Page 234 - Revista da Armada
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pequeno Museu Naval recorda os Todavia, Frederico Oliveira Baptista e
navios e os marinheiros dum país em Humberto Duarte Afonso, cadetes da
que o mar é uma das razões da sua nossa Escola Naval, usaram o sistema
existência. multimédia com o apoio informático,
numa exposição que intitularam
Mas a jóia da coroa desta ilha grega Reorganização e maior rendimento nos
encontra-se em Akrotiri, a 12 quilóme- transportes marítimos. Uma solução,
tros a SW de Fira. Desde 1967 que ali se que foi muito apreciada pela assistência.
fazem escavações para redescobrir uma Apreciada ao ponto do contra-almirante
cidade, que foi destruída quando da Antoni Komorowski, comandante da
erupção vulcânica, atrás mencionada, e Escola Naval Polaca, também ele partici-
que já era habitada 3000 anos antes de pante, ter dirigido uma carta de felici-
Cristo. Apesar da área escavada ser tações ao seu congénere português, o
ainda muito reduzida, já se pode avaliar que é muito agradável registar.
como foi importante aquele local, não só
pelas construções que vão surgindo,
como pelos numerosos objectos encon-
trados. Além disso, alguns frescos, que A. Estácio dos Reis
decoravam paredes, e que foi possível CMG REF
recuperar com grande mestria, mostram
bem o nível cultural dos seus habitantes.
Foi pois nesta ilha de eleição que se
realizou o II Encontro Pelágico, organiza-
do por Ioannis Loucas, Professor da
Escola Naval. As sessões realizaram-se
na capital, em instalações da Fundação
Bellonis.
Participantes de 14 países (nós incluí-
dos) ocuparam-se de temas respeitantes
ao mar, a navios e marinheiros, tendo
sido apresentadas cerca de 40 comuni- Parte de uma pintura mural, proveniente de Santorini,
cerca de 1600 anos AC. Tem cerca de um metro
cações com ou sem ajuda da projecção de altura. De notar os peixes pendurados por um fio,
de audiovisuais. como fazem ainda hoje os pescadores locais.