúdo - trata-se de uma debaixo das palmilhas das botas (diz FZ 55165, Guimarães, extensivas
publicação muito cuidada, largamen- ele que quando os mandavam para aos camaradas da incorporação de
te informativa, colaboração capri- esta prova tinham que se apresentar Março de 1965, e a todo o pessoal
chada, passatempos, enfim, só mui- aos instrutores nus, apenas com as que fez parte da CF9, em 1966/68,
to dificilmente passará despercebida botas calçadas, para haver a certeza na Guiné, em especial ao coman-
às pessoas de bom gosto. que não levavam nada e tinham de dante Cervaens Rodrigues. Se ai·
• esses aliciantes-tem uma sedução sobreviver aqueles dias da prova ... ). gum camarada o quiser contactar, o
E para mim - para além de todos
Dada a extensão do caderno não
que seria muito agradável para ele, o
irresistível; cheira a mar. nos é possível dizer mais, mas esta- endereço é: Rua D.Joãol, 188A-
Bem queria fazer uma assinatu- mos certos que é uma boa recorda- 4800 Guimarães; de João Paulo Ne-
ra, mas as minhas disponibilidades ção para o «Moita», que certamente ves Boia, ex-mar. 709385, Figueira
financeiras são tão pequenas quan- o vai ler de vez em quando. da Foz, manifestando o desejo que
to eu. os antigos e actuais fuzileiros man-
Gostaria de vos incluir entre os o dem artigos da sua especialidade
homens de boa vontade, oferecen- para a Revista publicar; de Alfredo
do-me a revista. Dirigida ao almirante CEMA, e re- Cândido Mendes Vieira, Vila do Con-
Com ela eu me sentirei mais per- lacionada com o acidente ocorrido de, extensivas aos «filhos da escola»
to do mar-será o mar possível. na corveta «António Enes», trans- de Abril de 1985.
creve-se uma carta de Luís J. Soa-
res, Lisboa: •••
N. R. - Como já é do seu conhecimento,
o pedido foi satisfeito com muito gosto. Felici· Em referência â triste catástrofe
dades. infelizmente ocorrida no vaso de CONvíVIO
o guerra «António Enes», em que pe-
receram quatro briosos militares da No dia 14 de Junho corrente, em
Arganil, realiza-se o 10. 0 almoço-
De Alberto Correia, ex-mar _ FZ, nossa gloriosa e nobre Marinha de -convivio dos militares e ex-militares
Guerra, e tantos outros ficaram feri-
Peniche, expressando o seu pesar da Armada da zona centro do país, o
dos, apresento a V. Exa. os meus
pelo acidente ocorrido na corveta qual é também extensivo ao pessoal
«António Enes», que causou seis sentidos pêsames pelO falecimento do mar das Marinhas Mercante e de
dos citados e, ao mesmo tempo, os
mortos e alguns feridos. Diz ele que Pesca.
meus sinceros desejos pelas rápidas
fez parte da sua primeira guarnição, As inscrições poderão ser feitas
e boas melhoras dos sobreviventes
a qual embarcou em S. Fernando, através de José Augusto Rodrigues
feridos, o que desde já agradecido
Cádis. Terminado o seu serviço na Gomes (tel. 03522 837, depois das
Armada, certo dia, em Peniche, onde fico a V. Exa. se digne aceitar estes 20.00 horas) ou Fernando Vascon-
meus desejos.
se radicou, viu, com imensa alegria a celos, Parque do Campismo, Arganil
Por coincidência, o meu jovem e
sua F471 entrar no porto. Foi acorrer (tel. 035 22 706).
ao cais, encontrando dois homens para mim querido genro, o qual é
apenas um modesto primeiro-mari-
do seu tempo. Através deles foi ao
nheiro dessa Armada, fez anterior-
navio e contactou com o resto da
mente serviço nesse navio, e o seu
guarnição que lhe proporcionou mo-
chefe era precisamente o falecido
mentos muito agradáveis.
senhor tenente Rosa, pelo qual nu-
tria grande admiração. Sa~or meu
N. R. - É assim na Marinha. Por muitos genro do envio desta minha missiva
anos que viv.;l, pode ter a certeza que jamais a V, Exa., apresenta, a seu pfJdido
esquecerá a sua bonita corveta F 471.
para o fazer, igualmente idt!mticos
desejos aos meus. Ele coitado anda
o bastante consternado com o sucedi-
do aos seus ex-companheiros e ami-
Do cabo FZE RF 1107060, Ma- 10S e, perdoe-me que o diga, diz
nuel Faim Miranda, (o .. Moita.)), um 1unca ele o faria pelo seu punho a •••••••••••••••••••
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